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Adepará executa Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle

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plano de vigilância Adepará

O Plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle, criado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), é um estudo epidemiológico contínuo realizado através de vigilância ativa e passiva cujos objetivos são a detecção precoce de casos de Influenza Aviária (IA) e da Doença de NewCastle (DNC), nas populações de aves domésticas e silvestres. O Plano também busca demonstrar a ausência dessas doenças na avicultura industrial, de acordo com as diretrizes internacionais de vigilância para fins de comércio, e o monitoramento da ocorrência de cepas virais da IA para subsidiar estratégias de saúde pública e saúde animal.

O Plano é formado por cinco componentes:

  1. Vigilância Passiva: Investigações de Casos Suspeitos de SRN;
  2. Vigilância Passiva: Investigação de Mortalidade Excepcional de Aves Silvestres;
  3. Vigilância Ativa em Avicultura Industrial;
  4. Vigilância Ativa em Aves de Subsistência em Áreas de Maior Risco de Introdução de Ia; e o
  5. Vigilância Ativa em Compartimentos Livres de IA e DNC.

No Pará, a partir desta quinta-feira (1) e até 21 de dezembro, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) iniciará o componente 3 (vigilância ativa em avicultura industrial) do Plano. A investigação epidemiológica ocorrerá no plantel avícola industrial em 98 granjas de 21 municípios paraenses.

Uma equipe formada por 22 profissionais, entre fiscais estaduais agropecuários e agentes fiscais agropecuários, sairá a campo para a coleta de material biológico das aves para estudo, com o suabe de traquéia, suabe de cloaca e soro sanguíneo. 

A gerente do programa de sanidade avícola da Adepará, médica veterinária e fiscal estadual agropecuária, Lettiere Lima, destaca que o Plano está sendo implementado pela Agência com a participação do setor produtivo, representado pelo médico veterinário, Cláudio Afonso Martins, presidente da Associação dos Avicultores do Estado do Pará (APAV). A entidade contribuiu com equipamentos de segurança individual e insumos para atividade de coleta.

Conforme a Adepará, o material a ser utilizado nas coletas nas propriedades rurais está sendo enviado para os municípios de Santa Izabel do Pará, Castanhal, Benevides, Santo Antônio do Tauá, São Francisco do Pará, Curuçá, Vigia, Igarapé-Açu, Santa Bárbara do Pará, São Caetano de Odivelas, Ananindeua, Paragominas, Inhangapi, Belém, Acará, São João da Ponta, Bragança, Aurora do Pará, Terra Alta, Ulianópolis, Abaetetuba, Canaã dos Carajás, Dom Eliseu, Maracanã, Breu Branco, Belterra, Mojuí dos Campos e Santarém.

O quantitativo de granjas avícolas e municípios que fazem parte deste componente foram determinados pelo Ministério da Agricultura, conforme o tipo de estabelecimento e a categoria de risco sanitário:

Totalizando 98 estabelecimentos avícolas, 1.122 aves e 16.930 amostras biológicas coletadas. Estas serão enviadas para o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, de Campinas/SP.

“A vigilância ativa realizada pelos FEA’s durante as atividades de coleta das granjas avícolas reforçarão a prevenção contra a introdução do vírus da IA no plantel avícola paraense. Visto que, além da coleta, o rebanho avícola será avaliado pelo Serviço Veterinário Oficial (FEA’s). Ou seja, a Adepará está alerta quanto aos surtos de influenza aviária na América Latina. Destacamos que em setembro de 2022 a FAO decretou estado de alerta para IA nos países da América do Sul onde a doença é considerada exótica e o Mapa decretou em outubro de 2022 estado de alerta para todas as unidades da federação”, ressalta a fiscal estadual agropecuária que coordena o plano de vigilância no Pará.

A veterinária reforça ainda que a IA nunca foi diagnosticada no território brasileiro, porém como a Colômbia faz fronteira com o Brasil, a partir do Amazonas, foi solicitado aos Serviços Veterinários Oficiais dos estados que sejam adotadas medidas de prevenção para evitar a entrada do vírus no país.

Vários surtos de IA vêm surgindo a partir de aves migratórias da rota do Pacífico: Peru, Equador e Colômbia. Essas são rotas de aves migratórias que descem pela costa Atlântica e nada impede que elas cruzem as fronteiras de Oeste para Leste”, explica.

No Pará existem três sítios de aves migratórias: Sítio de Ilha de Marajó (Breves e São Sebastião da Boa Vista), Sítio de Baía de Marajó (Vigia, São Caetano de Odivelas e Curuçá) e Sítio de Salinópolis (Salinópolis), na região nordeste do Pará. Todos são monitorados periodicamente pela Adepará que realiza vigilância ativa através de coleta de material biológico de aves de subsistência localizadas ao entorno desses sítios. Além disso, a Agência atende todas as notificações de casos suspeitos de IA que comporta um conjunto de sintomas respiratórios e nervosos nas aves de subsistência e comerciais de qualquer espécie.

A vigilância do plantel avícola tem caráter preventivo com a finalidade de manter o território livre das duas doenças, evitando restrições comerciais que impactem negativamente na cadeia produtiva.

O Brasil possui o terceiro maior plantel avícola do mundo e é o maior exportador de carne de frango, comercializando para mais de 150 países. O Pará protege o seu plantel avícola por meio das ações da Adepará, principalmente com o objetivo de implementar a biosseguridade nos aviários paraenses fazendo com que os estabelecimentos cumpram os pré-requisitos de sanidade avícolas preconizados pela legislação vigente.

Influenza Aviária – A Gripe Aviária é uma doença viral, que acomete aves domésticas e silvestres. Também pode ser transmitida ao ser humano a partir do contato com aves doentes. De notificação obrigatória, a doença é uma preocupação mundial por causa dos prejuízos sociais e econômicos.

Doença de NewCastle – Doença viral altamente contagiosa que afeta o sistema respiratório, digestivo e nervoso das aves domésticas e silvestres, ocasionando prejuízos à avicultura.

SERVIÇO: Em caso de suspeita da doença, informe a Adepará ou notifique pelo e-sisbravet.

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