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Entregando equipamentos avícolas realmente necessários

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Entrevista Mark Larson Big Dutchman equipamentos avícolas

Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

Os equipamentos avícolas da Big Dutchman vêm sendo adaptados às exigências específicas de cada cliente. A América Latina não é exceção. Pelo contrário, é um mercado que sempre está inovando e em permanente mudança e a Big Dutchman cumpre papel importante nesse cenário, oferecendo a maior quantidade de opções ao cliente.

Assim ressaltou em entrevista à aviNews, Mark Larson, que há 28 anos atua na Big Dutchman e em sua trajetória conheceu o negócio de perto, focado na indústria avícola da América Latina, interagindo diretamente com os clientes da região para fornecer equipamentos avícolas que realmente atendam às necessidades específicas de cada localidade, de acordo com sua localização geográfica e circunstância da empresa avícola.

AviNews – Há quantos anos você trabalha na indústria avícola?

Mark Larson – Comecei em 1990 como distribuidor da Big Dutchman. Desde aquele ano fui ascendendo, pouco a pouco, uma vez que fui adquirindo conhecimento no setor avícola, já que  nessa indústria é muito difícil estudar para vender o equipamento técnico e saber como funciona por ser muito específico e haver muitas variáveis para gerenciar. Por isso, toda minha aprendizagem se deu na prática.

AN – Atualmente qual é a sua responsabilidade dentro da empresa?

ML – Sou responsável pelas vendas internacionais da linha de equipamentos avícolas da Big Dutchman desde o México, até o Chile, excetuando o Brasil.

AN – Que produtos vocês oferecem à indústria avícola?

ML – Tudo o que está dentro dos galpões avícolas. Nossa empresa desenvolve equipamentos para frangos de corte, galinhas poedeiras e reprodutoras. Nós fornecemos soluções práticas e que respeitam o meio ambiente, incluindo sistemas de alimentação, alojamento e ventilação para a produção de ovos e aves.

Em frangos de corte oferecemos comedouros, bebedouros, silos de alimentação e transportadoras, pesagem de aves, iluminação, sistemas de ventilação e controles. Sempre nos aproximamos das necessidades do cliente. Nossos equipamentos de alta tecnologia para frango de corte permitem obter rendimento ótimo.

Em perus é um pouco diferente pelo tamanho. O bebedouro é diferente e o comedouro é maior, porém a ideia é a mesma.

Na produção de ovos, nossa empresa oferece uma linha completa de equipamentos desde alojamento, alimentação, coleta de ovos e sistemas ambientais, como também as ferramentas a serem utilizadas durante o manejo de produção de ovos como:

Edifícios pré-fabricados;
Comedouros;
Bebedouros;
Ambiente controlado;
Todos os tipos de gaiolas, aviários em sistemas de produção de ovos.

AN – Que sistemas são mais solicitados na América Latina para poedeiras?

ML – Na América Latina a maioria utiliza o sistema tradicional de gaiolas, sendo cerca de 97% dos clientes. No entanto, em todo o mundo as pessoas estão interessadas em equipamentos para criar galinhas livres de gaiolas. Então, já temos alguns projetos que estão começando com aviários, porém temos outros clientes que também têm bastante equipamentos no solo.

AN – Como começaram os aviários?

ML – À medida que o mercado começou a a se movimentar da gaiola tradicional aos sistemas livres de gaiolas, os produtores foram desafiados a atender a demanda existente nas mesmas edificações, porém com menos aves.

Quando eliminaram os sistemas de baterias de gaiolas no prédios existentes, o problema que surgiu foi como utilizar melhor o espaço vertical que seria desperdiçado com os sistemas de solo disponíveis no momento.

Um exemplo está no Chile, onde está o primeiro aviário puro da América Latina. A empresa se chama Coliumo. Uma vez instalados os equipamentos, a Big Dutchman (Estados Unidos) enviou um técnico pós-venda, a Erika Blair, para garantir um manejo ótimo das aves no que diz respeito à criação e alimentação. Em sua visita a Erika também treinou Antonia Reyes, que é a médica veterinária que gerencia essa parte do empreendimento.

