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Doença de Gumboro: compreendendo o atual cenário brasileiro

Escrito por: Breno Castello Branco Beirão - Médico veterinário, MSc e Doutorado em imunologia veterinária. Professor do departamento de Patologia Básica da UFPR e professor no programa de pós graduação em Produção e Sanidade animal do IFC campus Concórdia/SC , Diogenes Dezen - Prof. Dr. Orientador do programa de pós-graduação em Sanidade animal/ IFC campus Concórdia. , Eva Hunka - Gerente de Produtos e Serviços Técnicos para América do Sul da Phibro Saúde Animal. , José Emílio de Menezes Dias - Mestrando do programa de pós graduação em Produção e Sanidade Animal - IFC campus Concordia/SC
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compreendendo o atual cenário da doença de gumboro

A doença de Gumboro, também conhecida como doença infecciosa da Bursa (IBD) é uma das enfermidades mais conhecidas da avicultura brasileira e mundial, entretanto, continua presente nos debates envolvendo sanidade avícola. Entender sobre este assunto exige constante atualização sobre o tema, a evolução do agente causador, bem como seus impactos.

Figura 1: Estrutura do vírus de Gumboro

O agente etiológico é um vírus da família Birnaviridae, gênero Avibirnavirus, que possui genoma RNA fi ta dupla e é não envelopado, o que o torna mais resistente às condições ambientais e métodos de desinfecção comumente utilizados na indústria avícola.

Outra característica importante do vírus de Gumboro (IBDV) é a presença de uma proteína estrutural e imunodominante, responsável por induzir a produção de anticorpos neutralizantes pelo hospedeiro, chamada de VP2. Esta proteína possui uma região hipervariável, aumentando a variabilidade antigênica deste vírus e contribuindo para possibilidade de evasão viral frente ao sistema imune (MICHEL e JACKWOOD, 2017).

Patogenia

As aves se infectam pela via oral e o vírus é transportado pelas células fagocíticas até chegar à Bursa de Fabricius (BF) que é o seu principal órgão de predileção e, rapidamente, inicia o seu processo de replicação, acarretando na destruição de células linfóides da BF, principalmente os linfócitos B (Figura 2).

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