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Em tempos de estiagem, quando a água dos reservatórios das usinas hidrelétricas se torna escassa e o custo da energia elétrica dispara, o aproveitamento da luz solar ganha força como alternativa para reduzir o peso deste insumo sobre a produção agropecuária.
Em Palotina (PR), o associado Juraci de Araújo instalou 504 placas para gerar energia aos três aviários que abrigam 76 mil frangos. A conta mensal de energia de, aproximadamente, R$ 8 mil foi praticamente zerada.
“É um investimento que compensa, se paga em pouco mais de seis anos”, calcula o produtor.
O benefício vai além da economia já que a tensão da energia ficou mais estável. Ele também instalou outras 400 placas para gerar energia aos aeradores que usa nos 21 mil metros de lâmina d’água onde cria tilápias.
Com esse conjunto, a propriedade se tornou autossuficiente e ainda gera créditos em energia que são abatidos da conta do hotel que pertence à família do sogro de Araújo. Os três conjuntos de células fotovoltaicas foram instaladas no chão por uma opção do integrado.
“Fica mais fácil ‘pra’ ajustar à posição do sol e para fazer a manutenção. Os técnicos não precisam entrar na granja”, justifica Araújo.
Ele conta que a escolha de placas de fabricação nacional foi motivada pela maior facilidade de substituição que as importadas. A mini usina pode ser monitorada por aplicativo de celular.
Para Juraci Araújo, o sistema de geração de energia solar passou a ser um insumo do agronegócio. “Hoje é uma necessidade, um kit que você tem que incluir se vai investir na avicultura ou piscicultura”, interpreta.
RAIO X
JURACI DE ARAÚJO
Três aviários
76 mil frangos
125 mil tilápias
904 placas solares
Investimento: R$ 1,2 milhão
Fonte: C. Vale