AN – O que se entende por aviário puro?

ML – Significa que tem sistemas onde a ave pode entrar, botar o ovo, beber e comer, saindo depois.

Então, a ave pode transitar livremente por todo o aviário, caminhar, saltar, voar, fazer tudo. Pela densidade, pode-se manejar mais aves por metro quadrado no aviário do que no piso.

O manejo desses sistemas deve ser correto desde o primeiro dia de alojamento e, como em toda a produção de ovos livres de gaiola, isso deve começar com as pintainhas.

AN – Qual a diferença no manejo?

ML – O manejo é muito diferente entre galinhas em gaiolas e em sistemas livres de gaiolas, já que nesse último a ave transita. Então, é preciso treinar a galinha para botar o ovo no ninho.

Por isso é preciso começar desde a criação da pintainha com um sistema especial para essa etapa, onde essas aves devem aprender a caminhar dentro do sistema, buscar o comedouro, o bebedouro, voar etc. Esse é outro manejo, totalmente diferente em ambos os sistemas. Há uma mudança de mentalidade das pessoas, há um know-how.

Na América Latina temos muito mais em piso, que o sistema aviário. Para o sistema em piso temos:

Bebedouro;
Comedouro;
Ninho automático;
Slats;
Ambiente controlado (esse último depende de cada região).

O manejo é muito diferente entre galinhas em gaiolas e em sistemas livres de gaiolas

AN – Cada tipo de ave necessita de um equipamento específico?

ML – Para poedeiras, reprodutoras e frangos de corte usa-se o mesmo equipamento para controlar ambiente. A única diferença é a quantidade de equipamentos necessária e como são utilizados.

Em frangos de corte busca-se a velocidade devido à sensação térmica. Em reprodutoras é menor a velocidade do ar (metros cúbicos por minuto).

Para todas as aves é muito melhor a ventilação túnel, que trabalha por pressão negativa para uma melhor sensação térmica.

AN – Esse é um projeto chave nas mãos?

ML – Chave nas mãos no que diz respeito a todos os produtos necessários dentro do galpão, desde o prédio até sacar os equipamentos. Essa é a nossa vantagem: enviamos os edifícios pré-fabricados e os equipamentos. No entanto, os trabalhadores responsáveis pela construção são responsabilidade do dono da empresa. Nós enviamos o supervisor para que as instalações e o equipamento fluam naturalmente dentro da edificação.

O ideal é comprar todo o sistema até o surgimento do ovo. Em seguida, vamos abastecendo o cliente de acordo com as novas exigências da nossa linha de produtos.

AN – Como funciona o serviço técnico da sua empresa?

ML – Em toda a América Latina temos um bom grupo de técnicos, que supervisionam a instalação. O cliente tem sua própria equipe técnica, nós enviamos nossos supervisores in loco para que treinem os técnicos do cliente para fazer com que todos os equipamentos funcionem de forma eficiente.

Por outro lado, também prestamos assistência no aspecto mecânico e elétrico com nossos especialistas em paineis, controles computadorizados etc.

AN – Onde está a maior concentração de vendas de seus equipamentos?

ML – Estamos bem distribuídos nos países andinos, Cone Sul, México e América Central. Em relação às vendas depende do ano, do preço dos produtos avícolas, tudo é muito variável. Obviamente, o maior país deveria gerar mais negócios, porém não é sempre assim para nós.

AN – O que difere sua empresa em relação a outras do mesmo setor?

ML – A Big Dutchman se caracteriza, sempre, por sua qualidade, confiabilidade e por oferecer a melhor rentabilidade.

