15° Encontro Mercolab de Avicultura reúne mais de 300 participantes para discutir o futuro do setor
Com mais de 300 participantes e um dia inteiro de discussões intensas, o 15° Encontro Mercolab de Avicultura se consolidou como um evento de referência no calendário avícola nacional e internacional. Focado nas principais patologias da avicultura, o encontro reuniu técnicos, diretores, acadêmicos e representantes da agroindústria, trazendo visões nacionais e internacionais sobre temas cruciais para o setor.
- Na abertura do evento, o Dr. Alberto Back destacou a importância da redução do uso de antimicrobianos na avicultura, ressaltando novas abordagens e práticas que estão transformando o setor. “É fundamental reduzir o uso de antimicrobianos, e essa foi uma das principais pautas que discutimos aqui”, afirmou.
Inicialmente, Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), enfatizou a relevância das marcas Brazilian Pork, Egg, Chicken, Genetics e Duck para a avicultura brasileira, além de exaltar o papel do Paraná como maior produtor, exportador e abatedor de frango no país.
“Devemos ter orgulho do estado do Paraná e de sua participação significativa na avicultura brasileira”, ressaltou. Santin também destacou a importância do uso crescente do DDGS e apresentou a campanha “Avicultura Brasileira: Um Setor de Alta Tecnologia”, criada para mostrar ao público a modernidade e a eficiência da cadeia produtiva. “O grande desafio continua sendo manter o status de biosseguridade”, pontuou.
Liris Kindlein trouxe uma visão integrada sobre a melhoria do sistema de inspeção (Autocontrole) o qual se baseia numa ação sobre a importância da colaboração entre o campo e a indústria, reforçando que a união de dados pode fazer a diferença na produção e nos processos finais. “A rastreabilidade está se tornando cada vez mais importante para o consumidor”, observou.
Jorge A. P. Merchesi, da Mercolab, encerrou o bloco da manhã, com uma abordagem sobre diagnósitco e monitoria molecular para o Reovírus, Bronquite Infecchiosa e Gumboro. Foram destacadas as alternativas moleculares para diagnóstico e também para a identificação das cepas variantes que circulam no campo destas enfermidades. Sua apresentação serviu de introdução também para a primeira parte do bloco da tarde onde foram abordados principalmente o status do Reovírus no Brasil e EUA e a Bronquite infecciosa. Apresentou ainda um trabalho colaborativo entre o MercoLab e a Redot para melhorar o diagnóstico molecular para salmonela.
A Dra. Holly Sellers, pesquisadora na Universidade dda Georgia, nos Estados Unidos, abordou a caracterização genética e a eficiência das vacinas contra o reovírus e o os avanços de pesquisas no EUA. Sendo completada com uma visão nacional apresentada por Jônatas Wolff, da JBS, com a apresentação de e perspectivas sobre a situação do reovírus no Brasil.
A tarde continuou, com o Dr. Sjaak de Wit, do Instituto Royal GD da Holanda, discutindo principalmente as mutações do vírus da bronquite infecciosa e suas implicações econômicas. “Tente ser simples na vacinação, pois nem sempre o mais é o melhor quando falamos em variabilidade de cepas“, aconselhou.
Marcos Dai Prá, consultor de sanidade da BRF, discutiu a complexidade do controle da salmonela. “Se controlar a salmonella fosse fácil, já teríamos conseguido”, afirmou, enfatizando a importância da qualidade da cama e dos cuidados entre os lotes para reduzir o ciclo de contaminação.
- Networking e Tecnologia
Durante os intervalos do evento foram marcados por networking ne muita troca de experiências entre os presentes.
E durante o evento também foi dado um “spoiler” o MercoLab, em parceria com a Reddots, anunciou que estão sendo realizados estudos no desenvolvimento de testes para Salmonella, buscando uma solução para reduzir tempo e aumentará a precisão de diagnóstico – de dias para um dia ou menos.
Para o Dr. Alberto Back, o 15° Encontro Mercolab de Avicultura reafirma-se como um fórum essencial para o setor: “Este evento nos permite um intercâmbio valioso de conhecimentos entre pesquisadores nacionais e internacionais com os técnicos, fornecedores e produtores de nossa avicultura. Isso fortalece nossa posição de referência na avicultura mundial e nos garante como o segundo maior produtor e o maior exportadora global”, concluiu.