Unidade da JBS no município catarinense de Morro Grande será fechada a partir do dia 1º de novembro. A informação foi divulgada ontem (22/8), pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região (Sintiacr), ao portal Engeplus.
Segundo o Portal, a notícia foi passada pela direção da JBS em reunião com os presidentes da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Ademir Magagnin, que é prefeito de Cocal do Sul, e da Associação dos Municípios do Sul Catarinense (AMESC), Valdionir Rocha, que é prefeito de Morro Grande.
Em Morro Grande, a JBS abatia entre 107 e 110 mil frangos por dia até setembro do ano passado quando, passando depois para 55 mil aves. Segundo o Sindicato, há cerca de 90 dias os trabalhadores estavam em negociação com a direção da empresa, porém, não houve saída.
Mais de 500, dos atuais 740 trabalhadores empregados na unidade, serão demitidos. Cerca de 50 trabalhadores serão mantidos na unidade de rações e o restante transferido para outras cidades. O Ministério Público do Trabalho (MPT) está acompanhando o processo de negociação das rescisões dos contratos.
O argumento da empresa é a crise econômica aliada ao impacto da operação Carne Fraca. Informações recentes divulgadas pela empresa apontam uma queda de 79,8% no lucro da JBS no segundo trimestre de 2017, num comparativo com o mesmo período do ano passado.
A JBS também tem unidades em Forquilhinha e Nova Veneza, que segundo o Sindicato, são altamente rentáveis e, por isso, não têm risco de serem fechadas.
Avicultores Integrados
Outra preocupação da região é com os avicultores que fornecem para a unidade a ser fechada. Segundo informações da Prefeitura de Morro Grande, há um cálculo de que, em toda a região, os avicultores negociam cerca de R$ 600 milhões ao ano em matéria prima com a JBS do Município.
Durante a reunião com a AMREC e a AMESC houve um acordo para que alguns aviários, cujos proprietários fizeram empréstimos para manter seus negócios, poderão seguir fornecendo para outras unidades da JBS, mas em escala bem menor. Há ainda uma expectativa na região de que os produtores sejam indenizados por conta da rescisão dos contratos.
Com informações do Portal Engeplus