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Automação e inteligência artificial ganham protagonismo no painel de tecnologia do incubaFÓRUM

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Automação e inteligência artificial ganham protagonismo no painel de tecnologia do incubaFÓRUM

A busca por maior eficiência, padronização e bem-estar no processo de incubação norteou o painel “Tecnologia e Automação” do IncubaFórum 2025. Com palestras de Arthur Danielski Marques (Viscon) e Mario Manichi Jr. (Copacol), o bloco abordou desde a evolução dos equipamentos e sistemas inteligentes até os desafios práticos da operação em plantas automatizadas.

Arthur Marques, que atua como consultor de automação de incubatórios na Viscon Automação e passou os últimos anos visitando incubatórios na Europa e no Brasil, fez um panorama sobre as transformações nos processos de incubação. “Uma das principais revoluções dos últimos 30 anos foi a transição para incubadoras de estágio único. Isso, aliado à vacinação em ovo, sexagem automatizada e transferência seletiva, ampliou muito a biosseguridade e a performance dos lotes”, explicou.

O especialista destacou ainda os impactos da inteligência artificial na triagem e na sanidade: “Com automação e sensores de batimento cardíaco, enviamos apenas ovos viáveis para os nacedouros. A tecnologia nos permite reter e processar ovos inviáveis de forma eficiente, com segurança e redução de contaminações”.

Mario Manichi Jr., supervisor de incubatórios da Copacol, compartilhou a realidade prática de duas plantas — uma mais antiga e outra 100% automatizada. Ele destacou os ganhos em ergonomia, eficiência e velocidade, mas também os entraves. “A automação é essencial, mas tem que vir com estratégia. Cada planta tem sua realidade e a adaptação precisa respeitar o fluxo operacional. Do contrário, o que era para ser solução vira gargalo”, alertou.

Ao comentar a diferença na produtividade, Mario foi direto: “Fizemos uma vez uma transferência manual após uma falha na máquina. Levamos quase quatro horas, acabamos com a equipe. A automação não é luxo — é necessidade”.

O painel também trouxe reflexões sobre bem-estar animal e adaptação a exigências de clientes internacionais. “Temos auditorias cada vez mais exigentes. Equipamentos novos já vêm com soluções que evitam queda de pintinhos, impactos ou tobogãs mal projetados. Mas cada cliente tem sua demanda, e a automação precisa se adaptar a isso”, destacou.

Arthur complementou com uma visão ampla: “Falamos muito de bem-estar dos pintinhos, mas precisamos olhar também para o bem-estar dos ovos. Um ovo mal posicionado ou invertido compromete toda a eficiência do incubatório. E a automação pode ajudar a evitar esse tipo de erro”.

Com falas técnicas, demonstrações práticas e interação com o público, o painel reforçou que a tecnologia aplicada à incubação vai além da produtividade: ela é essencial para a sustentabilidade técnica e sanitária da avicultura moderna.

O incubaFÓRUM 2025 foi realizado em Maringá (PR) e reuniu mais de 200 profissionais de todo o Brasil, com atuação decisória em incubatórios. Organizado pelo Grupo de Comunicação agriNews Brasil — que edita as revistas aviNews Brasil, suínoBrasil e nutriNews Brasil — o evento marcou a estreia de uma edição independente, fora da programação do SIAVS, e consolidou o IncubaFórum como espaço exclusivo e qualificado para a discussão técnica do setor.

 

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