Escrito por: Ricardo Santin - Presidente na ABPA - Associação Brasileira de Proteína Animal Presidente do Conselho Administrativo do IOB - Instituto Ovos Brasil
Vice-presidente do International Poultry Council
O término de 2021 não foi um momento de calmaria, pelo menos para os produtores de carne de frango. A produção em altae os elevados índices de consumoper capita se somavam ao desempenho recorde das exportações.
Em números, fechamos o ano com a produção alcançando, pela primeira vez, 14,3 milhões de toneladas, com uma disponibilidade interna de 9,7 milhões de toneladas, gerando um índice de consumo per capita de 45,5 quilos. No mercado internacional, alcançamos novo recorde, nos aproximando com 4,6 milhões de toneladas para mais de 140 países.
Em contrabalança, os custos de produção vinham de uma escalada histórica, dobrando preços:
Do milho,
Do farelo de soja,
Do plástico e papelão,
Diesel, entre outros.
Pelo mundo, aos poucos, a esperança da retomada crescia pelo planeta no início de 2022, com a retomada das cadeias de valor e da logística internacional,apontando para um horizonte que dizia a todos: o pior já passou. E, então, veio o conflito no Leste Europeu, e a luz da crise global foi novamente ativada.
No Brasil, o quadro também era complexo. A alta internacional do barril do petróleo encareceu o preço dos combustíveis no País. Na indústria de alimentos, os efeitos do aumento dos custos logísticos tornaram mais clara à necessidade de reforçar e agilizar os avanços em infraestrutura ferroviária e portuária.
Quem produz carne de frango viu os custos finalmente encontrarem a estabilidade, apontando para quedas. Influenciados por perspectivas de boas safras, os insumos foram negociados em um quadro de relativa menor pressão, registrando até mesmo quedas.
As agroindústrias e cooperativas, que não mediram esforços para garantir o abastecimento interno de produtos durante a pandemia, mantiveram o ritmo e o fluxo produtivo ao longo do ano. As perspectivas iniciais apontam para um volume de produção equivalente ao visto em 2021, oscilando na casa das 14,5 milhões de toneladas em todo o Brasil – número este que será revisto pela ABPA em dezembro.
Apoiado pelos programas sociais, o consumo de carne de frango em 2022 – proteína animal mais consumida pelo brasileiro – deverá se manter acima dos 40 quilos per capita, em padrões semelhantes ao visto na última década.
Já as exportações de carne de frango, segundo os indicadores, deverão alcançar um novo recorde. As projeções traçadas pela ABPA no início de 2022 deverão se confirmar, com volumes próximos das 5 milhões de toneladas, gerando receitas totais superiores a US$ 10 bilhões.
O QUE O SETOR ESPERA PARA 2023
PARA SEGUIR LENDO REGISTRE-SE É TOTALMENTE GRATUITOAcesso a artigos em PDF Mantenha-se atualizado com nossas newsletters Receba a revista gratuitamente em versão digitalCADASTROENTRE EM SUA CONTAENTRARPerdeu a senha? PDF