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A importância da Sanidade para a promoção do bem-estar animal

Escrito por: Felipe Pelicioni - Médico-veterinário e Gerente de Marketing Aves Ciclo Longo da Ceva Saúde Animal
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Ceva Sanidade

O conceito de bem-estar animal está cada vez mais presente em diferentes esferas de discussão por todo o mundo e nas mais diferentes situações.

A evolução tecnológica da internet possibilitou acesso imediato à informação. Porém, ao mesmo tempo, facilitou o trânsito de informações incorretas, ou distorcidas e algumas vezes inventadas para favorecer algum tipo de argumento ou posição. O conceito de bem-estar animal está cada vez mais presente em diferentes esferas de discussão por todo o mundo e nas mais diferentes situações.

Por isso a necessidade da criação de plataformas para a disseminação de conceitos e informações reconhecidos internacionalmente pelas instituições e órgãos competentes, de forma que o público/consumidor tenha condições de conhecer a realidade da produção animal, os cuidados, ações e estratégias adotadas pelas empresas do segmento.

Mas, antes disso, é fundamental entendermos com clareza o conceito de sanidade animal e como ele se aplica às diferentes áreas da produção animal, bem como as peculiaridades de cada elo da cadeia produtiva.

Dentro da avicultura industrial a preocupação com o bem-estar animal tem sido um pilar na estratégia de todas as empresas que visam: atender a um consumidor mais esclarecido, e que quer a certeza de que o alimento que chega à sua mesa foi produzido respeitando as normas mínimas de bem-estar animal.

O QUE DETERMINA O BEM-ESTAR ANIMAL?

Esse é um conceito amplo e que pode ser definido por diferentes parâmetros.

Alguns pesquisadores afirmam que os parâmetros zootécnicos são bons indicadores de bem-estar animal, pois a ave só vai produzir bem se estiver vivendo em boas condições.

Outros pesquisadores afirmam que a interpretação das respostas comportamentais das aves ao ambiente de criação pode predizer melhor a forma como estas são afetadas pelo meio em que vivem, sendo esses os parâmetros adequados para avaliar o bem-estar.

O escritório internacional de epizootias da OIE (Organização Mundial da Saúde Animal, tradução livre para o português) possui uma série de recomendações para o bem-estar e preconiza:

Um bom bem-estar animal é baseado na prevenção de doenças e tratamento veterinário adequado, proteção, manejo e nutrição, além de um tratamento e abate humanitário

Segundo o Conselho de Bem Estar na Produção Animal (FAWC, sigla em inglês), o bem-estar animal é definido pelo conceito das cinco liberdades básicas, definição com grande aceitação no Brasil e em grande parte da comunidade internacional.

Todavia, independente da definição escolhida para o conceito de bem-estar animal, fica claro que a sanidade animal é uma das bases para a condição de vida dos animais.

Portanto, a biossegurança e um rigoroso programa de prevenção de doenças devem ser um dos alicerces para a promoção do bem-estar.

COMO A SANIDADE FAVORECE O BEM-ESTAR?

 

Primeiramente, é preciso ter em mente que a condição do indivíduo está intimamente ligada à sua saúde, seja ave, boi, ou mesmo o ser humano. Portanto, podemos afirmar que:

Sem sanidade (saúde animal), não há bem-estar animal.

Além disso, é necessária a avaliação criteriosa sobre a efetividade dos programas sanitários (biossegurança e vacinação). Isso porque algumas das principais enfermidades da avicultura podem acometer as aves de forma subclínica e sua identificação pode ser comprometida na ausência de um efetivo programa de monitoria sanitária.

Não podemos somente achar que as aves estão saudáveis. Precisamos determinar parâmetros e procedimentos claros de avaliação das condições  sanitárias das aves.

Isso pode ser feito, por exemplo por:

exames de monitoria sorológica,

testes microbiológicos do ambiente e das aves,

monitoria das vacinações desde o incubatório, entre outros.

 

Tudo isso, somado à gestão das informações de forma associada com os dados de produção/zootécnicos.

Dessa forma, elevamos as chances de identificar riscos e problemas na sanidade, e consequentemente, ao bem-estar animal.

 

COMO PROMOVER A SANIDADE DE FORMA EFICIENTE FAVORECENDO O BEM-ESTAR ANIMAL?

A melhor estratégia sanitária em qualquer tipo de produção animal é a prevenção das doenças, por meio de rigorosos programas de biossegurança
aliados a adequados programas de vacinação.

Na avicultura, por exemplo, as vacinas podem ser administradas por diferentes vias:

ocular,

água,

injetável intramuscular,

injetável subcutânea,

membrana da asa.

De acordo com o tipo de vacina, gente e condições de criação.

Mas é amplamente comprovado que os métodos de vacinação massal, como vacinação via água, ou spray na granja, não têm a mesma eficiência que os métodos individuais (ocular, injetável).

E por isso, na avicultura industrial, um bom programa vacinal demanda uma série de intervenções nas quais as aves precisam ser retiradas de suas gaiolas para que possam receber uma determinada vacina.

Isso significa que até as 15 semanas de idade, quando normalmente as aves são transferidas para os galpões de produção, as aves podem receber mais de uma dezena de aplicações de vacinas, sendo que algumas vezes mais da metade dessas vacinações demanda a retirada das aves das gaiolas onde estão alojadas.

