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Incubant realizou sua primeira incubação

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Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

Por que sua empresa deixou de comprar pintinhos para incubá-los?

Santiago Correa R.: «Cárnicos e Alimentos» é uma empresa criada há uns oito anos que processa e comercializa carne de frango em diferentes apresentações: inteiro, desossado e com valor agregado. Hoje é dona da marca PolloCoa, que está presente no mercado regional e nacional na Colômbia por mais de 44 anos.

As granjas de engorda fornecedoras de frango vivo para a Cárnicos e Alimentos eram abastecidas com pintinhos de um dia, de plantas de incubação de terceiros e, devido ao crescimento do mercado, nos vimos diante da necessidade de garantir sua qualidade e fornecimento, o que nos levou à decisão de colocar em andamento o projeto de construção de uma granja de reprodutoras em novembro de 2014 e da planta de incubação, Incubant, em junho de 2015.

Contar com nossa própria planta de incubação nos oferece numerosas vantagens:

  1. Ajustamos melhor a demanda de seguridade e rastreabilidade dos produtos de consumo e a legislação correspondente.
  2. Garantimos que nossos produtos cumpram as normas ambientais e de biossegurança desejadas, dado que controlamos diversos estágios da cadeia produtiva, desde as granjas de reprodutoras até as granjas de engorda.
  3. Assim mesmo, nos permite estar mais próximos possível dos nossos clientes.

Deixar de comprar pintinhos e criar sua própria planta de incubação é um grande passo.

Santiago: É, mas estamos nos beneficiando em termos de custos e produtividade. A indústria avícola colombiana está crescendo cada vez mais, porém observamos que nossa empresa cresce duas vezes mais rápido que o mercado. Estamos convencidos de que isso se deve à qualidade e frescor dos produtos oferecidos pela marca PolloCoa. Graças a nossa nova planta de incubação, garantimos que a PolloCoa siga avançando de modo mais sustentável durante os próximos anos.

Quando falamos da decisão de criar nossa própria empresa, existiam certas dúvidas, como costuma ocorrer quando se planeja a ideia de estabelecer um novo modelo de negócio. Porém, contamos com uma equipe de profissionais que nos proporcionou a segurança e o respaldo necessários para alcançar nossos objetivos e colocar o projeto em marcha.

Com uma sólida reputação, rapidez na hora de proporcionar informação, um bom acompanhamento e a experiência adequada para tomar a decisão, encontramos no Petersime um grande fornecedor que atendia nossas expectativas.

“Claramente, temos que evoluir de forma dramática como indústria, se queremos contar com um futuro seguro na produção avícola”

Os investimentos para criar uma planta de incubação são importantes. Como realizaram a estimativa de rentabilidade dos investimentos? Como realizam o acompanhamento para saber se estão alcançando essa rentabilidade?

Santiago: Fizemos um estudo de pré-viabilidade em que contemplamos diversos indicadores da produção de acordo com a oferta da Petersime. Contemplamos especialmente os níveis de eclodibilidade e qualidade dos pintinhos, dado que uma boa qualidade se traduz em uma menor mortalidade e um melhor crescimento das aves.

Afinal, só se pode calcular a rentabilidade de um bom funcionamento da planta de incubação ao final da cadeia de abate. Estou feliz em afirmar que não só cumprimo nossas expectativas, como as superamos.

Margarita Cadavid: É verdade. No funcionamento da planta de incubação medimos os índices de eclodibilidade e buscamos superar o padrão das reprodutoras em 2%. Estamos felizes de confirmar que na atualidade alcançamos estes resultados de forma estável e previsível.

Achamos fácil levantar as expectativas de incubação de um número determinado de pintinhos com uma margem de erro muito baixa.

Para vocês, no que deveriam centrar-se as empresas avícolas para que seus negócios tenham êxito?

Santiago: Diria que as empresas deveriam concentrar-se na qualidade: o importante não é ser o maior, sim o melhor, e parte da premissa é a gestão.

Em primeiro lugar, sugiro ter padrões de produção. Em segundo lugar, controlar bem os custos de produção. E em terceiro lugar, confiar no pessoal com quem se trabalha, tratando os empregados do melhor modo possível, para assegurar-se que se comprometam com seu trabalho e que a empresa avance.

Estamos convencidos de que o pessoal é que faz a diferença. Para nós, é extremamente importante que nossos empregados continuem se formando e ajudá-los a manter uma mentalidade otimista e orientada ao crescimento, assim como uma atitude positiva.

“Meu conselho é permanecer concentrado na qualidade: o importante não é ser o maior, sim o melhor. Parte desta premissa é a gestão”

Como buscam maximizar os resultados da incubação?

Margarita: Oferecemos formação continuada ao nosso pessoal: Sobre todos os aspectos do funcionamento da planta de incubação, a incubação e o processo dos nascimentos, a avaliação da qualidade dos pintinhos, os procedimentos de separação por sexo e vacinação…

Vemos a formação como um aspecto importante que não só mantém nossos resultados da planta de incubação no nível necessário, como motiva o nosso pessoal e faz com que estejam comprometidos com seu trabalho.

