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EUA pressionam para retomar exportações de carne de aves à China

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EEUU presiona para reanudar sus exportaciones de carne de ave a China

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Os Estados Unidos estão pressionando a China para que suspenda a proibição de importar carne de frango dos EUA. A pressão norte-americana nasce justamente quando o Ministério do Comércio da China se prepara para anunciar suas conclusões preliminares sobre o alegado dumping do Brasil. Além disso, os EUA desejam melhorar o acesso ao mercado chinês de seus produtos agrícolas, sendo a carne de frango “um dos principais produtos”.

Como parte das conversações comerciais, de acordo com três fontes informaram à Reuters, os EUA estão considerando um mercado potencial de US$600 milhões para pés de frango e outras partes.

Juntamente com o melhor acesso para os cultivos geneticamente modificados, o tema será uma prioridade quando Ted McKinney, subsecretário de Agricultura dos EUA, se dirigir a Beijing essa semana, como parte de uma delegação comercial dos EUA, informara as fontes à Reuters.

Atualmente, a China importa cerca de US$1 bilhão anuais em carne de frango de outros países e representa a maior parte do comércio mundial de pés de frango, prato especial em muitas regiões e um snack em todo o país.

Washington quer que Beijing ponha fim à proibição do produto norte-americano, imposta em janeiro de 2015, após os surtos de Influenza Aviária. A indústria dos EUA acredita que pode restabelecer rapidamente sua posição perante concorrentes como o Brasil.

“Nossas aves são maiores”, destacou a diretora para a China do Conselho de Exportadores de Carne de Ave e Ovo dos Estados Unidos, Sarah Li. “A China tem preferência pelas patas enormes”, referindo-se ao nome da indústria de pés de frango.

As conversações, de acordo com a Reuters, chegam quando ambas as partes se aproximam de um acordo que poderá fazer com que a China reduza as tarifas às importações de automóveis e compre mais produtos agrícolas norte-americanos. Em troca, Washington deve suspender a proibição às empresas do país para abastecer os fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicações, ZTE.

A Administração Geral Aduaneira da China, responsável pelos assuntos de quarentena para as importações agrícolas, não respondeu a um fax em busca de comentários sobre o tema. Tampouco o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais respondeu a um fax em busca de comentários. – Reuters .

Entre os muitos problemas que Washington quer resolver para melhorar o acesso ao mercado e aumentar as vendas de seus produtos agrícolas, a carne de frango é “um dos principais produtos”, disse uma das fontes à Reuters.

Beijing eliminou as tarifas antidumping para a carne de frango dos EUA em fevereiro, depois de oito anos, porém sua proibição pela Influenza Aviária de 2015 continua vigente.

No entanto, Washington alega que essas restrições já não são válidas com o último caso de uma forma altamente letal do vírus, reportado há mais de um ano.

Desde a proibição, os EUA vendem alguns pés de frango para Hong Kong ou Vietnã e o restante está sendo aproveitado para uso em rações de animales, disse Sara Li, do  Conselho de Exportadores de Carne de Frango e Ovos (USAPEEC) dos EUA.

“Acreditamos que não existem preocupações técnicas sobre surtos da Influenza Aviária nos EUA”, afirmou Sara Li. Por isso, citou que os funcionários chineses fizeram comentários positivos depois de ter realizado as inspeções aos planteis nos Estados Unidos, no verão passado.

O acesso para a carne de frango e outros produtos já foi solicitado por McKinney em uma viagem à China há duas semanas, segundo informe da administração Aduaneira depois das conversações. –  Reuters.

Cabe destacar que a pressão de Washington para entrar no mercado avícola da China ocorre justamente quando o Ministério do Comércio da China se prepara para anunciar suas conclusões preliminares sobre o alegado dumping por parte do principal exportador de carne de aves em nível mundial, Brasil, previsto para meados de junho.

Enquanto isso, a China continua buscando acesso para seus produtos avícolas cozidos no mercado dos EUA. O USDA reconheceu que o sistema do país foi seguro no verão passado, porém, ainda não foi enviado nada de carne de frango chinesa cozida aos Estados Unidos.

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