Se considerarmos o atual estágio de desenvolvimento das instalações de produção, onde as aves são alojadas em baterias com 5, 6 ou 7 andares de gaiolas, facilmente percebemos as dificuldades que essas vacinações individuais representam.

Ainda mais, considerando lotes grandes e muito comuns atualmente, com mais de 100 mil aves, esse procedimento deve envolver um número grande de
funcionários, podendo demorar alguns dias para conseguir vacinar todas as aves. Todo esse cenário traz uma série de riscos ao bem-estar animal.

Portanto, é fundamental considerar a redução do número de manejos e intervenções vacinais quando estamos tratando sobre o bem-estar animal.

 

Mesmo a vacinação massal, que não envolve a pega das aves, impacta na necessidade de um jejum hídrico (normalmente de até 90 minutos), de forma a garantir que as aves consumam toda a solução vacinal preparada.

Ainda, se considerarmos que o impacto é muito menor que as vacinações individuais, a ineficácia da vacinação, aumentando os riscos de enfermidades, também pode comprometer a sanidade das aves e, consequentemente, o bem-estar animal.

O QUE PODEMOS FAZER?

Nesse complexo cenário, a Ceva construiu sua história como uma empresa inovadora, desenvolvendo vacinas únicas e diferenciadas que permitem, de forma direta, a redução dos manejos vacinais.

A enorme estrutura de pesquisa e desenvolvimento da Ceva já disponibilizou para a avicultura mundial uma série de tecnologias que podem ser consideradas disruptivas, pois mudaram a maneira de prevenir algumas doenças.

 

Como exemplo, podemos citar a Transmune, que assegura máxima proteção para os frangos de corte e matrizes pesadas. Além da Novamune, que agora permite a mesma segurança, proteção e redução de manejo, para as poedeiras comerciais.

Nesses dois segmentos, a tecnologia da Transmune eliminou totalmente a necessidade da vacinação no campo (é administrada no incubatório).

Para matrizes pesadas, em algumas regiões do Brasil, isso significou a eliminação de 5 manejos vacinais.

Essa mesma abordagem, a Ceva oferece para todo o segmento de postura comercial. Com um portfólio único, que contempla diversas inovações, a Ceva torna possível assegurar a máxima proteção com menos manejos e vacinações.

Para o segmento de postura, destacamos por exemplo nossa linha de vacinas vetorizadas, a Vectormune®.

Uma marca global Ceva de vacinas que protege contra diferentes enfermidades, todas usando a tecnologia da vetorização na qual um agente vacinal (vetor) carrega uma porção genética de um outro agente (doador). Quando a vacina é administrada na ave e esse vetor se multiplica, a ave cria imunidade contra os dois agentes envolvidos.

A vacinas Vectormune® FP-MG, Vectormune® FP-MG AE utilizam o vírus da Bouba Aviária como vetor e oferecem proteção também contra Micoplasma Galliseptcum.

Essas duas vacinas possibilitaram o efetivo controle da Micoplasmose, desde o incubatório, e ainda sem os riscos das indesejáveis reações vacinais que podem ocorrer do uso das vacinas vivas.

A Vectormune® FP LT usa o mesmo vírus como vetor e, além de proteger contra Bouba Aviária, também oferece proteção efetiva contra Laringotraqueite. Desde o incubatório!

Além dessas vacinas, a linha Vectormune® conta ainda com outras duas vacinas para poedeiras que usam o vírus de Marek, HVT, como vetor.

São elas a Vectormune® HVT-LT, que protege contra Marek e Laringotraqueite, e a Vectormune® HVT-IBD+Rispens que protege contra Marek e Gumboro, com uma única aplicação, no incubatório.

A linha Vectormune representa, de forma clara, a possibilidade de um programa sanitário seguro, com um número reduzido de manejos e intervenções. Favorecendo de forma direta o bem-estar das aves e, consequentemente, a melhoria dos índices produtivos.

Com isso, a Ceva traz para a avicultura o conceito Menos é Mais! Essa proposta promove a máxima proteção das aves poedeiras com o mínimo de manejos vacinais.

As vacinas da Ceva permitem a elaboração de um programa vacinal seguro, com uma redução de até mais de 60% das intervenções vacinais totais durante a vida de um lote (100 semanas).

PROGRAMA VACINAL CONVENCIONAL

Um programa vacinal convencional de poedeiras tem, em média, 15 intervenções vacinais, com o uso de vacinas convencionais.

Além da necessidade da repetição de vacinas via spray na fase de produção, que pode acontecer de 6 a 8 vezes em média (a cada 8 – 12 semanas).

 

 

 

 

O Menos é Mais Ceva oferece:
um programa ainda mais seguro

com uma redução de até mais de 60% no número de manejos vacinais.

sem a necessidade, inclusive da aplicação de vacinas no período produtivo.

O exemplo acima é só uma demonstração da grande diferenciação que a Ceva pode oferecer para o mercado.

Cada situação deve ser avaliada de acordo com sua realidade.

Mas, a tecnologia das nossas vacinas sempre pode colaborar para a redução dos manejos, com resultado efetivo sobre o bem-estar animal e, por fim, à produtividade da empresa.

Isso está no nosso DNA!

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