Qual é o melhor modo para alcançar a máxima biossegurança?

Margarita: A biossegurança é fator principal para conseguir resultados de alta qualidade. Somos muito conscientes disso e, por este motivo, contamos com um profissional especializado na biossegurança da planta de incubação, controles contínuos e programas de capacitação, além de um sistema de monitoramento e control do cumprimento das medidas de segurança e saúde no trabalho.

Todos os procedimentos estão detalhados e por escrito. Cada dia sabemos o que há para fazer e o fazemos. A continuação, nós ou o veterinário supervisionamos visualmente a planta. Além disso, são feitas provas microbiológicas de maneira pontual e rotineira em toda a planta de incubação para efeito de controle.

Creio que a biossegurança depende muito da formação do pessoal. Deve-se aumentar a consciência e criar uma cultura com a disciplina necessária. Fazer com que o pessoal compreenda a importância da biossegurança, tornará muito mais convencê-los de que respeitem procedimentos que podem parecer um pouco extremos num primeiro momento.

Vocês trabalhavam com a incubação de carga múltipla em outra planta de incubação. Agora utilizam a incubação de carga única. Qual preferem?

Margarita: Entre carga única e carga múltipla há várias diferenças. Trabalho com incubação há mais de 20 anos e, definitivamente, prefiro trabalhar com a incubação de carga única.

Especialmente a logística é muito mais fácil e os resultados são melhores. Se trabalha sem estresse, já que se proporciona ao embrião as condições ideais adaptadas a cada etapa de seu desenvolvimento. Ademais, permite implementar uma limpeza, uma desinfecção e um planejamento de manutenção preventiva eficaz entre ciclos de incubação.

A carga múltipla é mais estática e implica trabalhar com parâmetros de controle médios.

Me atrevo a dizer que já não é a solução adequada para a incubação das raças modernas de frangos de corte.

Qual é para vocês a importância de ter uma boa manutenção?

Fernando Restrepo: A boa manutenção é vital para o êxito. Queremos evitar avarias ou tempos de parada.

É preciso que o pessoal conheça perfeitamente o equipamento para plantas de incubação e cuide bem. Por isso, nosso pessoal recebe formação exaustiva e de maneira contínua.

A Petersime ofereceu uma formação intensiva em nossas instalações para o pessoal encarregado da operação e suporte. O software de manutenção gera uma vista geral sobre o tempo e o custo de manter as máquinas de maneira preventiva, sendo mais eficaz este método que uma estratégia de resolução de problemas.

O bem-estar animal é um tema candente na Colômbia ou é algo novo?

Mauricio Carvajal: O bem-estar animal às vezes é visto como algo novo, mas não é. Como veterinários, não só temos que respeitar nosso juramento hipocrático para tratar a todos los animais com o respeito que merecem os seres vivos, como também a legislação colombiana, que menciona desde 1989 o bem-estar animal, e uma lei de 2016 que qualifica os maus tratos animais como um ato delituoso.

Qual é o ponto de vista de sua empresa sobre o bem-estar animal?

Mauricio: Em nossa empresa, cremos firmemente que se trata de um fator importante na produção. Como consequência, mantemos uma clara política empresarial sobre o bem-estar animal.

Muitos estudos sobre o bem-estar animal e diversos aspectos da saúde indicam e destacam que se trata simplesmente de uma questão de conforto que fará que as aves mostrem sua máxima eficiência genética e, como consequência, eficiência produtiva.

Por isso, se uma ave está saudável e confortável em um ambiente saudável, nos oferecerá o máximo potencial produtivo. Na verdade, se trata de uma questão de bom senso.

Portanto, para PolloCoa o bem-estar animal significa muito mais que um mero aspecto legal?

Mauricio: Exatamente. Além de garantir uma boa eficiência da produção, os colombianos cada vez são mais conscientes do bem-estar animal.

As redes sociais como Facebook, Instagram e os meios de comunicação em geral são úteis na hora de conscientizar a todos sobre o bem-estar animal.

Cada vez mais o consumidor exige da empresa, e a empresa da indústria, conhecer mais sobre o bem-estar animal e garantir que as proteínas que consome procedem de uma ave tratada com o respeito que merece.

Para finalizar, o lema da Petersime para seus clientes é «converter-se no campeão da incubação». Que desafios vocês têm encontrado na hora de operar a planta, nesse intuito de converterem-se nos campeões da incubação?

Santiago: Devo afirmar que nos identificamos muito com esse slogan. Somos «paisas», provenientes da região de Antioquía, e como tais somos disciplinados, fortes, trabalhadores, não estamos pendentes do relógio e nos esforçamos por ser melhores e competitivos: ser os melhores no que fazemos.

A Petersime nos tem ajudado muito para alcançar os padrões de produção que aspiramos ao início do nosso projeto. Estamos muito satisfeitos de ter dado o passo de estabelecer nossa própria planta de incubação.

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