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Se tivéssemos que indicar o fator que mais influencia o comércio mundial das aves e produtos avícolas certamente teríamos que citar a influenza aviária. Se identificou esse fator, você está no caminho certo.
O que podemos fazer para evitar possíveis surtos?
Embora parte da América Latina esteja isenta de problemas relacionadas à influenza aviária na atualidade, em alguns lugares, como no México e no Chile, foram observadas algumas exceções, principalmente no primeiro.
Devemos nos perguntar o que fazer para evitar um possível desastre como o que incapacitou o comércio internacional nos Estados Unidos e em países da União Europeia, Ásia e da África.
- Melhorar nossa biossegurança
- Uma medida muito útil seria uma revisão do Código Sanitário dos Animais Terrestres (CAT) da Organização Internacional de Epizootias (OIE) para que sejam definidas e especificadas ações justificáveis (e injustificáveis) no comércio internacional que possam identificar vírus da influenza aviária de alta e de baixa patogenicidade.
- Diferenças entre as aves silvestres e comerciais Diferenças entre aves comerciais e não comerciais (de criação doméstica)
- Melhor e mais apropriado uso dos conceitos de zoneamento (divisão por regiões) e compartimentalização
Zoneamento
Refere-se às áreas geográficas específicas que devem ser definidas em torno dos focos de infecção
Compartimentalização
Refere-se especificamente aos compartimentos definidos por níveis de biossegurança ou de riscos de infecção, e não por espaços geográficos
Compartimento separado
Os reprodutores primários, que normalmente contam com nível de biossegurança mais alto que a indústria comercial, representam um compartimento separado e deveriam ser considerados como tal, inclusive na presença de surtos de influenza aviária, pois o nível de biossegurança e a intensidade de seus sistemas de vigilância garantem status livre do vírus, mesmo em situações de risco. Sem dúvida, muitos países que bloqueiam sem justificativas o comércio internacional podem um dia se encontrar na situação desvantajosa que eles mesmos criaram.
Restrições: vantagens ou inconvenientes?
As restrições ao comércio internacional não são justificadas quando se trata de vírus de baixa patogenicidade.
Bloquear o comércio com base na detecção de vírus de baixa patogenicidade apenas desestimula a transparência, pois muitos países deixam de divulgar os surtos de influenza aviária de baixa patogenicidade, o que é importante para monitorar e controlar a doença ou a infecção.
Embora seja inevitável que alguns países imponham restrições, estas deveriam ser racionais e menos punitivas em relação à restrição da área geográfica, como é o caso de Hong Kong.
Nesse caso por exemplo, as medidas restritivas apenas englobam a cidade ou o município afetado, ou possivelmente um raio de 10 km em torno do foco da infecção conforme exige o Japão. As restrições excessivas podem afetar negativamente a indústria nacional que depende substancialmente da entrada de material genético (matrizes, poedeiras ou ovos férteis). Apesar de ser efetiva, poucos países a implementaram a compartimentalização
À mercê de um programa mundial
A indústria avícola internacional está passando por mudanças substanciais devido ao problema mundial da influenza aviária. Como consequência todos os países devem analisar cuidadosamente suas políticas. A avicultura é fundamental para a alimentação da crescente população mundial. É necessário revisar e analisar como o comércio internacional lida com a influenza aviária. O continente americano ocupa posição única, demonstrando, portanto, ao resto do mundo que nossa indústria pode agir com responsabilidade, beneficiando tanto nossas próprias indústrias quanto a população mundial que pode sofrer importante déficit alimentar se não mudarmos nossas políticas.
A reunião anual da OIE ocorrida recentemente em Paris foi bastante frutífera, pois vários países pediram a revisão do Código Sanitário dos Animais Terrestres para abordar algumas das preocupações descritas.. É importante que a OIE considere as petições dos governos de cada país para apoiar moções que levem à revisão do capítulo dos animais terrestres, de maneira que estabeleça distinções claras entre influenza aviária de alta ou baixa patogenicidade em termos de comércio internacional; diferenças entre influenza nas aves silvestres e aves comerciais, e entre aves comerciais e não comerciais ou domésticas, além de abordar com mais rapidez os conceitos de regionalização e compartimentalização
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