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Diferentes metodologias de tratamento da casca de ovos: Impactos sobre a qualidade física e microbiológica de ovos comerciais

Escrito por: Alicia Dal Santo - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Ana Paula Gonzatti - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Bruna B. Caus - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Eduarda da Silva - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Fernanda Danieli A. Valentini - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Gustavo S. Hoepfner - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Heloisa Pagnussatt - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Lilian K. Girardini - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Lucas Zanella - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Milena P. Marin - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Tiago Goulart Petrolli - Universidade do Oeste de Santa Catarina , Vanessa Forcellini - Universidade do Oeste de Santa Catarina
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Diferentes metodologias de tratamento da casca de ovos: Impactos sobre a qualidade física e microbiológica de ovos comerciais

Como qualquer produto de origem animal, o ovo é perecível, e a perda da qualidade é inevitável. Diversos fatores, individualmente ou em conjunto, podem influenciar na qualidade dos ovos. Dentre eles, idade e genética matrizeira, temperatura, umidade, dieta e contaminações. 

Após a oviposição, o tempo de vida da prateleira e a qualidade estão relacionados com os processos externos, tornando necessária a tomada de medidas preventivas, desde a coleta na granja até a comercialização.

Atualmente, o prazo de validade máximo autorizado pela fiscalização é de 30 dias, um tempo curto, quando se compara com outros produtos de origem animal. 

Diante disso, faz-se necessário o desenvolvimento de novas tecnologias que amenizem os impactos negativos do armazenamento prolongado dos ovos.

Para isso, foca-se em processos que reduzam o biofilme e a carga microbiana na parte externa da casca, somados a processos de selamento de seus poros externos, impedindo a troca de gases e a migração de umidade entre o meio interno e externo dos ovos.

O cloro é efetivo contra muitos microrganismos e atóxico em concentrações recomendadas, tendo ação bactericida rápida em solução aquosa, formando ácido hipocloroso (HOCl), que pode penetrar na célula bacteriana e liberar o oxigênio, oxidando componentes essenciais do protoplasma, causando a morte celular (GREZZI, 2007).

Enzimas, por sua vez, são proteínas que digerem os componentes orgânicos presentes na casca, facilitando sua limpeza. 

tratamento da casca de ovos

Ainda, a utilização de óleos essenciais é cada vez mais frequente na produção animal principalmente por suas propriedades antimicrobianas.

Isso é possível porque os óleos possuem moléculas hidrofóbicas que passam livremente na parede celular e membrana citoplasmática bacteriana, provocando perda de íons e danos para estruturas internas a célula resultando na sua morte, podendo possuir efeito desinfetante na parte externa da casca dos ovos (Pesavento et al. 2015).

Além dos sanitizantes, a vedação dos poros com componentes vedantes, por exemplo, ceras, goma-laca, são utilizados. A Goma-laca é um polímero natural refinado da secreção de Kerria lacca, é encontrado na forma de flocos ou pó insípido, possui diversas finalidades.

Objetivou-se avaliar se há influência da aplicação de três protocolos de tratamento para limpeza e/ou vedação dos poros da casca dos ovos sobre sua qualidade, verificando se há efeito da adição dos diferentes protocolos de limpeza e/ou vedação da casca, em 45 dias de armazenamento, sobre a qualidade física e a qualidade microbiológica dos ovos, para proporcionar informações e técnicas que possam contribuir com a evolução da cadeia produtiva.


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