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Biosseguridade e redução da contaminação microbiológica na avicultura

Escrito por: Camila Oro - Coordenadora Técnico Comercial da Cinergis Saúde e Nutrição Animal. Técnica em Agropecuária, Médica Veterinária pela UFPR, Mestrado em Ciência Animal pela UFPR, Licenciatura em Agropecuária pela UTFPR e doutoranda em Medicina Veterinária na UNESP – Botucatu.
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O termo biosseguridade é utilizado para nos referirmos às medidas de boas práticas que garantem a segurança sanitária dos plantéis e a higiene nos processos.

Essas medidas variam conforme:

o setor,
a epidemiologia,
o histórico de doenças e
a estrutura de cada empresa.

 

Contudo, como primeiro passo, é necessário:

Identificar se as pessoas entendem os conceitos básicos necessários, como a importância da biosseguridade e o papel do colaborador para a sua manutenção.

É o colaborador que executa o processo operacional, sendo seu papel inerente ao sucesso na implementação das medidas.

O ser humano é o principal vetor de doenças para dentro dos plantéis, por isso, quanto maiores os cuidados com higiene pessoal, maior será a segurança sanitária.

Desta forma, treinamentos constantes podem esclarecer sobre o porquê de respeitar e seguir:

os fluxos,
os manejos e
as barreiras sanitárias.

 

O segundo passo é:

Identificar quais são os pontos críticos, ou seja, quais são os locais ou os processos de maiores riscos de contaminação para, a partir disto, buscar as melhores medidas sanitárias de prevenção.

É importante ressaltar que o sucesso da biosseguridade não é resultado somente de medidas preventivas eficientes, como também de:

planos de ação e contingência,
monitorias de processos,
treinamentos constantes e
melhoria contínua formando o terceiro passo.

 

As ações de biosseguridade são frequentemente planejadas, implementadas e monitoradas pelo controle de qualidade da empresa, demonstrando a importância do incentivo a esse sistema de gestão.

Outro profissional importante para a manutenção da biosseguridade é o médico veterinário sanitarista, o qual é responsável por fazer o controle de doenças nos plantéis.

Para tanto, é fundamental ter o conhecimento da patogenia das doenças e, a partir desse conhecimento, montar estratégias que incluem medidas, vacinas, aditivos, produtos e medicamentos que auxiliam nesse controle, concluindo o quarto passo.

A maioria das doenças que acometem as aves são de causas multifatoriais, exigindo dos gestores maiores interações entre os responsáveis pelos diversos setores da cadeia avícola.

Atualmente, existem variados programas e produtos no mercado que podem auxiliar no controle de doenças nesses setores e que buscam a redução da contaminação na ração até os que reduzem a contaminação ambiental no aviário.

Os salmonelicidas são produtos que:

Reduzem a concentração de bactérias na ração e, consequentemente, reduzem a contaminação nos aviários.

A partir disso, é possível investir em produtos naturais para redução da contaminação da cama, reduzindo o risco sanitário ao mesmo tempo em que contribui para a saúde e bem-estar das aves. O mercado conta também com aditivos naturais, como probióticos e simbióticos, que contribuem para a prevenção de doenças e de bactérias que geram prejuízos para as empresas, além de resultarem em benefício adicional como melhor desempenho.

SOLUÇÕES INTEGRADAS E ESTRATÉGICAS PARA A MANUTENÇÃO DA BIOSSEGURIDADE

Por fim, devido à pressão de consumidores e mercados exportadores em relação ao bem-estar animal e redução de químicos na criação das aves, as medidas de biosseguridade se tornarão ainda mais importantes para a avicultura e, nesse contexto, os produtos naturais serão fundamentais para auxiliar na manutenção da sanidade do plantel e produzir um alimento seguro.

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