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Iniciativa diante da influenza aviária

Escrito por: Guillermo Zavala
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Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

A influenza aviária na América Latina continua nos preocupando. Vários países da região apresentaram iniciativas para enfrentar a doença, mas poucos são os que realmente se preocupam com o tema. Ainda não há planos de contingência sérios que denotem uma verdadeira colaboração entre governo, indústria, academia e autoridades locais.

Nos países com experiência produtiva em relação à influenza aviária, há planos de contingência extremamente detalhados, incluindo até mesmo a distância que se deve percorrer e o tempo em minutos para conseguir de vários fornecedores alternativos o equipamento de biossegurança necessário e as duchas portáteis para poder entrar em uma granja afetada.

São conhecidos minuciosamente a legislação local para dispor sanitariamente das aves sacrificadas, os métodos de descarte, os procedimentos de compostagem e a variedade de organizações que podem contribuir em determinado momento com o despovoamento, o descarte das aves e a limpeza e desinfecção das granjas.

A indústria local conta com o apoio das forças policiais, dos governos locais, estaduais e federais, além de planos para recorrer à mão de obra de fontes alternativas, como internos de prisões locais, por exemplo. Estão previstos no orçamento os reagentes químicos e os profissionais de laboratório necessários em uma eventualidade

Por fim, não se trata apenas de medidas teóricas, mas também práticas. Periodicamente, simulações são feitas em campo e em laboratório, e ensaios de eutanásia ou despovoamento massivo são realizados, de modo que tudo flua rapidamente se a influenza aviária estiver presente. Além disso, há programas de indenização sem os quais seria bem difícil erradicar a influenza aviária. A leitura de artigos sobre a influenza aviária e a participação em simpósios não bastam.

É preciso um plano de contingências detalhado e uma cadeia de liderança. Se isso não ocorrer, seja por falta de orçamento ou de iniciativa de nossos governos, a indústria deve tomar a iniciativa, começando por redesenhar os programas de biossegurança, de forma que o foco específico seja prevenir a influenza aviária.

Os antigos programas de biossegurança precisam se modernizar e se adaptar para enfrentar as urgências atuais, que incluem segurança de alimentos e influenza aviária. Cabe reiterar que se não há iniciativas oficiais, o mínimo que devemos fazer é preparar nossas próprias empresas com planos de biossegurança e de contingência. Nesta edição, incluímos um breve artigo sobre esse tema, que pode servir como guia inicial para desenvolver planos de biossegurança próprios para cada empresa. Também abordamos temas como produção, nutrição, incubação, processamento, patologia e outras áreas de interesse.

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