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Influenza Aviária: avicultores do RS dobram contribuição ao FUNDESA

Escrito por: Priscila Beck
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Influenza Aviária é mote de Encontro realizado em Porto Alesgre

Preocupados com a influenza aviária, os avicultores do Rio Grande do Sul decidiram dobrar a contribuição ao Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária (FUNDESA). O fundo privado está regulamentado no RS desde 2005, com o objetivo de complementar ações de desenvolvimento e defesa sanitária animal no Estado.

O aumento da demanda por recursos em prevenção de enfermidades como influenza aviária motivou a proposta do Conselho Técnico Operacional da Avicultura (CTOA) do Fundesa a aumentar os valores de contribuição do setor. A cobrança, feita em UPF, vai aumentar em 100% até agosto de 2019.

O aumento será progressivo em quatro etapas, começando em agosto deste ano, tendo novos reajustes em março e agosto de 2018 e março de 2019.

Valor atual (em UPF) Valor em agosto/2017 (em UPF) Valor em março/2019 (em UPF)
0,0000836 por ave abatida 0,0001045 por ave abatida 0,0001672 por ave abatida
0,000064 por dúzia de ovos 0,000080 por dúzia de ovos 0,0001280 por dúzia de ovos

Para o vice-presidente do CTOA, Eduardo Santos, “o setor, preocupado com a disseminação da influenza por vários países, precisa de um sistema robusto de prevenção, bem como valores previstos para indenização de produtores no caso de incidência da enfermidade”. O presidente do Fundesa, Rogério Kerber, explica que os valores precisam deste reajuste pois “na época da criação do fundo, a influenza era um problema inexistente e que agora merece uma atenção muito grande”.

Os novos valores foram aprovados na Assembleia do Fundesa, realizada na tarde de segunda-feira (17/7), em Porto Alegre. O saldo do Fundo fechou o semestre em R$ 72,3 milhões, R$ 4,3 milhões superior ao início do ano.

Criado pelas cadeias de produção e genética da avicultura, Suinocultura, Pecuária de Corte, e Pecuária de Leite o Fundo garante aos seus contribuintes, ato indenizatório. O seguro é garantido para casos de enfermidades infecto-contagiosas, sob controle e erradicação, reconhecidas nos programas de sanidade animal, como é o caso da Influenza Aviária.

Prevenção à Influenza Aviária

No último dia 12 de julho, o Rio Grande do Sul realizou um Encontro de Mobilização sobre Medidas Preventivas de Enfermidades, que debateu especificamente a Influenza Aviária. Eventos voltados para atualização técnica e conscientização têm sido realizados em todo o País.

Somente a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) participou com palestras, em 2017, em eventos que debateram a Influenza Aviária em Pinlhalzinho (SC), Belo Horizonte (MG), Cascavel (PR), Itaberai (GO), Campinas (SP), Vila Velha (ES),  Goiania (GO), Recife (PE) e Porto Alegre.

 

A adoção de práticas de biosseguridade é o que está garantindo a manutenção de área livre de influenza aviária no Brasil, segundo afirmou o chefe da Divisão de Sanidade Avícola do Ministério da Agricultura, Bruno Pessamilio, durante o Encontro realizado em Porto Alegre. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), segundo ele, analisa mais de 3,5 mil casos suspeitos por ano, “todos negativos até agora”.

Pessamilio destacou que o Brasi exporta para 155 países e que a execução de mecanismos que garantam essa venda com segurança e qualidade é uma responsabilidade muito grande para o país. “O vírus não está controlado, está circulando mundialmente. É praticamente uma operação de guerra. Vivemos em constante alerta sanitário”, explicou.

Entre as medidas de biosseguridade recomendadas estão o controle rigoroso de acessos às granjas, a desinfecção de veículos e equipamentos e a higiene pessoal. O vírus da influenza aviária pode ser transmitido por aves vivas ou carcaças, fezes e secreções de aves e até através da água contaminada.

O presidente da Associação Gaúcha de Avicultura, Nestor Freiberger, destacou que “o simples e o óbvio é difícil de fazer, mas é exatamente o que precisamos fazer”. O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal, entidade que apoiou o evento, destacou em sua fala na abertura que “a sanidade animal é responsabilidade de todos e as medidas de biosseguridade precisam ser adotadas em todos os segmentos da cadeia produtiva”.

O representante da Federação das Associações de Municípios do RS, Marco Martini, destacou que todos precisam estar envolvidos pois para muitos municípios do estado que tem na avicultura a atividade mais importante, “um caso da doença significaria uma crise sem precedentes”.

Com informações da ABPA e retiradas do site do Fundesa

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