A China suspendeu as restrições à importação de produtos avícolas dos Estados Unidos. A informação foi divulgada em 14/11, em um comunicado conjunto da Administração Geral das Alfândegas e do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.
A China mantinha a proibição à importação de produtos avícolas dos Estados Unidos desde 2015, após a ocorrência de surtos de Influenza Aviária em algumas partes do país norte-americano.
Em fevereiro de 2017, a China retirou tarifas antidumping até então praticadas sobre o frango e produtos avícolas importados dos Estados Unidos. Uma missão de especialistas chineses visitou o país norte-americano em julho de 2017 para avaliar, em campo, os sistemas de prevenção e controle da IA, assim como medidas de vigilância da carne de aves.
Desde agosto de 2017 os Estados Unidos foram reconhecidos livres de IA pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal). E finalmente, em novembro de 2019, em meio aos graves efeitos da epidemia de Peste Suína Africana que afeta diversos países asiáticos, a China derrubou a barreira aos produto avícolas estadunidenses.
O representante de comércio dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, e o secretário de Agricultura do país, Sonny Perdue, divulgaram nota informando que os avicultores do país esperam exportar mais de US$1 bilhão à China.
Os Estados Unidos, que são o maior produtor e segundo maior exportador de carne de frango do mundo, exportaram mais de US $ 500 milhões em produtos avícolas para a China em 2013. As exportações globais de carne e produtos de aves dos Estados Unidos em 2018 foram de US $ 4,3 bilhões.
“Os Estados Unidos saúdam a decisão da China de finalmente suspender sua proibição injustificada de aves e produtos avícolas dos EUA. Esta é uma ótima notícia para os agricultores da América e os consumidores da China ”, disse o embaixador Lighthizer.
No último dia 17/11, o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, conversou por telefone com Robert Lighthizer e o Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin. O teor da conversa teria sido as principais preocupações com o que chamaram de primeira fase do acordo.