O frango de corte moderno exibe notáveis avanços em comparação àquele da metade do século passado; entretanto, em termos de conversão de ração em carne, continua ainda relativamente ineficiente.
Apesar dos grandes avanços obtidos em genética, ainda há muito espaço para produzir aves capazes de extrair o máximo da energia e dos nutrientes contidos na ração.
PRODUÇÃO EFICIENTE DE FRANGO
De uma forma simplificada, a produção eficiente de frangos pode ser reduzida a quatro componentes básicos:
A importância relativa de cada componente depende do custo da ração e mão de obra e do valor da carne de frango no mercado. Empresas totalmente integradas precisam também levar em conta o desempenho das matrizes e resultados de incubatório.
De forma ideal, as empresas de produção avícola deveriam ser capazes de escolher que parcela da integração agrega mais valor, e qual aspecto da integração tem maior importância quando da escolha das linhagens a serem usadas. A conversão alimentar, inevitavelmente, fará parte dessa discussão.
O resultado final, em termos de conversão alimentar, é determinado por dois componentes: conversão alimentar do lote (média de todas as aves) e viabilidade.
As companhias de genética vêm constantemente dando ênfase às características relacionadas à conversão, de modo a permitir que os processadores obtenham melhor eficiência na produção de aves vivas e mais lucratividade.
Ao contrário do que ocorre com as características facilmente medidas, como peso corporal, capturar informações individuais sobre conversão alimentar é um desafio em situações comerciais.
Para determinar a conversão alimentar é necessário medir a ingestão de ração do primeiro dia de alojamento até o abate, no peso de mercado.
DETERMINAR A CONVERSÃO ALIMENTAR
Existem muitas barreiras para conseguir esta determinação na prática, logo as companhias de genética usam recursos substitutos para avaliar a conversão alimentar. Há duas abordagens básicas:
Cada ave tem acesso a seu próprio comedouro e bebedouro. Os dados individuais são capturados e é possível obter o valor da conversão alimentar de cada frango, um recurso valioso para selecionar aqueles com melhor capacidade de conversão de ração.
TESTES ANALÓGICOS
Enquanto os testes analógicos são relativamente fáceis de implementar e gerenciar, estes possuem limitações óbvias para levar ao melhoramento da conversão alimentar.
Alguns genes promovem o uso eficiente de ração nos estágios iniciais do crescimento, ao passo que outros podem influenciar os estágios finais da curva de crescimento, nos quais as aves estão mais pesadas e consomem mais ração.
→ A seleção para eficiência precoce pode não impactar a utilização da ração nas últimas duas semanas de crescimento.
→ Decidir como abordar essas limitações tem grande impacto sobre a eficiência do programa de seleção de melhoramento da eficiência alimentar ao longo de toda a vida do frango.
→ Os testes analógicos são simples de realizar e têm sido a base do progresso genético da conversão alimentar por mais de meio século.
TESTES DIGITAIS
Os testes digitais, de duração mais longa, são intuitivamente melhores, uma vez que é possível obter medidas de eficiência alimentar que refletem um período maior da vida das aves.
Padrões tecnológicos mais altos não necessariamente levam a melhores avanços genéticos.
Frank Siewerdt, Diretor Sênior de Genética, Cobb-Vantress, Inc., EUA