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Entre o final do mês de novembro e início de dezembro, o Brasil começa a enviar ovos in natura (líquido) e processados (congelado) para a África do Sul. Segundo divulgado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na última segunda-feira (6/11), a demanda inicial é de 25 contêineres (30 mil caixas) semanais de ovos in natura.
A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa recebeu uma carta do Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca da África do Sul (DAFF), apresentando proposta dos Certificados Sanitários Internacionais (CSIs). O primeiro fornecedor do produto deverá ser a Netto Alimentos, instalado no interior de São Paulo, que já fornece ovo líquido para a Arábia Saudita, Emirados Árabes e Guiné Equatorial.
De acordo com o diretor comercial da empresa, Júlio Cesar Carvalho, o produto brasileiro chega à África do Sul em até 19 dias, o que representa vantagem em relação a fornecedores dos Estados Unidos, já que o tempo de entrega é de 31 dias. “Além disso, o aspecto sanitário e a inexistência de gripe aviária no Brasil, ajudam na escolha de fornecedores brasileiros”, explica Carvalho.
A notícia também é comemorada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Segundo o presidente-executivo da entidade, Francisco Turra, o mercado sul-africano ascendeu como potencial parceiro nos negócios de exportação do setor após a participação brasileira na Anuga, maior feira de alimentos do mundo.
“Durante o evento, fomos procurados por traders em busca de ovos brasileiros”, explica Turra. “Desde então, contatamos o ministério e manifestamos o interesse do nosso setor na abertura da África do Sul”, completa. O diretor comercial da Netto Alimentos informou que as negociações com a África do Sul incluem seis empresas estabelecidas no Brasil, entre elas, companhias de matriz europeia.
O Brasil já exporta ovos para mais de 50 países, com remessas equivalentes a US$ 110 milhões em 2016. Segundo o Secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Luiz Ribeiro e Silva, “a demanda sul-africana pelos ovos e produtos à base de ovos do Brasil, são resultado de décadas de pesquisa, investimento e reconhecimento da excelência dos sistemas sanitário e produtivo brasileiro”.
A informação é reforçada pelo presidente-executivo da ABPA, segundo quem o setor de ovos do Brasil tem incrementado suas ações para expandir a atuação internacional. Por meio de sua marca internacional Brazilian Egg, empresas associadas à ABPA participam de feiras internacionais e buscam viabilizar novas oportunidades para o setor.
Em outubro passado, o ministério sul africano (DAFF) apresentou ao Mapa proposta de Certificado Zoosanitário Internacional (CZI) para respaldar exportações brasileiras também de material genético avícola (ovos férteis).
Com informações da Assessoria de Imprensa do Mapa e da ABPA