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BRF lidera baixas da Bolsa com surto de gripe aviária nos EUA

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BRF lidera baixa da bolsa com surto de gripe aviária

Após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) afirmar em 25 de novembro que um surto de gripe aviária resultou na morte de mais de 50,5 milhões de aves no país, o governo do Equador declarou emergência de saúde animal, devido ao mesmo surto.

O cenário negativo tem pressionado ações ligadas a alimentos processados aqui na nossa Bolsa, com a ação da BRF (BRFS3) liderando as perdas do Ibovespa na quinta (1), com uma baixa de 4,99%.

A ação, inclusive, acumula uma perda de quase 17% desde o pregão da sexta (25). Vale ressaltar que a empresa é altamente exposta ao segmento de carnes de ave. A BRF é dona das marcas  Sadia e Perdigão, e quase 80% de sua receita internacional vem da venda de aves in natura.

No mercado doméstico, a fatia das aves in natura na receita é menor, de aproximadamente 15%, mas a empresa também usa os animais para a produção de alimentos processados, que respondem por mais da metade da receita da BRF no Brasil.

No comunicado do USDA, o órgão afirma que a doença já foi confirmada em 270 granjas comerciais e 368 granjas chamadas “de quintal”, onde a produção é para consumo próprio. Há casos em 46 dos 50 estados americanos.

Já o governo equatoriano afirmou que durante os próximos 90 dias não será possível movimentar aves, produtos e subprodutos de origem aviária como ovos, galinhas, frangos, entre outros, das explorações afetadas pelo surto.

O Peru é outro país que tem visto mortes de aves, e na quarta-feira (30), informou que mais de 13 mil aves já foram encontradas mortas no litoral do país, o que fez o governo emitir uma alerta para os produtores locais.

Além da BRF, que lidera as perdas do Ibovespa, a ação da Marfrig (MRFG3) caía 2,86% e a da Minerva (BEEF3) recuava 1,28% no pregão. Na visão de Pedro Lang, especialista da Valor Investimentos, o setor sofre por uma expectativa de menor margem para negócio como um todo em 2023, com o cenário econômico desafiador pro segmento.

Para os analistas da Terra Investimentos Régis Chinchilla e Luis Novaes, a BRF tem apresentado balanços trimestrais com resultados financeiros negativos, e uma perspectiva incerta sobre a estabilidade fiscal no Brasil nos próximos anos impacta a empresa.

“Somado a isso, nos últimos dias foi revivido uma disputa entre BRF e a Ipiranga sobre uma joint-venture, indicando que a dívida atualizada estaria em patamar multimilionário, o que pode estar agravando a pressão sobre o ativo”, acrescentam os analistas da Terra.

A BRF emitiu comunicado afirmando que o processo está em andamento e valores ainda não foram definidos.

Fonte: TradeMap

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