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Ministério da Agricultura recebe número crescente de pedidos de abertura de novos mercados

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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Brasil tem recebido diversos pedidos de abertura de novos mercados durante a pandemia do novo coronavírus. Segundo ela, a procura demonstra a relevância que o país tem perante o mundo no fornecimento de alimentos e pode significar uma oportunidade extra para vencer a crise.

Só em março, 11 ações de abertura ou ampliação de mercados foram concretizadas junto ao Ministério da Agricultura, segundo informações repassadas ao Valor Econômico pela equipe de Tereza Cristina. Em janeiro e fevereiro, outros cinco pedidos foram aprovados. Há ainda a sinalização de nações para a retomada do comércio com o Brasil.

“Temos recebido muitos pedidos de informação para aberturas de novos certificados. É uma demonstração de que o mundo está preocupado e vê o Brasil como motor de exportações do agronegócio. É uma janela maior de oportunidade que pode se abrir”, disse a ministra, durante videoconferência hoje.

No sábado (4/4), na entrevista concedida por Tereza Cristina à aviNews Brasil via instagram afirmou que países que “eram mais duros” (referindo-se a Singapura, fizeram movimentos para tentar abrir mercados nos últimos dias.

“Quem tinha barreira comercial começa a se movimentar para abrir esses canais com o Brasil, porque sabe que o Brasil é celeiro do mundo e que podemos reagir rapidamente a tudo isso que está acontecendo”, destacou.

Na oportunidade, a ministra ressaltou que os setores de flores, frutas e material genético enfrentam dificuldades para manter as exportações, já que dependem exclusivamente dos voos internacionais para as operações.

Sem apontar uma data específica para a retomada do movimento, Tereza Cristina se disse otimista para o retorno dessas vendas.

“Isso não vai ficar assim. Daqui a pouco, alguns países vão receber novamente, pelo menos cargas. Desabastecimento ninguém quer, nem aqui nem lá. Algumas coisas essenciais vão ter que começar a acontecer daqui um tempo”, afirmou.

As aberturas ou ampliação de mercados se concentram, principalmente, em carnes bovina e de frango e em material genético avícola.

No dia 31 de março, o Egito habilitou 27 novos estabelecimentos brasileiros para exportação de carne de frango e renovou a autorização de outros 13. Os egípcios também habilitaram 15 novos frigoríficos de carne bovina e renovaram a certificação de 82 plantas.  No total, o Brasil tem 40 unidades habilitadas para envio de carne de frango e 97 de carne bovina. Duas semanas antes, o país também havia aberto mercado para miúdos bovinos.

O Marrocos abriu mercado para importação de pintos de um dia e ovos férteis durante o último mês. Com a Argentina, a abertura foi para o envio de produtos lácteos para alimentação animal. Em fevereiro, o governo argentino também havia autorizado, de forma inédita, a compra de embriões bovinos, sêmen suíno e carne de rã.

Para o principal parceiro comercial brasileiro, a novidade foi a aprovação da lista de frigoríficos autorizados a exportar pescados. A pendência com a China se arrastava desde 2015 e foi comemorada pela ministra Tereza Cristina.

“Estava emperradíssima há anos. As coisas estão acontecendo, não na velocidade que a gente gostaria, infelizmente”, disse a ministra.

A Indonésia aumentou em 20 mil toneladas a cota de importação de carne bovina brasileira no dia 20 de março. Os Emirados Árabes Unidos abriram mercado para ovos férteis e pintos de um dia no dia 17.

Também houve abertura de mercado para exportação de milho pipoca para a Colômbia, no dia 16, de carne bovina para o Kuwait, em fevereiro, e o gergelim para a Índia, ainda em janeiro. O Ministério ainda informou que Malásia e Cingapura sinalizaram desejo de retomar e intensificar as importações do Brasil, principalmente de carne bovina e de frango.

Conteúdo extraído do Valor Econômico, baseado em entrevista concedida à aviNews Brasil

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