Vírus ARN da Família Orthomyxoviridae, que apresenta até 144 cepas diferentes em função dos antígenos de superfície – Hemaglutinina (H) e Neuraminidasa (N)-
Grande capacidade de mutação e de recombinação
Classificação em função da patogenicidade:
- Vírus da Influenza Aviária de Baixa Patogenicidade (IABP): Enfermidade leve/assintomática
- Vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP): Sinais clínicos severos e elevada mortalidade, associada aos subtipos H5 e H7.
Contágio: Rápida difusão por via respiratória e oral
- Aves:
- Entre granjas:
- Introdução de aves, equipamentos, alimentos ou pesoas contaminadas.
- Passagem de aves silvestres
- Transporte de ovos contaminados
- Infecção de pintinhos no centro de incubação
- Dentro das granjas:
- Contato direto com aves enfermas (secreões e fezes)
- Contato com fômites contaminados
- Via aerógena
- Homem: A cepa H5N1, altamente patógena, é transmitida a humanos por contato direto com aves infectadas. Não é transmitida por consumo de carne ou ovos devidamente cozidos.
Período de incubação: 3-5 dias, com replicação na mucosa respiratória, conjuntival e intestinal.
Excreção: Secreções nasais, bucais, oculares e fezes.
*Cepas IAAP permanecem ativas durante longos períodos em fezes, tecidos e água.
Forma Leve (IABP): Penas eriçadas, queda da postura e sintomas respiratórios leves.
Forma Grave (IAAP):
- Prostração e depressão severa.
- Queda brusca da postura, com ovos frágeis ou sem casca.
- Cristas e barbelas edematosas e congestionadas.
- Sinais respiratórios: Tosse e espirros
- Sinais nervosos
- Diarreia
- Mucosas hemorrágicas
- Mortalidade de 100% em 48h
Cloacais e/ou traqueais:
- Utilizar cotonetes sem meio de cultura, se possível, umedecidos com soro fisiológico.
- Marcar com a identificação do animal e com um C (cloacal) ou T (traqueal).
- Coletar a mostra e colocá-la dentro do seu tubo de plástico correspondente.
- Colocar em um saco plástico duplo: uma dentro do galpão, e outra ao sair, desinfetando esta última por fora. Por as amostras cloacais e traqueais em sacos independentes.
- Guardar dentro de uma caixa (fora do galpão), evitando a contaminação com poeira e penas. Desinfetar a caixa.
Sangue:
- Utilizar tubos sem anticoagulante, preferivelmente de polipropileno.
- Recolher, aproximadamente, 2 ml de sangue.
- Fechar o tubo e incliná-lo para favorecer a separação do soro.
- Por os tubos em saco plástico duplo: um dentro do galpão, e outro ao sair, desinfetando este último por fora.
- Guardar dentro de uma caixa (fora do galpão), evitando a contaminação com poeira e penas. Desinfetar a caixa.
Diagnóstico de laboratório:
- PCR: Detecção precoce de quantidades mínimas do vírus em exsudatos traqueais o fezes.
- Detecção de anticorpos: Sem valor diagnóstico, porém indicativa de contacto com o agente patógeno.
- Diagnóstico definitivo mediante asilamento e identificação do vírus: Cultura em embrião de frango, a partir de amostras traqueais e cloacais (ou fezes) de aves vivas, ou diferentes órgãos e fezes de aves mortas.
Programas de Vigilância, Controle e Erradicação
Prevenção da entrada nas granjas:
- Impedir o contato de aves domésticas com aves silvestres.
- Estrito controle da entrada de pessoas e equipamentos.
- Limpeza e desinfecção das instalações.
- Quarentena de todos os animais, evitando a introdução de aves com status sanitário desconhecido.
- Declaração de casos de enfermidade e mortalidade.
- Eliminação adequada de excrementos e aves mortas.
Atuação diante de um foco:
- Sacrifício e destruição de animais infectados ou expostos, assim como seus produtos derivados.
- Vigilância de aves possivelmente infectadas e expostas, controlando seus deslocamentos.
- Quarentena rigorosa.
- Controle de veículos.
- Limpeza e desinfecção de instalações infectadas.
- Período de espera de pelo menos 21 dias antes de repovoar.
Sem tratamento: Sacrifício e destruição obrigatórios de aves infectadas ou expostas (e seus produtos) após a confirmação do foco da enfermidade.