Um foco de Influenza Aviária Altamente Patógena (H5N1) foi detectado numa exploração avícola comercial no município de Baikunthpur, na região nordeste da Índia. O caso levou 5634 aves à morte e a necessidade de abate sanitário de outras 15426 aves, totalizando 21060 aves mortas.
O caso foi notificado em informe emitido pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) nesta quarta-feira (8/1). A Organização recebeu a informação do Secretário Dr Atul Chaturvedi, do Ministério da Pecuária indiano.
Segundo o informe da OIE, ainda sem origem conhecida, o foco teve início em 7 de julho de 2019 e um relatório foi enviado à Organização em 1 de agosto do mesmo ano. Porém, o caso só foi confirmado em 23 de dezembro, por teste de RT-PCR em tempo real, realizado no Instituto Nacional de Alta Segurança para Doenças Animais, Bhopal.
As medidas oficiais implementadas foram:
- Restrição de movimentos dentro do país
- Vigilância fora da zona de confinamento, ou proteção
- Rastreio
- Eliminação oficial de carcaças, subprodutos e resíduos de origem animal
- Abate sanitário
- Abate e eliminação seletiva
- Desinfecção
- Vacinação proibida
- Nenhum tratamento para animais afetados
O informe da OIE aponta ainda que o último caso notificado de Influenza Aviária na Índia ocorreu em 2 de setembro de 2019.
A autoridade sanitária da Índia, aprovou, em abril de 2019, a primeira permissão de importação para carne de frango in natura brasileira. A abertura se deu 11 anos após firmado o acordo sanitário entre os dois países (2008).
A carne de frango é a proteína animal mais consumida na Índia. Apesar disso, dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) mostram que, em 2018, o consumo per capita de frango na Índia estava em 2,18 quilos por ano, devendo passar a 2,23 quilos per capta em 2019.
Influenza Aviária
A Influenza Aviária é uma doença de declaração obrigatória incluída na lista de doenças da OIE.
Segundo o Código Sanitário para Animais Terrestres da OIE, os Países Membros devem notificar:
- todo vírus de influenza aviária de alta patogenicidade, qualquer que seja a cepa, detectado em aves (domésticas e silvestres);
- todos os subtipos H5 e H7 do vírus de baixa patogenicidade detectados nas aves de produção.
- todo caso de mortalidade inusitada de aves silvestres também deverá ser notificado à OIE através do Sistema mundial de información zoosanitaria (WAHIS).