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FAO credencia LFDA-Campinas como centro de referência e Brasil defende regionalização

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A FAO anunciou, na abertura do Fórum Internacional sobre Influenza Aviária, o credenciamento, do LFDA-Campinas como centro de r...

FAO credencia LFDA-Campinas como centro de referência e Brasil defende regionalização


A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura) anunciou, na abertura do Fórum Internacional sobre Influenza Aviária, o credenciamento, pela organização, do LFDA-Campinas como centro de referência para Influenza Aviária e Doença de Newcastle. No mesmo palco, autoridades brasileiras defenderam regionalização baseada em risco e mantiveram a vacinação como ferramenta técnica a ser considerada, conforme a situação epidemiológica.

Ao saudar os participantes, Tiensin afirmou que o encontro não se limita a discursos. “O diálogo por si só não é suficiente”, afirmou. “Precisamos transformar palavras em ações ousadas e decisivas”, completou.

Pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, o secretário-adjunto de Defesa Agropecuária, Alan Alvarenga, destacou a política de transparência iniciada em 2023 e o investimento continuado em equipes e laboratórios. Sobre o alinhamento regulatório, reforçou a necessidade de melhorar a regionalização e “discutir a vacinação com base em ciência”.

Na mesma linha, Luis Rua, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, afirmou que a comunicação com mercados e organismos internacionais precisa ser objetiva.

“Não há o risco à população humana; isso precisa ser muito claro para as populações ao redor do mundo quando temos um caso de influenza aviária”, disse.

Rua lembrou que, após o foco comercial no RS, as exportações se mantiveram em patamar elevado e mercados foram retomados em poucas semanas. Representando a indústria, Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e também presidente do IPC (International Poultry Council), defendeu que decisões comerciais sigam evidências técnicas.

“O que garante sanidade é transparência de informações e base em ciência”, defendeu Santin. Ele citou as orientações internacionais segundo as quais “carne cozida não transmite o vírus” e encerrou com um apelo em inglês: “There should be no borders for food.”

Pelo lado das organizações internacionais, Montserrat Arroyo, Diretora-Geral Adjunta de Ciência da OMSA (Organização Mundial de Saúde Animal), lembrou a mudança de cenário desde 2021. “Vemos o vírus se expandir rapidamente entre regiões, com impactos que sublinham a urgência de uma ação coordenada entre todos os atores”, afirmou.

Madhur Dhingra, oficial técnica da FAO para Doenças Transfronteiriças, detalhou a estratégia global em três pilares: prevenir, proteger e transformar, e reforçou que os cerca de 30 países representados no evento precisam sair do fórum com compromissos práticos.

“O que esperamos são ações, prazos, definição de quem faz o quê e como mobilizar investimento”, afirmou. “Não é uma conferência para discursos, mas para resultados concretos”, completou.

A aviNews Brasil é o único veículo de comunicação a realizar a cobertura presencial do Fórum Internacional, trazendo informações sobe os discursos e debates diretamente de Foz do Iguaçu. A cobertura, viabilizada a partir do apoio da MSD Saúde Animal, pode ser acompanhada no site, redes sociais e no Canal agriNews Play Brasil no youtube.

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