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A importância da imunidade materna contra Reovirose Aviária

Escrito por: Rafael Fernandez
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Reovirose Aviária

Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

O termo REOvírus deriva do fato de que estes agentes virais foram isolados nas vias Respiratórias, Entéricas, Orphan (órfão por sua sigla em inglês) em humanos e inicialmente não eram associados com condições patógenas.

A definição da Reovirose Aviária (RA) é utilizada para diferenciá-la dos agentes reportados em mamíferos. Os Reovírus Aviários são agentes onipresentes na avicultura comercial moderna, alguns deles tornando-se patógenos quando associados a condições respiratórias, digestivas, tenossinovite, artrite, nanismo. No entanto há que se considerar que algumas cepas são isoladas frequentemente em aves comerciais e perus sãos.

Frequentemente a Reovirose Aviária ocorre associada com outras condições de origem infecciosa imunosupressoras, respiratórias e digestivas.

A aparição clínica da enfermidade depende da idade das aves, status sanitário, patotipo viral presente e a rota de exposição.

Os Reovírus são reportados em todas as regiões avícolas do mundo.

Aves de corte aparentando a Síndrome do Nanismo

Síndrome do Nanismo. Observa-se plumas de aves adultas na cama

 

Desprendimento da mucosa intestinal em frangos de corte ocasionado por várias condições, entre elas os Reovírus Aviário

Imunidade

Nos frangos de corte a Imunidade Materna é primordial. Um nível de anticorpos alto e uniforme é necessário para garantir proteção desde o primeiro dia de idade contra as exposições naturais que ocorrem no campo. Um efetivo calendário de vacinação inclui vacinas de Vírus Vivo e inativadas com massa antigênica, que possua a fração do Reovírus nas aves reprodutoras, capaz de induzir imunidade precoce na progênie.

Alguns autores consideram que as cepas de Reovírus compartilham antígenos e, portanto, a inclusão de várias cepas com a finalidade alcançar melhor proteção nas vacinas inativadas não é necessário; por esta razão a maioria das vacinas inativadas possuem em sua composição as cepas 1133 e 2408.

O que é muito determinante é a concentração do antígeno e o grau de imunidade capaz de gerar nos pintinhos de 1 dia de idade.

O acompanhamento sistemático dos níveis de anticorpos comparado com os estabelecidos na linha base contra a Reovirose Aviária e o comportamento clínico e zootécnico dos planteis de corte é muito recomendável para estabelecer uma avaliação permanente.

As infecções por Reovírus e sua interação com outros agentes com tropismo similar continua sendo uma grande preocupação para a avicultura comercial moderna. A associação com outros vírus imunosupressores como os vírus da Doença de Gumboro, Marek e Anemia Infecciosa Aviária, as práticas de biosseguridade deficientes e o descanso e desinfecção inadequados dos galpões; são capazes de comprometer significativamente os resultados zootécnicos e econômicos dos planteis afetados. Em geral, na avicultura atual não ocorre uma condição clínica atuando por si só; existem outros agentes e más práticas que favorecem sua aparição.

Portanto, se faz necessário o estabelecimento das medidas preventivas mais adequadas a fim de evitar perdas indesejáveis: programas de vacinação e vacinas adequadas, monitoramento serológico nas aves reprodutoras e em sua progênie através do estabelecimento de um programa de monitoramento. Isto deve resultar em uma melhor saúde das aves que se traduz em um melhor rendimento econômico.

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