Os números impressionam: no Brasil,
Como principais drivers dessa cadeia gigante estão o melhoramento genético, a nutrição, o manejo e a ambiência, além do grande trunfo nacional, a Biosseguridade e o status de livre de Influenza Aviária. |
A pressão exercida por mercados importadores sobre a qualidade associada à competência da indústria nacional tornou nossos processos reconhecidamente como seguros e com garantia na segurança alimentar. E essa é uma marca cujos esforços para manter merecem toda a atenção, sobretudo em um momento em que outros grandes players, como Estados Unidos, Ásia e Europa têm se deparado com perdas expressivas nos planteis decorrentes da Influenza Aviária. |
Somado a isso, são mais de 1,36 milhão de matrizes de postura comercial e 114,6 milhões de galinhas alojadas responsáveis pela produção de ovos comerciais. O problema relacionado ao risco sanitário está justamente no final do ciclo dessas aves, que somam mais de 171,56 milhões de aves por ano.
Devemos considerar que em países com surto ativo da doença o trânsito, assim como a criação e o abate dessas aves sem controle oficial estão entre as principais causas de disseminação do vírus da Influenza. |
Como citado, no Brasil temos legislação específica quanto ao trânsito e o abate de matrizes e galinhas de postura. Segundo a Instrução Normativa 17 (IN17) editada em 7 de abril de 2006 e atualizada de acordo com a Portaria SDA n°565, de 20 de abril de 2022, que entrou em vigor 1° de junho de 2022 considera que:
Para o trânsito interestadual, as aves de descarte de reprodução e de postura de ovos para consumo devem ser destinadas a estabelecimentos sob o serviço de inspeção oficial e a emissão de GTA fica condicionada à comprovação pelo abatedouro quanto à disponibilidade para o recebimento e abate das aves.
Portanto, a conscientização para o cumprimento dessa portaria pelas empresas e técnicos é fundamental para reduzirmos as vendas de aves vivas principalmente em regiões do Brasil onde esse mercado informal é tradicional. Com o controle legal de trânsito e abate dessas aves reduziremos os riscos de disseminação de todas as enfermidades avícolas, além de mitigar riscos de introdução de novas doenças que estamos livres, como a Influenza Aviaria.
Por fim, é preciso que todos os profissionais envolvidos nos diferentes setores da avicultura reconheçam essa ameaça, identifiquem o não cumprimento e corrijam as práticas informais. É dever da iniciativa privada em conjunto com os órgãos públicos fazer valer a boa prática e fechar ainda mais as portas para as doenças que afetam os planteis avícolas no Brasil, garantindo nossa produção e exportação crescente. Devemos considerar que o custo de produção é um grande entrave na lucratividade das empresas, mas Sanidade é questão de sobrevivência de todos. |