Hoje em dia é preciso diferenciar um produto de outro. O nosso é oferecer o melhor serviço, inovação e obter o maior número de informações da granja para poder usá-la em favor da empresa. Por exemplo, quanto está sendo consumido de água, alimento, mortalidade, clima, para projetar e poder programar o melhor rendimento, tudo isso através de um controle  automatizado.

O ideal é comprar todo o sistema até o surgimento do ovo. Em seguida, vamos abastecendo o cliente de acordo com as novas exigências.

AN – Como vocês se relacionam com as diferentes linha genéticas?

ML – Como fabricante de equipamentos temos que trabalhar em conjunto com a linha genética. Sempre temos que estar alinhados com eles. Constantemente estamos perguntando pelas variáveis das linhas genéticas para nos adaptarmos. Além disso, cada país é um pouco diferente no que se refere a manejos disponíveis e há certos parâmetros fundamentais para trabalhar.

AN – Qual o equipamento mais adequado para reprodutoras?

ML – Em reprodutoras leves e pesadas, há diferenças. A ideia é a mesma, talvez o equipamento seja um pouco diferente. Tem o mesmo ninho e comedouro. Nas pesadas é necessário um comedouro exclusivo por macho. Basicamente, a combinação é um pouco diferente.

As leves estão buscando mais poleiros, já que as pesadas se movem menos. É algo diferente, porém, no final o equipamento é muito similar.

O manejo de reprodutoras pesadas é um tema complexo. Alimentação, equipamento, iluminação, climatização, só quando todos os componentes estão bem coordenados entre si, a geração de ovos para incubar pode funcionar com sucesso.

AN – Vocês só vendem pacote completo?

ML – Preferimos vender o pacote porque, de certa forma, assim temos o controle de tudo. Por exemplo, se um cliente quer fazer o ambiente com outra marca, o comedouro e o ninho de outro, se há um problema, a quem chamo? Por isso, a tendência é buscar um fornecedor único.

No nosso caso, a Big Dutchman oferece uma resposta para cada cliente já que existem várias opções com nossos produtos. Contamos com um grande portfólio de produtos.

A Big Dutchman oferece uma resposta para cada cliente já que existem várias opções com nossos produtos. Contamos com um grande portfólio de produtos.

AN –  Quanto à capacitação, qual o papel da Big Dutchman?

ML – Sempre estamos cuidando de treinar as empresas que abastecemos com nossos produtos. Esse ano tivemos uma capacitação sobre ventilação e controle na Colômbia, com um bom grupo de pessoas que está manejando nossos equipamentos. Quanto mais equipamentos temos no mercado, é mais necessário realizar treinamentos, já que quando capacitamos uma pessoa, pode ser que vá para outra empresa. Isso é algo constante, a capacitação é permanente.

AN – Como vem mudando o pessoal nas empresas com os anos?

ML –  Antes, quando era semi-automático, buscava-se pessoal que soubesse manejar as aves. Agora que tudo é automático, precisa-se de pessoas que não tenham medo dos computadores para que se encarreguem de todos os equipamentos pelos controles, o painel (o problema não é tão grande na parte mecânica, como na parte eletrônica).

AN – De quanto em quanto tempo os cliente renovam um equipamento Big Dutchman?

ML – Um equipamento Big Dutchman pode durar entre 20 e 25 anos.

O bom é que nos últimos anos esse mercado está se automatizando. Ainda assim, há certas áreas em que o mercado é bastante maduro. Porém, chega o momento no qual a venda foi realizada há 20 anos e precisa ser renovada. Então, esse é o ciclo. Há um certo percentual de clientes que tem que mudar seus equipamentos. Nossa empresa sempre está inovando em equipamentos que atendam às necessidades do futuro, para os avicultores de hoje.

AN –  O que você espera dos tempos vindouros?

ML – Penso em buscar a forma de fazer mais coisas para o cliente, poder entregar tudo o que necessita. Que não tenha nada com o que se preocupar, que nos diga a data que quer alojar suas aves: “aí está”. Esse é um ponto almejado por muita gente.

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