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A metionina na prevenção antioxidante do organismo

Escrito por: Tainara Euzébio - Zootecnista - Doutora em Produção animal e Coordenadora técnica e redatora aviNews Brasil
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metionina na prevenção antioxidante

O investimento desprendido em pesquisas envolvendo a avicultura em conjunto com a organização produtiva do setor, vem concedendo ao Brasil posição de destaque no cenário mundial de produção de aves e na mesa dos consumidores.

No ano de 2022 o país exportou 4,822 milhões de toneladas de carne de frango tendo chegado ao segundo lugar como maior produtor de carne de frango do mundo, atrás agora apenas dos EUA, sendo os estados da região Sul do País responsáveis por mais de 70% da produção de frangos (ABPA, 2022).

Todo esse sucesso não seria possível sem pesquisas envolvendo a nutrição e a genética das aves, somente assim conquistou-se animais com melhor relação ingestão de nutrientes/conversão em tecido muscular, com melhor acabamento em cortes nobres, como coxa e peito, mas com necessidades fisiológicas e nutricionais mais apuradas, demandando assim pesquisas para o conhecimento desses fenômenos.

Quando um sistema transmite informações, o sinal deve ter um sensor ou receptor para decodificar e transmitir as informações.

Além disso, os receptores, que são proteínas celulares que recebem e transmitem informações, transmitem essas informações ao núcleo celular por meio de mecanismos de transdução capazes de reprogramar a célula para se adaptar às mudanças nas condições ambientais. Isso pode incluir alterações na expressão gênica (transcrição, tradução), estabilidade do RNA e da proteína mensageira e atividade da proteína.

Uma forma de conhecimento da maneira integrada de como os nutrientes atuam no organismo animal é molecularmente, assim a nutrigenômica se encarrega da explicação sobre a interação dos genes, da dieta, de fatores ambientais e dos microrganismos intestinais, e como essa associação pode atuar sobre a digestão, absorção e excreção de nutrientes, deposição de tecido e metabolismo animal, sendo esta apenas mais uma das áreas das genômicas, envolvendo ainda metabolômica, proteômica e transcriptômica.

Desde o término do sequenciamento do genoma das aves, diversos estudos envolvendo a nutrição e seus efeitos na expressão gênica desses animais vem sendo conduzidos.

 

A proteína dietética é necessária para fornecer os aminoácidos essenciais, que o organismo não é capaz de sintetizar, assim após a ingestão e degradação, o transporte desses nutrientes para fora das células epiteliais é mediado por transportadores localizados na membrana basolateral.

Os aminoácidos são absorvidos como aminoácidos ou peptídeos livres por uma variedade de transportadores com especificidade para aminoácidos ácidos, básicos e neutros e pequenos peptídeos.

 

A composição da dieta pode auxiliar os animais a superar os desafios ambientais impostos diariamente, e por serem constituídas em maior proporção de milho e farelo de soja faz-se necessária a suplementação dos aminoácidos na ração.

Dessa forma, ao entendermos que os aminoácidos são constituintes das proteínas, entendemos sua importância para o desenvolvimento das aves, pois são eles os responsáveis pela modulação de diferentes vias responsáveis pela manutenção do estado fisiológico da ave.

Dentro da nutrição avícola não há como pensar em aminoácidos e o primeiro citado não ser a metionina, e muito mais que formadora de tecidos ela também é uma grande aliada contra os danos ocasionados pelo estresse térmico.

METIONINA E SUA APLICAÇÃO NA DIETA DE AVES

A metionina é um aminoácido sulfurado, que foi isolado em 1922 pelo patologista John Howard Mueller a partir dos produtos hidrolíticos da caseína, uma fração de um novo aminoácido contendo enxofre que era requerido pelas bactérias Streptococcus hemolítico para seu crescimento.

Em 1928 o novo aminoácido teve sua fórmula química identificada como ácido metil-tiol α-aminobutírico por George Barger, Frederick Philip Coyne que sugeriram a John Howard Mueller o nome mais curto de metionina em alusão ao agrupamento característico.

As formas de metionina disponíveis como fontes comerciais sintéticas mais usadas na alimentação animal são:

A metionina possui diversas funções no organismo animal, a principal é participar da síntese proteica. Também é precursora da cistina, então, desde que a suplementação de metionina esteja adequada a sua suplementação se faz desnecessária.

A metionina pode ser uma fonte alternativa de cistina num processo não-reversível, com função importante nas estruturas de várias proteínas (imunoglobulinas, insulina), com o papel de ligar várias cadeias polipeptídicas via pontes dissulfeto. Também é utilizada na formação da pele e penas, o que explica a alta exigência desses aminoácidos pelas aves.

A metionina é um importante aminoácido limitante e um nutriente essencial em aves. Ela pode promover a mobilização de lipídios para fornecer energia para o crescimento e deposição de proteínas, regulando o metabolismo de nutriente. Além disso, a metionina aumenta a capacidade antioxidante e a imunidade.

 

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