A performance das aves na produção avícola é muitas vezes impactada significativamente por parasitas intestinais do gênero Eimeria. Esses protozoários causam a coccidiose, doença muito comum na avicultura, responsável por prejuízos que muitas vezes são evitáveis.
Doença causada por protozoários intracelulares do gênero Eimeria, a coccidiose se caracteriza por uma infecção intestinal que cursa, geralmente, com:
A Eimeria apresenta um ciclo biológico monoxeno, ou seja, ocorre integralmente em um único hospedeiro, sendo transmitida por via oral-fecal (Williams, 1999; Allen & Fetierer, 2002; Dalloul & Lillehoj, 2006).
A infecção intestinal desses protozoários ocorre após a ingestão de oocistos esporulados presentes no ambiente, iniciando um ciclo de vida, incluindo fases sexuadas e assexuadas, com duração média de 4 a 7 dias dependendo da espécie.
CICLO DE VIDA DAS EIMERIAS
A infecção começa na ingestão de oocistos esporulados de Eimeria pela ave. Estes podem ser encontrados na cama, na ração ou na água. Na realidade, por toda parte do aviário.
A maior parte do ciclo de vida do parasita acontece no trato intestinal da ave durante um período de 4 a 7 dias.
O oocisto esporulado contém quatro esporocistos. A ação mecânica da moela das aves libera-os.
Depois no duodeno a ação enzimática libera dois esporozoítos de cada esporocisto
Os esporozoítos móveis invadem então as células epiteliais da parede intestinal, e dentro da célula o esporozoíto passa por várias alterações, dando origem aos esquizontes.
No final, as células epiteliais são rompidas, e centenas de novos merozoítos alcançam a luz intestinal.
Eles invadem então as células epiteliais vizinhas, e todo processo de multiplicação assexuada repete-se de 2 a 4 vezes.
REPRODUÇÃO SEXUADA
O ciclo de vida da Eimeria é, em seguida, concluído com um estágio de reprodução sexuada, o qual se inicia com a formação de microgametas masculinos e macrogametas femininos.
O estágio final do ciclo de vida do parasita produz uma quantidade grande de novos oocistos de Eimerias, que são eliminados nas fezes no ambiente externo.
ESPORULAÇÃO
No calor e umidade da cama os oocistos podem maturar e esporular, estágio crucial no ciclo parasitário. A esporulação torna infectante os oocistos de Eimeria. Eles podem então ser ingeridos por outras aves do mesmo, ou lote seguinte.
Os oocistos esporulados do gênero Eimeria causam a coccidiose, associada ao dano das células epiteliais intestinais.
LOCALIZAÇÃO DAS DIFERENTES ESPÉCIES DE EIMERIA NO TRATO GASTROINTESTINAL
Algumas espécies se reproduzem em altas quantidades, e por conseguinte, induzem imunidade rapidamente. Outras, com taxa reprodutiva inferior, podem levar mais tempo.
A imunidade de uma espécie não confere proteção cruzada contra as outras.
GESTÃO DA COCCIDIOSE
Muitas aves não apresentam os sinais clínicos evidentes de coccidiose depois da infecção. Com escores médios de lesões baixos, no entanto, o ganho de peso diário pode alterar-se de modo considerável.
A extensão exata desse efeito adverso é determinada pelo tempo de infecção com os oocistos de Eimeria.
CURVA DE CRESCIMIENTO DOS FRANGOS DE CORTE
Além disso, a coccidiose subclínica raramente tem impacto em todas as aves do lote. Logo, algumas apresentam taxas de crescimento mais lentas que as outras, resultando em um lote desuniforme.
O rendimento de peito pode ser comprometido, pois a ave desenvolve a musculatura peitoral, majoritariamente, nas duas últimas semanas anteriores ao abate.
OPÇÕES DE CONTROLE DA COCCIDIOSE
A medicação na ração, com anticoccidianos que inibem o ciclo dos parasitas de Eimeria, é um método já conhecido e conveniente para o controle. Os frangos recebem continuamente os anticoccidianos até o momento do abate.
O uso contínuo de ionóforos resulta em eficácia reduzida, levando à eliminação ainda maior de oocistos e lesões mais importantes durante o período mais vulnerável da performance do frango.
E até mesmo com a desinfecção minuciosa entre os lotes, a eliminação retardada leva à permanência de alta quantidade de oocistos prontos para infectar o próximo lote. Este é o efeito residual.
A carga alta de oocistos leva ao desenvolvimento de cepas resistentes de Eimerias.
Por conta do efeito residual, essas populações tornam-se dominantes no aviário ao longo do tempo.
O novo medicamento pode melhorar o controle de modo temporário. No entanto, com o passar do tempo, ele começa cada ciclo com sua eficácia já comprometida.
O problema da coccidiose continua a desenvolver-se no aviário e o desempenho dos lotes torna-se irregular.
ROTAÇÃO DE ANTICOCCIDIANOS
VACINAÇÃO COM FORTEGRA
Enquanto o primeiro grupo vacinado poderá ainda ser exposto ao efeito residual.
A carga de oocistos, principalmente das cepas resistentes, diminui a cada grupo sucessivo.
O crescimento do lote torna-se mais homogêneo.
A vacinação desloca a “janela” de exposição às coccídeas para a esquerda e reduz o nível de exposição.
CURVA DE CRESCIMIENTO DOS FRANGOS DE CORTE
A uniformidade do lote e desempenho melhoram.
CONVERSÃO ALIMENTAR DE LOTES VACINADOS
A formula única e avançada da vacina viva Fortegra permite uma gestão otimizada da coccidiose. Fortegra consistente de oocistos de 5 cepas sensíveis de eimerias diferentes. Entre elas há 2 cepas de E. maxima diferentes, sendo que uma delas tem o ciclo de vida bem curto, capaz de ativar o desenvolvimento da imunidade.
O ciclo de vida levemente mais lento da E.maxima regular estimula imediatamente o sistema imune novamente. Dessa maneira, a imunidade contra a E. maxima pode ser completada até o 21o dia, sete dias mais rápido que as vacinas convencionais para coccidiose.
Fortegra é adequada para pintinhos de todos tamanhos. A simples pulverização no 1º dia de vida, promove uma proteção duradoura.
A vacinação do lote com Fortegra leva a um início precoce do ciclo das coccídeas e, consequente:
Partindo de um programa com ionofóros, o desafio reduzido de coccídeas permite que os frangos de corte alcancem seu potencial máximo de desempenho, lote após lote. Fortegra da MSD Saude Animal. Proteção mais rápida. Desempenho superior.