A Copacol e a Lar Cooperativa estão ampliando a capacidade de abate de frangos em Cafelândia e Matelândia, no Oeste do Paraná. Os projetos de ampliação estão sendo financiados com recursos do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul).
Segundo informações divulgadas pelo Governo do Estado, a Copacol pretende aumentar a capacidade de abate diário de 330 mil para 360 mil aves ao dia, enquanto a iniciativa da Lar Cooperativa é ampliar a capacidade de abate de 340 mil para 460 mil aves ao dia.
Entre janeiro e novembro de 2020, o BRDE financiou R$ 191,9 milhões a cooperativas agrícolas paranaenses. Atualmente, o banco tem 60% de sua carteira direcionada a agricultores e agroindústrias.
Copacol
A expansão do frigorífico da Copacol em Cafelândia foi financiada por meio da linha Prodecoop (Programa de Desenvolvimento Cooperativo) do BRDE. A cooperativa, que desde a década de 80 possui um abatedouro de frangos em Cafelândia, contratou em 2020 um financiamento de R$ 60 milhões.
Em 2018, a Copacol, que emprega 10,8 mil funcionários, sendo 5,5 mil no abatedouro, já havia contratado outro financiamento, no valor de R$ 50 milhões, para a primeira etapa do projeto. O montante previsto no plano de expansão é de R$ 210 milhões.
A cooperativa ainda participa da Unitá, cooperativa central que possui um abatedouro de aves em Ubiratã (Centro-Oeste) e hoje abate 340 mil aves ao dia, empregando 4,2 mil funcionários. Recentemente, este abatedouro foi financiado pelo BRDE, em conjunto com outras instituições financeiras, em duas etapas (sendo a última concluída em 2019), no valor de R$ 111,5 milhões.
“O BRDE é e sempre foi um banco que ajuda a crescer. As linhas de crédito disponibilizadas por ele são de suma importância para participar do mercado interno e externo. Isso dá margens para crescer e pensar em grandes soluções para a cooperativa”, afirma o presidente da Copacol, Valter Pitol.
Lar Cooperativa
A ampliação do abatedouro da Lar Cooperativa em Matelândia também será realizada em duas etapas, segundo informações do Governo do Estado de SC. Em 2020, também através do Prodecoop, a Cooperativa obteve financiamento no valor de R$ 50 milhões para realizar a primeira etapa do projeto, orçada em R$ 55,8 milhões.
A segunda fase, orçada em R$ 66,6 milhões, já está em análise também. Após sua conclusão, em 2021, está prevista a contratação de 1.150 novos funcionários. Hoje, a cooperativa emprega 17,9 mil funcionários, sendo 7,5 mil somente no abatedouro.
“As linhas de crédito do BRDE são sempre muito importantes porque normalmente são de longo prazo, a custos competitivos”, afirma o superintendente administrativo financeiro da Lar, Clédio Marschall.
Segundo ele, os créditos liberados pelo Banco contribuíram para o crescimento da Lar. “Somente em 2020, a cooperativa crescerá acima de 50% em relação a 2019. Isso demanda recursos, que geram emprego, renda e agregação de valor à produção e transformação do cenário econômico do Paraná”, destaca Marschall.
Mesmo atuando somente nos três estados da Região Sul, é o maior operador do Prodecoop do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). “As linhas de crédito permitem que as agroindústrias cresçam e se tornem potência no Estado. Além disso, todo esse avanço movimenta a economia do Paraná, gerando empregos e negócios”, diz o diretor de Operações do BRDE, Wilson Bley Lipski.
Feito no Paraná
As duas Cooperativas também são parceiras do BRDE no Programa BRDE Labs de aceleração de startups, que busca soluções inovadoras para transformação do agronegócio.
Atualmente, de acordo com dados da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), existem 215 cooperativas no Estado, sendo que 60 são do ramo agropecuário. São 2 milhões de cooperados e o setor gera cerca de 100 mil empregos diretos em todo o Paraná.
Ligadas às cooperativas, há 79 agroindústrias. De acordo com a Ocepar, são 19 cooperativas com agroindústrias no segmento de carnes (que contemplam bovinos, suínos, frangos, peixes e cordeiros).
Fonte: AEN