A Salmonella é um patógeno comum ao homem e animais, amplamente distribuído na natureza, capaz de sobreviver por longos períodos na presença de matéria orgânica e umidade. Com mais de 2.600 sorovares, a bactéria é encontrada nos ecossistemas mais remotos e variados.
As zoonoses de etiologia bacteriana, a exemplo da salmonelose veiculadas por alimentos, podem ser transmitidas ao longo de toda a cadeia produtiva (from farm to table). Teoricamente, isto possibilita a introdução de diversos pontos de eliminação ao longo das etapas de produção; na prática, porém, torna o controle mais complexo.
Pellegrini et al. (2015), avaliaram 1.269 amostras coletadas ao longo da produção de ração em quatro fábricas e constataram que 4,96 % delas foram positivas para Salmonella spp.
O produto Sal CURB® K2 Líquido desenvolvido pela Kemin é isento de formaldeído e possui ação focada na combinação sinérgica de ácidos orgânicos com ação surfactante e corrosividade reduzida.
OBJETIVO
O objetivo do presente trabalho foi verificar a efetividade do produto Sal CURB® K2 na inativação de S. montevideo em 1, 6 e 16 horas após tratamento.
MATERIAL E MÉTODOS3,4
O protocolo foi realizado pelo laboratório Mercolab, Cascavel/PR.
Foram realizados dois tratamentos, sendo eles:
O produto foi avaliado considerando-se a dosagem de 1:1 (1,0ml do produto para 1,0ml de água) e a cepa bacteriana da Salmonella montevideo foi isolado do campo – aves.
Para o preparo da avaliação, o produto após diluído foi distribuído em tubo estéril (9,0 ml) e adicionado 1,0 ml da cultura teste na concentração de 106 UFC/ml. Em seguida homogeneizado e deixado (produto x bactéria) em temperatura ambiente.
Após o período de 1 hora, 6 horas e 16 horas foram feitas diluições seriadas e semeadas pela técnica de Pour Plate em Agar PCA (Agar padrão para contagem).
As placas foram incubadas a 37+/-1oC por 24-48h. Após incubação foi realizada a contagem das colônias.
Nas mesmas condições dos procedimentos acima foi realizado o controle positivo da cultura em teste, deixando-a em contato com água estéril deionizada pelo tempo de teste estabelecido.
As análises foram realizadas em duplicata.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
1 KICH, D. J.; SOUZA, J. C. P. V. B. Salmonela na suinocultura brasileira: do problema ao controle. Embrapa, Brasília/D.F., 2015.
2 PELLEGRINI, D. C. P.; PAIM, D. S.; LIMA, G. J. M. M.; PISSETTI, C.; KICH, J. D.; CARDOSO, M. R. I. Distribution of Salmonella clonal groups in four Brazilian feed mills. Food Control, v. 47, p. 672-678, 2015.
3 ISO 7218. Microbiology of food and animal feeding stuffs — General requirements and guidance for microbiological examination, 3 th ed. 2004. International Standard.
4 ISO 4833-1. Microbiology of the food chain – Horizontal method for the enumeration of microorganisms 1th ed. 2013.