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Atualidade
Hoje são reconhecidas 2 formas de apresentação clínica da IA:
- Alta patogenicidade (AP)
Podendo ser causada somente pelos subtipos H5 e H7
- Baixa patogenicidade (BP)
Por qualquer subtipo dos 16 reportados.
Reservatório na natureza
As aves aquáticas migratórias, cujos números chegam a milhões de aves na natureza, representam o reservatório natural das populações de vírus da IA tipo A. A enorme distribuição geográfica que têm em seus padrões de migração, lhes permite levar essas populações de vírus em suas rotas migratórias, constituindo-se como um risco de introdução de novos subtipos à avicultura comercial.
Os sistemas de produção da avicultura comercial mantém um risco significativo de contágio, especialmente nos últimos tempos quando se tem promovido o uso da avicultura chamada “orgânica”, que supõe manter aves livres durante seu ciclo produtivo.
A erradicação e controle destes vírus mediante a despopulação das aves comerciais infectadas se torna cada dia um tema mais controvertido, devido ao alto custo que supõe e ao alto risco que se tem de una reinfecção, juntamente com o crescimento no número de surtos do vírus registrado no mundo, na avicultura comercial, nos últimos anos (mais de 20 surtos de AP nos últimos 17 anos, diante da documentação de 16 eventos nos 34 anos anteriores a 2000).
A IA é uma enfermidade de origem viral, que causa um impacto econômico devastador na avicultura comercial mundial. Se caracteriza por sua alta instabilidade antigênica.
O genoma do vírus é composto de 8 segmentos de RNA, que podem se reagrupar, dando origem a mudanças menores na sequência de aminoácidos da hemaglutinina e neuraminidase como resultado de erros de cópia e mutação pontual, ou quando uma célula hospedeira é infectada com dois vírus diferentes. O resultado destas recombinações com a consequente combinação dos 8 segmentos de cada vírus, poderia gerar 256 vírus da IA diferentes de uma mesma célula. Estes fenômenos são conhecidos como “Derivação Antigênica” ou “Variação Antigênica”, alterando a patogenicidade do vírus.
A instabilidade antigênica do vírus da IA resulta da impossibilidade de se utilizar como vírus ativo atenuado ou modificado para a imunização de aves, explicando o risco de mutação do vírus para AP.
H5N2 AP MÉXICO
É em 1994 que se reconhece oficialmente a presença do vírus da IA de AP (IAAP) do tipo H5N2 no México, en planteis de aves reprodutoras comerciais (Arriola 2004). Este subtipo, em sua apresentação de AP, foi erradicado em 1995, data do último relatório sob esta apresentação. O vírus ainda circula no México como vírus de BP.
H5N2 BP EL SALVADOR & GUATEMALA
No início do ano 2000 se relata a presença do vírus H5N2 de BP em El Salvador e Guatemala, causando sérios danos econômicos à avicultura desses dois países.
H7N3 AP CHILE
A única vez que uma cepa de IA AP H7N3 entrou na América do Sul foi no Chile, em 2002. Se adotou a política de despovoar as aves infectadas e, em menos de três meses, se controlou os dois focos desenvolvidos, evitando-se a difusão da enfermidade para o resto do país. Somente seis meses depois se declarou oficialmente o Chile livre da enfermidade (Rojas e colab. 2012).
As políticas de despopulação são efetivas quando o produtor é respaldado pelo governo em relação às perdas ocorridas, o que motiva o oportuno comunicado no início do surto e evita sua disseminação extensiva.
H7N3 AP MÉXICO
Em 2012, se reconhece no México (OIE – SAGARPA 2012), pela primeira vez, a presença de um vírus da IAAP H7N3, comunicando-se diferentes surtos durante o ano. Este vírus mantem sua presença em regiões delimitadas de produção de ovos até hoje.
H5 AP EUA
Nos Estados Unidos se considera que o risco para a saúde pública, devido aos surtos dos vírus H5 de AP registrados em anos recentes (2015) em aves silvestres ou aves de criação, é baixo devido às características das populações virais. Os vírus da Influenza Aviária que circulam na América só foram capazes de causar uma infecção a nível da conjuntiva em seres humanos, o que difere das populações virais em outras latitudes, onde os vírus de AP mostraram capacidade de causar mortalidade no homem quando existe um contacto muito próximo e exposição com altas quantidades de vírus.
IA Patogenicidade variada
De Janeiro a Julho de 2017 existe a circulação de diferentes vírus da IA de variada patogenicidade no mundo (OIE –Agosto 2017). Portanto, a IA continua sendo um inimigo de alto risco para a avicultura comercial mundial. Produtores avícolas, profissionais, autoridades sanitárias governamentais, médicos veterinários analisam e atualizam as medidas de control e de uma possível erradicação desta enfermidade a médio prazo.
Medidas de controle contra a Influenza Aviária
Vacinação
O uso da ferramenta da vacinação tem 3 objetivos principais:
- Diminuir as perdas econômicas causadas pela infecção
- Diminuir a quantidade de vírus excretado
- Elevar o nível necessário de vírus de campo para que as aves se infectem
Um controle efetivo só é conseguido através de um programa que inclui boas práticas de manejo e biosseguridade, em conjunto com um calendário estratégico de vacinação
Existem no mercado vacinas emulsionadas em óleo com vírus inativado da Influenza Aviária, nas quais a massa antigênica, a homologia entre a hemoaglutinina do vírus vacinal com as cepas de campo e a imunogenicidade da cepa da vacina são importantes para a eficácia da mesma, devido às mudanças antigênicos que as populações virais sofrem com o tempo e que foram amplamente documentados (Suarez, Escorcia).
As vacinas recombinantes empregam diferentes vetores que contém a hemaglutinina HA do vírus da IA. Recentemente, se tem empregado vacinas de engenharia reversa para obter vacinas inativadas mais efetivas de homologia para o controle da enfermidade, particularmente diante da impossibilidade de usar cepas de alta patogenicidade.
As estratégias para o uso de vacinas contra a influenza aviária variam em cada país e empresa, razão pela qual deverão ser determinadas antes do início da vacinação, considerando as alternativas que o marco normativo permite, fator crítico para uma adequada gama de opções
Os programas de vacinação mais robustos contra a IA implicam o uso de vacinas inativadas e vacinas recombinantes (Prime Boost).
Vacina recombinante
Com o uso somente da vacina recombinante como programa de vacinação, não ocorre seroconversão serológica pós-vacinal. E uma resposta sorológica detectada por testes de rotina (Elisa, HI, AGP) será usada como indicador de que as aves estiveram em contato com o vírus de campo, estratégia mais conhecida como Diferenciação das Aves Infectadas das Aves Vacinadas (DIVA).
Vacina inativada
A vacina inativada contra a IA foi aplicada amplamente para o controle da enfermidade; no entanto, na experiência dos autores e documentado pelos produtores sob situações de campo, deve ser administrada com muito baixo nível de imunidade passiva, do contrário, não se gera a proteção esperada nas aves vacinadas.
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