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Avicultura catarinense fecha quadrimestre com alta na produção e exportações, mas setor monitora riscos sanitários

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Avicultura catarinense fecha quadrimestre com alta na produção e exportações, mas setor monitora riscos sanitários
No primeiro quadrimestre de 2025, Santa Catarina ampliou sua produção e exportações de carne de frango, indo na contramão da tendência nacional. O bom desempenho, no entanto, acontece às vésperas de um novo desafio sanitário, com a confirmação de IAAP (Influenza Aviária de Alta Patogenicidade) em no Brasil, o que deverá impactar as perspectivas para os próximos meses.
Segundo dados do Boletim Agropecuário de maio, publicado pela Epagri/Cepa, SC produziu 226,6 milhões de frangos no 1º trimestre do ano — crescimento de 2,6% em relação ao mesmo período de 2024. Enquanto isso, o Brasil como um todo registrou queda de 1,2% no mesmo intervalo.
O bom ritmo se refletiu nas exportações: em abril, o estado embarcou 90,3 mil toneladas de carne de frango in natura, gerando US$ 179,1 milhões em receita — aumentos de 4,3% em volume e 14,5% em valor frente ao mesmo mês do ano anterior. Arábia Saudita, Japão e Emirados Árabes Unidos foram os principais destinos.
No mercado interno, os preços também subiram: coxa/sobrecoxa (+24,0%), peito com osso (+20,9%) e filé (+17,0%) registraram altas nos últimos 12 meses. O frango inteiro valorizou 10,7%.
Safra de milho
A pressão sobre os custos de produção, que aumentaram 9,2% em 12 meses, vem sendo parcialmente compensada pela safra recorde de milho em SC. Com produtividade média de 9,8 toneladas por hectare — a maior já registrada no estado — a produção aumentou 25% mesmo com queda de 13% na área plantada.
Essa oferta local permite à cadeia avícola economizar até R$ 115 milhões em frete, reduzindo a dependência de milho de regiões distantes. O dado é especialmente relevante no contexto atual, em que margens apertadas exigem estratégias eficientes de contenção de custos.
Ainda que os dados de janeiro a abril sejam positivos, o setor acompanha com cautela a evolução da emergência sanitária em todo o país. A capacidade do setor de reagir de forma coordenada e tecnicamente embasada é determinante para reduzir os impactos no desempenho do setor nos próximos meses.
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