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Colonização precoce in ovo ou via spray: os impactos na qualidade do pintinho

Escrito por: Adriano Bailos - Consultor Incubatório Aves , Bauer Alvarenga - Médico Veterinário e Gerente Negócios da BioCamp Laboratórios.
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colonização precoce: impactos na qualidade de pintinhos

A qualidade do pintinho é um parâmetro muito importante para o segmento de frango de corte. Está diretamente ligada ao sucesso do desempenho zootécnico da ave e, consequentemente, à lucratividade do negócio: pintos de baixa qualidade, quando não morrem, não se desenvolvem de maneira adequada e geram prejuízos.

São vários os fatores que impactam na qualidade dos pintos de corte — e que já abordamos em profundidade no blog da Biocamp. Desde questões que vêm antes do seu nascimento (características genéticas da linhagem, idade da matriz, manejo dos ovos e condições em que eles foram incubados) até o momento pós-eclosão.

Por isso, adotar medidas preventivas contra os riscos físicos, biológicos e ambientais é fundamental para se ter pintinhos com qualidade. Entre essas medidas está a formação da microbiota ainda no incubatório, por meio de probióticos que podem ser aplicados de duas formas: in ovo ou spray.

É a chamada colonização precoce. Neste conteúdo, vamos falar sobre a importância da colonização precoce do intestino e, principalmente, apresentar os diferenciais entre esses dois tipos de aplicações. Para isso, convidamos dois especialistas no assunto: o Gerente de Negócios da Biocamp, Bauer Alvarenga, e o consultor em incubatório de aves, Adriano Bailos.

Por que modular a microbiota ainda no incubatório?

A microbiota conecta vários órgãos e sistemas (digestivo, imune e nervoso) e, por isso, traz benefícios nutricionais, fisiológicos, imunológicos, sanitários e de bem-estar às aves. Ela é formada por microrganismos que habitam o intestino das aves, especialmente bactérias, e que têm grande importância para manutenção da integridade intestinal.

Ajudam a:

melhorar a absorção de nutrientes;

reduzir a inflamação intestinal;

modular a expressão de citocinas inflamatórias;

estimular a imunidade da mucosa.

Mas, a microbiota não é estática. Antes do nascimento do pintinho, ela inclusive é rudimentar; durante todo o ciclo de vida da ave, há diversos fatores ambientais que interferem na sua composição e equilíbrio. As bactérias benéficas competem o tempo todo com bactérias indesejáveis que colocam em risco a integridade intestinal. A palavra-chave é equilíbrio (eubiose).

Bactérias com potencial patogênico podem estar associadas às reprodutoras, ao processo de incubação dos ovos e à cama presente nas granjas de corte. Esses fatores, somados a uma microbiota intestinal rudimentar, tornam os pintinhos vulneráveis ao longo da primeira semana de vida. Por isso, a colonização intestinal precoce é de grande importância para eles, contribuindo com o desenvolvimento inicial das aves.

Aplicar probióticos de múltiplas cepas láticas ou de exclusão competitiva ao longo dos 3 primeiros dias de vida da ave favorece a formação de uma microbiota benéfica e aumenta a proteção contra bactérias patogênicas.

“É possível afirmar que a colonização precoce é o ponto de partida para lotes de alto desempenho, pois impacta diretamente sobre a qualidade e o desenvolvimento dos pintinhos”, diz Bauer.

Mas, para que o produto tenha sua eficácia comprovada, precisa ser aplicado corretamente.

Como fazer uma boa aplicação do probiótico no incubatório

Atualmente há duas maneiras de realizar a colonização precoce das aves: com aplicação do probiótico in ovo entre 18 e 19 dias de incubação ou via spray, logo após o nascimento. Adriano Bailos, especialista em incubatório de aves, elenca as vantagens de cada um dos processos e eventuais pontos críticos.

In ovo

De modo geral, um processo de vacinação in ovo acontece no momento da transferência dos ovos da incubadora para o nascedouro. As principais vacinas utilizadas têm como objetivo proteger as aves contra as doenças de:

Marek,

Gumboro,

Newcastle e/ou Bouba Aviária.

Existem no mercado alguns tipos de vacinadoras in ovo, mas, de modo simplificado, todas perfuram a casca dos ovos e inoculam a solução vacinal no seu interior. Em conjunto com as vacinas, é possível inocular alguns nutrientes e até mesmo probióticos.

O ponto de atenção está na janela de aplicação. Como a colonização pelo probiótico é enterotrópica, o pintinho precisa ingerir o produto pelo líquido amniótico e/ou albúmen — e em quantidade suficiente. Isso só acontece quando a aplicação é feita entre 18 dias/12 horas a 18 dias/22 horas.

Considerando que o tempo cronológico nem sempre é igual ao tempo biológico e fisiológico das aves (e que cada uma delas tem seu próprio tempo), a janela de aplicação é muito curta e demanda atenção e acompanhamento.

“Uma das grandes vantagens da aplicação in ovo é a garantia de que o produto aplicado será 100% aproveitado pela ave, sem desperdícios. Há uma confiabilidade de dosagem e entendimento de que todas as aves irão ingerir a mesma quantidade de produto”, explica Adriano.

Via spray

“Assim como no processo de vacinação in ovo, vacinas e probióticos podem ser aplicados de uma vez por meio de uma vacinadora spray. Esse processo é muito simples e de fácil operação, mas exige alguns cuidados que podem comprometer a colonização precoce”, diz Bailos.

Para cada caixa de 100 pintinhos, o ideal é que o volume aplicado esteja entre 15 e 21 mL da solução vacinal/probiótica, que pode conter um corante.

O uso de corantes desperta a curiosidade das aves, favorecendo o consumo do probiótico e a visualização da qualidade da aplicação. Cerca de 95% dos pintinhos precisam estar com a língua devidamente corada, comprovando a ingestão da solução aplicada.

Outro ponto de grande atenção é quanto ao tamanho da gota. O ideal é trabalharmos com gotas uniformes, com tamanho de aproximadamente 200 micras, que facilita o consumo do probiótico.

A aplicação mais adequada é aquela que permita equilibrar os seguintes pontos:

volume ideal de produto;

volume ideal de veículo (água, água destilada, etc.);

bico de aspersão com uma gota do tamanho correto;

leque com a abertura exata do tamanho da caixa;

tempo exato em que o aspersor libera o produto somente enquanto a caixa estiver passando sob o leque.

Além disso, as aves precisam estar espalhadas na caixa. Dito tudo isso, fica a pergunta:

Colonização in ovo ou via spray: existe uma melhor?

Não, porque ambas as aplicações têm vantagens e pontos de atenção. O importante é entender que a colonização precoce é fundamental. Parte da sua eficácia está em uma aplicação correta, outra parte está nas características do probiótico utilizado.

Para uma aplicação correta, é decisivo contar com profissionais constantemente treinados no processo de incubação, que se atentem a todos esses pontos críticos e também ao manejo, sanidade, ambiência e outras questões particulares de um incubatório que são essenciais para “preparar o terreno” para a colonização.

Já o produto mais adequado é aquele desenvolvido por uma empresa que há mais de 20 anos apresenta soluções para melhorar os índices de produtividade das aves, promovendo a saúde intestinal de maneira natural. Estamos falando da Biocamp e do Colostrum® Bio 21 Líquido, probiótico que, ao fazer a colonização precoce, ajuda a melhorar os índices zootécnicos e controlar enfermidades. Fale com a Biocamp!

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