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Compostagem de cama de codorna – PARTE II

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E ainda há os benefícios diretos, como ser uma inovação para o setor da coturnicultura, visto que, embora já seja bastante comum, cospostar a cama de frango, aplicar o mesmo mecanismo na cama de codorna pode oferecer uma vantagem lucrativa, em que classificará os produtores como líderes em práticas ambientais responsáveis, atraindo consumidores e parceiros que valorizam produtos sustentáveis, saúde   das   plantações   e   para   a   sustentabilidade   agrícola.

Estudos demonstraram que a compostagem não só reduz os resíduos, como também melhora a qualidade do solo e reduz a necessidade de fertilizantes químicos sintéticos.

O processo de compostagem é bastante delicado, o qual exige um controle de parâmetros minucioso, para que ele seja promissor e sustentável.

Sendo assim, caso a compostagem não seja bem manejada, pode ocorrer à emissão de gases como metano (CH₄) e óxido nitroso (N₂O), que são poluentes e contribuem para o aquecimento global. Além de que se a cama de codorna contiver fezes e não for bem compostada, há risco de contaminação por patógenos, como bactérias e parasitas, que podem afetar tanto a agricultura no qual o fertilizante será aplicado quanto os consumidores de seus produtos. E também na hipótese da composteira não ser devidamente aerada, pode ocorrer eliminação de odores desagradáveis que podem se espalhar por meio do vento.

Em dessarte a tais adversidades, é possível haver, monitoramento da temperatura, da aeragem, da umidade e do pH da pilha para que assim, sejam eliminados os patógenos que não sobrevivem a elevações ideais de 60 a 70°C, bem como esse controle, irá acelerar o processo de decomposição, enquanto se houver até 50 a 60% de água, irá evitar que ocorra o processo anaerobiose, visto que se houver excesso irá faltar oxigênio, incapacitando a existência de microrganismos aeróbicos na composteira, em conjunto ao manejo de movimento da mistura para que o oxigênio seja distribuído entre as camadas. Ademais, com o monitoramento do pH, é possível garantir qualidade de nutrientes pela relação C/N e sobrevivência dos fermentadores.

Já, em relação ao controle de odor, pode-se realizar a vermicompostagem, adicionando minhocas na mistura, que aceleram a decomposição e produzem húmus de alta qualidade. Além disso, este método ajuda a reduzir ainda mais os riscos de patógenos. Sendo também necessário seguir o tempo adequado de maturação do fertilizante para obter um produto de qualidade e livre de sementes de ervas daninhas.

Dessa forma é crucial, que os profissionais que irão realizar a compostagem sejam devidamente treinados a seguir tais cuidados em prol da qualidade do produtos e para suprimir os riscos de contaminação.

A compostagem na criação de codornas vai além do simples descarte de resíduos. Ela transforma o que seria descartado em algo valioso para o solo, ajudando os produtores a cuidar do meio ambiente e também melhorar seus resultados.

Quando feita com atenção aos detalhes, como a umidade e a temperatura, essa prática não só diminui os impactos negativos, mas também reforça a importância de uma produção mais sustentável e responsável.

 

Referências sob consulta junto ao autor.

Autor correspondente:  lorenassalim@hotmail.com

Autoria: Caroline de Jesus Gomes; Danniel Victor de Andrade Araújo; Edlaine Beatriz Faustino de Faria; Flávia Stehling Trajano de Meneses; Gabriel Costa Porphirio; Júlia Maria Magalhães de Lima; Livia Santos Fraga; Melina Cabanillas Moreira; Melyssa Angelina Lopes Pereira; Lorena Salim de Sousa

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