Cofinanciamento impulsiona investimento social privado na Amazônia
Organizações de investimento social privado no Brasil mobilizaram R$ 4,8 bilhões para o terceiro setor em 2022. De acordo com o Censo GIFE 22-23, o crescimento é de 20% em comparação com a última edição da pesquisa. Porém, ainda, grande parte dos recursos (72%) está concentrada na região Sudeste, enquanto o Norte concentra 36%, representando a região com menos investimentos de impacto, refletindo o abismo das desigualdades sociais e econômicas brasileiras.
- Pensando em alavancar investimentos na Amazônia, o Fundo JBS pela Amazônia vem adotando o modelo de cofinanciamento, combinando recursos e esforços de empresas privadas para ampliar o impacto das ações e maximizar os resultados alcançados. Para a diretora da organização, Andrea Azevedo, ao unirem forças, as empresas podem compartilhar custos e apoiar projetos com maior alcance e potencial de transformação, permitindo uma abordagem mais abrangente e eficaz para enfrentar os desafios da região.
“Quando falamos de Amazônia, devemos considerar a sua vastidão territorial, complexidade socioambiental e as desigualdades sociais. E esse modelo de investimento social entre as empresas e o alinhamento de agendas podem gerar mais efetividade das propostas, facilitando a escala do impacto, o desenvolvimento e o engajamento nas ações”, afirma.
Uma das parceiras investidoras do Fundo é a Aviagen América Latina, líder global do setor de genética de aves. A empresa realizou uma doação total de R$ 1,5 milhão nos últimos três anos, apoiando projetos em áreas vitais, como conservação, restauração florestal, biodiversidade dos ecossistemas da região, desenvolvimento comunitário e avanço da ciência e tecnologia.
Para o presidente da Aviagen América Latina, Ivan Lauandos, a gestão transparente e profissional do Fundo é fundamental para o apoio do setor privado.
“Diante dos desafios que envolvem a região da Amazônia, a seriedade dos projetos geridos pelo Fundo JBS nos dá confiança de contribuir para fortalecer cada um deles e fazer a nossa parte para promover o desenvolvimento sustentável, melhorando a vida das comunidades e fomentando oportunidades econômicas”, destaca.
A Elanco, uma das líderes no desenvolvimento de produtos e soluções para a saúde animal no mundo, também aderiu à estratégia e destinou cerca de R$ 2,2 milhões para o projeto RestaurAmazônia, uma das seis primeiras iniciativas selecionadas para receber o investimento do Fundo JBS pela Amazônia. O aporte foi feito ao longo de três anos para a Fundação Solidaridad, organização internacional da sociedade civil que lidera a implementação do projeto. O objetivo é beneficiar 1.500 famílias de pequenos produtores rurais ao longo da Transamazônica, no Pará, com investimentos em agropecuária de baixa emissão de carbono, promovendo a recuperação e o melhor uso de áreas degradadas e a adoção de Sistemas Agroflorestais (SAF), de cacau e vegetação nativa. A Elanco foi a primeira organização externa a contribuir para um dos programas selecionados pelo Fundo JBS pela Amazônia.
“A Elanco segue empenhada em liderar pelo exemplo e reconhece a importância das parcerias em prol da preservação ambiental para a saúde de nossos animais, das pessoas e do planeta. Ao apoiar o Fundo JBS pela Amazônia, estamos investindo no cuidado com os ecossistemas vitais para a biodiversidade e a saúde global, protegendo não apenas nossos recursos naturais, mas também o futuro da produção animal sustentável”, diz Fernanda Hoe, diretora geral da Elanco no Brasil.
Até o momento, em colaboração com a Aviagen América Latina, a Elanco e outras empresas, o Fundo JBS pela Amazônia destinou um total de R$ 72,9 milhões para apoiar 20 projetos até 2026. Essas iniciativas atendem 96 negócios (comunitários e individuais), beneficiando mais de 6,5 mil famílias e conservando mais de 8,4 milhões de hectares conservados e/ou sob manejo melhorado/recuperado. São apoiadas 19 unidades de conservação e Terras Indígenas.
- Sobre o Fundo JBS pela Amazônia
O Fundo JBS pela Amazônia é uma organização sem fins lucrativos criada em 2020 para recuperar áreas degradadas e apoiar modelos inclusivos e rentáveis que gerem valor para a floresta em pé. Para alcançar esses resultados, o Fundo trabalha dentro de três grandes eixos de atuação: Cadeias Produtivas em Áreas Abertas, Bioeconomia e Ciência e Tecnologia. Juntos eles alavancam e potencializam a produtividade em áreas degradadas, fortalecem o ecossistema de negócios gerados em torno da floresta em pé com o apoio de soluções disruptivas e estruturantes capazes de agregar valor aos produtos das florestas e desenvolver conectividade, mobilidade e energia renováveis.
Até fevereiro de 2024, a organização apoiou 20 projetos com investimentos de R$72,9 milhões comprometidos. Juntas, essas iniciativas beneficiaram mais de 6,5 mil famílias; conservaram 8,3 milhões de hectares sob manejo melhorado/recuperado; apoiaram 31 bolsas de pesquisas, fortaleceram 11 cadeias produtivas e destravaram R$3,2 milhões em crédito para negócios da bioeconomia. Saiba mais: www.fundojbsamazonia.org
Fonte: Assessoria de Imprensa Aviagen