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2021: Produção brasileira de carne de frango deverá crescer 4%, diz USDA

Escrito por: Priscila Beck
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frango 2021

O setor de proteína animal enfrentará três incertezas em 2021: flutuações na taxa de câmbio, fragilidade na recuperação econômica mundial e ressurgimento de surtos de infecção por Covid-19. Sem trazer muita novidade aos atores do setor, é o que aponta o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgado nesta quinta-feira (3/9).

Segundo o documento, a perspectiva para a produção brasileira de carne de frango em 2021 aponta para um novo recorde, sustentado pela estabilidade na demanda mundial pelo produto brasileiro e pelo fortalecimento da demanda interna. O relatório se baseia na perspectiva de crescimento do PIB brasileiro em 3,5% em 2021.

Segundo o USDA, a produção brasileira de carne de frango deverá apresentar um crescimento de 4% em 2021, alcançando o recorde de 10,4 milhões de toneladas. Ainda segundo o relatório, em 2021 os produtores avícolas brasileiros irão conviver com custos de ração estáveis, embora em um nível relativamente alto devido às safras de soja e milho.

O aumento do peso da carcaça e a perspectiva de mais um ano de altas margens de lucro com as exportações também apoiam a perspectiva otimista dos analistas do USDA.

O Departamento de Avicultura dos Estados Unidos revisou ainda as estimativas de produção de carne de frango de 2020 das anteriores 13,83 milhões de toneladas, para 13,87 milhões de toneladas. Já em relação às perspectivas de exportação de carne de frango brasileira em 2020, o USDA reduziu as 4,03 milhões de toneladas anteriormente previstas, para 3,86 milhões de toneladas a serem exportadas pelo Brasil em 2020.

Segundo fontes comerciais consultadas pelo USDA, o consumo doméstico em 2020 deve aumentar de 68% da produção total de carne de frango, para 72%. Já as exportações que absorviam 32% da produção de brasileira de frango, deverão passar a demandar 28% em 2020.

O relatório considera a melhora na demanda doméstica em decorrência da contração econômica, que reflete em mudanças nos hábitos de consumo. O auxílio emergencial do governo federal durante a pandemia estimulou o consumo de alimentos básicos, porém, os preços mais elevados da carne bovina no varejo obrigaram os consumidores a optar pelo frango e, em menor medida, pela carne suína e ovos.

O consumo de frango no Brasil supera o de outras carnes e representa cerca de 45% do consumo total de proteína animal no país.

Fonte: USDA

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