Doenças infeciosas de maior impacto econômico na indústria avícola mundial
O vírus da Bronquite infecciosa (VBI) pode afetar aves de todas as idades:
- as manifestações clínicas e perdas associadas à doença variam dependendo da idade de infecção;
- a severidade dependerá do estado fisiológico e resistência da ave, das condições ambientais e da presença de outros patógenos.
- Falsa Poedeira;
- Mortalidade na fase de recria;
- Menor consumo e peso corporal;
- Necessidade de medicação;
- Desuniformidade de peso.
- Queda da produção de ovos;
- Atraso no início da produção;
- Mortalidade na fase de produção;
- Agravamento de outras doenças.
- Ovos com casca deformada;
- Ovos com casca trincada e fina;
- Ovos com casca suja;
- Clara mais aquosa;
- Menor uniformidade de peso do ovo.
Figura 2. Principais parâmetros sanitários e produtivos causados pela infecção pelo vírus BR-I da Bronquite infecciosa em lotes de postura comercial, vacinados com cepa Massachusetts (Chacón et al., 2020)
A BRONQUITE INFECCIOSA NO BRASIL
Todos os trabalhos científicos publicados na última década coincidem em sinalar a circulação de apenas duas cepas do VBI:
- Massachusetts;
- BR-I, (detecções médias entre 70% e 80%).
BASES CIENTÍFICAS PARA O CONTROLE EFICAZ
Para o controle eficaz da Bronquite infecciosa, a cepa vacinal usada deve ser homóloga, ou muito semelhante geneticamente, à cepa que está circulando e acomentendo as granjas (Tabela 1).
Tabela 1. Nível de proteção segundo o nível de semelhança genética entre as cepas vacinais e os vírus de desafio (De Wit, 2013).
(*) O trabalho resume resultados de mais de 137 grupos vacinados e mais de 18 modelos de desafio.
Trabalhos de patogenicidade conduzidos confirmaram que o vírus BR-I é virulento e afeta os tratos respiratório, entérico e urogenital das aves.
Outras publicações mostraram as perdas econômicas causadas pelas infecções pelo vírus BR-I no campo.
O processo de desenvolvimento resultou numa vacina única, que equilibra perfeitamente segurança e eficácia.
GANHOS DECORRENTES DO CONTROLE DA BRONQUITE INFECCIOSA CAUSADA PELA CEPA BR-I
Desde o lançamento, a Cevac IBras tem se mostrado totalmente segura no campo, podendo ser utilizada em pintainhas desde o primeiro dia de idade, até aves em fase de produção, sem preocupação de rolagem viral ou reversão da virulência.
Desde os primeiros usos em campo ficou evidente a eficácia da vacina, conferindo resultados que superaram as expectativas dos granjeiros.
- melhor proteção das aves na fase de recria;
- melhor proteção das aves na fase de produção;
- melhor qualidade do ovo (Figura 3).
- Menor mortalidade na fase de recria (1 – 1,3%)
- Eliminação da medicação com antibióticos (até R$ 280 / mil frangas)
- Maior peso corporal (62 gramas)
- Maior uniformidade do lote no final da fase de recria (3,3 – 5,5%)
- Antecipação do pico de produção (4 semanas)
- Redução de mortalidade (0,5 a 2%)
- Menos ovos com casca disforme (0,1 – 0,2%)
- Menos ovos com casca trincada (0,8 – 0,9%)
- Menos ovos com casca mole (0,7 – 0,8%)
- Menos ovos com casca suja (2,3 – 2,6%)
- Melhor uniformidade de peso de ovo (4,5%)
Figura 3. Benefícios produtivos obtidos em lotes de poedeiras após uso de Cevac IBras (Chacón et al., 2020).
PROTEÇÃO EFICAZ, DURADOURA E PRÁTICA DA BRONQUITE INFECCIOSA
Com o uso da vacina viva atenuada, contendo uma cepa homóloga ao vírus de campo (Cevac IBras), obteve-se controle eficaz da doença nas fases de recria e produção.
Porém, este programa precisava de revacinações a cada 8 ou 10 semanas na fase de produção de ovos. Para minimizar ou eliminar estas revacinações na fase de produção, foi desenvolvida a vacina inativada Cevac Eggmune, contendo a cepa BR-I da Bronquite infecciosa e o Metapneumovirus subtipo B.