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Bolívia continua a proibir importação de produtos avícolas do Chile

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Bolivia: Barrera de entrada a productos avícolas de Chile

Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

O Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Segurança Alimentar (SENASAG) da Bolívia persiste na restrição à importação de produtos avícolas provenientes do Chile, devido a um foco de Influenza Aviária registrado em janeiro deste ano. No entanto, o Serviço Agrícola e Pecuário (SAG) do Chile assinou, em 9 de junho de 2017, a resolução que declara o Chile Livre da Influenza Aviária.

De acordo com o jornal boliviano Los Tiempos,  o responsável distrital do SENASAG em Santa Cruz – Bolívia, Miguel Barrientos,  manifestou que o Chile enviou os avisos sobre o avanço nas medidas relativas à Influenza Aviária, porém é decisão do serviço sanitário de cada país voltar a autorizar a importação de produtos.

O responsável distrital do SENASAG em Santa Cruz, na Bolívia, assinalou que se o Chile está declarado livre da Influenza Aviária -aviNews, cada país se reserva a decisão de autorizar a importação de produtos.

Disse ainda que a quantidade de produtos avícolas importados do Chile era considerável, porém os importadores buscaram alternativas em outros países, por isso não havia exigências. Além disso, ele disse que atualmente no setor avícola boliviano existe uma sobreprodução e, por isso, o SENASAG apoia o consumo da produção nacional.

Devido à sobreprodução e em apoio à produção avícola nacional, o governo boliviano persiste em restringir a importação dos produtos avícolas chilenos.

Este fim de semana, o representante do setor avícola de Tarija (Bolivia), Julio Ulloa, expressou ao El País Plus sua preocupação, indicando que há uma sobreoferta da carne de frango em todo o país. Segundo ele, os pequenos produtores dedicados a esta atividade estão com dificuldades para vender seus produtos e temem que alguns avicultores fechem suas granjas, ao não ter uma garantia de recuperar seu capital investido.

O debate sobre a situação do setor avícola boliviano já foi publicado no aviNews, quando se detalhou todas as arestas da problemática do mercado da Bolívia.

Complementando, em 12 de junho deste ano, a diretora do Observatório Agroambiental e Produtivo do Ministério de Desenvolvimento Rural e Terras, Melisa Ábalos, explicou à Agência Boliviana de Informação que, junto com o Serviço Nacional de Sanidade Agropecuária e Segurança Alimentar (SENASAG), o governo boliviano está trabalhando para cumprir com os padrões internacionais para aumentar a exportação do excedente de carne de frango.

A diretora do Observatório Agroambiental e Produtivo do Ministério de Desenvolvimento Rural e Terras, acrescentou que atualmente se está exportando ao Peru, porém, juntamente com o SENASAG estão sendo realizados ações na indústria avícola para atender as normas exigidas por outros países para importar carne de aves.

Como já se disse, produtores avícolas pediram para exportar a carne de frango para outros países diante do excedente na produção e redução do preço do produto no mercado interno.

Na ocasião, Ábalos comunicou que o Executivo se reuniria com pequenos, médios e grandes produtores avícolas para buscar alternativas e incrementar as exportações a outros países.
Revelou ainda que para este ano as expectativas são de uma produção de 529.831 toneladas de carne de frango, das quais 525.206 toneladas são para abastecer o mercado interno e, portanto, se espera uma sobreprodução de 4.529 toneladas de carne de frango.

Portanto, para atender as expectativas dos produtores avícolas, o governo boliviano está trabalhando para atender os padrões exigidos e, desta maneira, colocar o excedente de carne de frango nos exigentes mercados internacionais.

Finalmente, pode-se concluir que o fechamento das fronteiras aos produtos avícolas chilenos se deve a uma barreira de entrada comercial e não sanitária – já que a Influenza Aviária foi erradicada do Chile. De acordo com o governo da Bolívia, esta barreira é consequência da sobreprodução da carne de frango existente no país.

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