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Bronquite Infecciosa: impactos e controle em granjas de postura comercial

Escrito por: Jorge Chacón - M.V. MSc. PhD Serviços Veterinários – Ceva Saúde Animal - Brasil
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Segundo estudo do Banco mundial publicado em 2011 (Figura 1), a Bronquite infecciosa, causada por um Coronavirus, é a segunda doença de maior impacto econômico da indústria avícola mundial.

Embora a doença não leve a mortalidade elevada, seu impacto está relacionado às inúmeras perdas ocasionadas durante todo o processo produtivo.

Na maioria de vezes, seu impacto é maior quando, nas granjas, também circulam outros patógenos como: Mycoplasma gallisepticum ou o vírus da Laringotraqueite infecciosa. Todos estes agentes são patógenos primários, ou seja, eles sozinhos levam a problemas sanitários, mas quando dois ou mais deles infectam o lote de forma simultânea, os problemas aumentam exponencialmente.

Doenças infeciosas de maior impacto econômico na indústria avícola mundial

Figura 1. Doenças infeciosas de maior impacto econômico na indústria avícola mundial (Fonte: The World Bank, 2011)

O vírus da Bronquite infecciosa (VBI) pode afetar aves de todas as idades:

Desta forma, os efeitos e perdas ocasionadas pelo VBI podem ser percebidos na fase de recria, fase de produção e qualidade do ovo (Figura 2).

 

 

 

 

 

 

 

 

Figura 2. Principais parâmetros sanitários e produtivos causados pela infecção pelo vírus BR-I da Bronquite infecciosa em lotes de postura comercial, vacinados com cepa Massachusetts (Chacón et al., 2020)

 

A BRONQUITE INFECCIOSA NO BRASIL

Todos os trabalhos científicos publicados na última década coincidem em sinalar a circulação de apenas duas cepas do VBI:

O vírus BR-I está circulando no Brasil desde, pelo menos, a década de 70, e existem fortes evidências de que este vírus já estava circulando no Brasil desde a década de 50, o que coincidiria com a primeira descrição da doença no Brasil (Hipólito, O. 1957).
Observações de campo e estudos experimentais mostraram que a cepa Massachusetts, utilizada intensivamente como vacina desde 1979, não confere proteção completa contra os vírus de campo BR-I:

lotes clinicamente afetados eram desafiados pelo vírus BR-I, o que apresenta baixa semelhança molecular e antigênica com a cepa vacinal Massachusetts.

BASES CIENTÍFICAS PARA O CONTROLE EFICAZ

Para o controle eficaz da Bronquite infecciosa, a cepa vacinal usada deve ser homóloga, ou muito semelhante geneticamente, à cepa que está circulando e acomentendo as granjas (Tabela 1).

Tabela 1. Nível de proteção segundo o nível de semelhança genética entre as cepas vacinais e os vírus de desafio (De Wit, 2013).

(*) O trabalho resume resultados de mais de 137 grupos vacinados e mais de 18 modelos de desafio.

Trabalhos de patogenicidade conduzidos confirmaram que o vírus BR-I é virulento e afeta os tratos respiratório, entérico e urogenital das aves.

Outras publicações mostraram as perdas econômicas causadas pelas infecções pelo vírus BR-I no campo.

Estudos moleculares, epidemiológicos, de patogenicidade, proteção e impactos econômicos conduzidos com vírus BR-I evidenciaram a necessidade da avicultura brasileira de ter uma vacina que ofereça níveis de proteção próximos ao 100%, pois a cepa Massachusetts confere uma proteção parcial contra o vírus BR-I (aprox. 40%).

Entendendo esta demanda da avicultura brasileira, a Ceva decidiu desenvolver vacinas viva e inativada, que contenham o vírus BR-I para o controle da doença. Anos de pesquisa e testes conduzidos na Europa e no Brasil, seguindo os padrões de qualidade mais exigentes, resultaram no desenvolvimento de uma vacina viva atenuada com vírus BR-I:

Cevac IBras

O processo de desenvolvimento resultou numa vacina única, que equilibra perfeitamente segurança e eficácia.

 

GANHOS DECORRENTES DO CONTROLE DA BRONQUITE INFECCIOSA CAUSADA PELA CEPA BR-I

Desde o lançamento, a Cevac IBras tem se mostrado totalmente segura no campo, podendo ser utilizada em pintainhas desde o primeiro dia de idade, até aves em fase de produção, sem preocupação de rolagem viral ou reversão da virulência.

Desde os primeiros usos em campo ficou evidente a eficácia da vacina, conferindo resultados que superaram as expectativas dos granjeiros.

Os ganhos observados em granjas de diferentes regiões avícolas do Brasil incluem:

 

 

 

 

 

 

Figura 3. Benefícios produtivos obtidos em lotes de poedeiras após uso de Cevac IBras (Chacón et al., 2020).

PROTEÇÃO EFICAZ, DURADOURA E PRÁTICA DA BRONQUITE INFECCIOSA

Com o uso da vacina viva atenuada, contendo uma cepa homóloga ao vírus de campo (Cevac IBras), obteve-se controle eficaz da doença nas fases de recria e produção.

Porém, este programa precisava de revacinações a cada 8 ou 10 semanas na fase de produção de ovos. Para minimizar ou eliminar estas revacinações na fase de produção, foi desenvolvida a vacina inativada Cevac Eggmune, contendo a cepa BR-I da Bronquite infecciosa e o Metapneumovirus subtipo B.

A Cevac Eggmune prolongará a proteção conferida pela Cevac IBras aplicada na fase de recria, conferindo ao lote proteção eficaz e duradoura, com menos manejo.

 

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