Embora o número de machos em uma operação avícola represente apenas um número relativamente pequeno de animais, eles representarão 50% da contribuição genética de um lote de reprodutores, visto que 50% do comportamento reprodutivo do lote depende dos machos.
O objetivo do manejo de machos é: desenvolvê-los com capacidade de produzir espermatozoides viáveis para a fertilização, em um macho em condições de cumprir seu trabalho de reprodutor, com peso e conformação corporal adequados para a tarefa de copular e fertilizar as fêmeas de sua “família”.
A conformação do macho é extremamente importante para isso: ela deverá ser “Atlética”, com uma conformação de peito “fina” proporcionando um macho esbelto e ativo.
Para lograrmos isto, devemos ter o desenvolvimento do macho na recria em nossas mãos para podermos conduzí-lo onde desejamos.
A seguir, apresentarei algumas recomendações gerais para melhorar o desempenho reprodutivo e a eficiência no processo de crescimento e reprodução dentro de um lote de
reprodutores.
A melhor performance dos machos pode ser alcançada quando os técnicos seguem os princípios básicos de criação, juntamente com um pouco de bom senso.
Estes incluem:
1ª Fase: 0 a 12 Semanas: Estrutura Óssea.
2ª Fase: 13 a 15 Semanas: Puberdade e desenvolvimento aparelho reprodutivo.
CRIA (0 A 4 SEMANAS)
Os machos têm o mesmo crescimento rápido e características de eficiência alimentar presentes nos frangos de corte.
Como estes, os machos devem desenvolver-se conforme a curva de crescimento, permitindo que a ave atinja o pico de desempenho ao longo de sua vida.
Para tal, os machos devem:
CLASSIFICAÇÃO
Com quatro semanas, os técnicos devem realizar uma seleção de machos para eliminar aqueles que apresentem deficiência de peso (25% abaixo peso guia da linha genética), deficiências físicas (como problemas de tarsos, dedos, bico, dorso ou plumagem) e comportamento inadequado.
Retirar as aves que não são qualificadas como machos reprodutores permite realizar seleções genotípicas através do fenótipo e ajuda a garantir o comportamento da progênie.
Isto também garante que os machos remanescentes tenham espaços adequados de piso e de comedouro. Busque manter aproximadamente 13% de machos em relação ao número total de fêmeas.
RECRIA (5 A 13 SEMANAS)
Nesta fase de crescimento corporal controlado, buscamos “ADORMECER” o frango.
Devemos restringir o alimento do macho, ter o controle do peso e peito – incrementos baixos de alimento.
Antes da semana 13, medidas corretivas podem ser adotadas para ajustar as metas de peso dos machos. Porém, depois deste período, qualquer mudança nos ganhos de peso deve ser evitada. Se o lote estiver acima da meta de peso corporal, você deve traçar uma linha paralela de crescimento padrão e não tentar baixar o peso das aves.
DENSIDADE DO GALPÃO E EQUIPAMENTOS
Naturalmente, os machos são mais agressivos do que as fêmeas, especialmente quando estão no mesmo galpão. O espaço da ave abaixo da exigência mínima aumenta a competição, limita os recursos, prejudica o comportamento social da ave e estimula a agressividade e desuniformidade.
O espaço de piso, equipamentos, densidade de luz e movimento do ar devem ser aumentados à medida que as aves crescem.
Exigências de espaço e equipamentos para machos:
PROGRAMA DE LUZ – CRIA
Oito horas de penumbra (2-4 lux) e 16 horas de escuro durante 19 semanas são ideais para a sincronização sexual.
Cada linhagem genética de macho pode ter uma recomendação específica para a duração do tempo da fotoestimulação. Para isso, devemos estar presentes no galpão para determinar o tempo ideal para iniciar a fotoestimulação e o percentual de acasalamento com as fêmeas.
SELEÇÃO
Ao final da fase de recria, uma nova seleção fenotípica de machos deve ser realizada antes de transferi-los para os galpões de produção.
Esta seleção deve incluir:
Sem dedos torcidos.
Sem quilha desviada e/ou dividida.
Sem defeitos esqueléticos.
Sem lesões nas almofadas plantares, ou bicos defeituosos
Após esta seleção, a proporção entre machos e fêmeas deve ser de aproximadamente 10,5%.
ACASALAMENTO
O principal objetivo do manejo do acasalamento é atingir maior sincronização no desenvolvimento sexual entre machos e fêmeas, minimizando o grau de atraso ou adiantamento que possa existir entre ambos os sexos.
O acasalamento ocorre, geralmente, entre 21 e 22 semanas de vida.
Durantes esta fase, dois problemas podem ocorrer:
Neste caso, as poucas fêmeas que se encontram maduras e receptivas para o acasalamento podem ser assediadas pelos machos até um ponto que pode levá-las à morte.
Um sinal claro desta atividade é grupos de machos seguindo uma fêmea e/ou alta mortalidade de fêmeas com dorso lesionado, um problema ainda mais grave em granjas com slats. A fertilidade é fortemente afetada neste caso.
Esta situação pode ser resolvida através da prevenção e acasalamento com baixo percentual de machos (6%), incorporando mais machos gradualmente, até alcançar o número desejado de machos (9,5-9,75%) na medida em que as fêmeas amadureçam sexualmente.
Neste caso não há razão para monitorar a mortalidade de fêmeas.
Porém, se percebemos que a fertilidade do lote está progredindo lentamente, alcançar os picos ideais de fertilidade e de nascimento será um desafio. Isso pode ser prevenido ao incorporar machos sexualmente ativos com peso ideal e aqueles que apresentam pés, cristas e barbelas vermelho vivo.
FASE DE PRODUÇÃO
Equipamento de ração para machos
O êxito no arraçoamento separado por sexo (SSF) na fase de produção depende do manejo adequado dos equipamentos de ração e da distribuição uniforme de ração.
Os quatro tipos de arraçoamento comumente utilizados para machos incluem:
- Comedouro automático com prato.
- Comedouro tubular.
- Comedouro de calha.
- Baias para machos
Independentemente do tipo adotado, garanta o espaço mínimo de comedouro de 18 cm e a distribuição uniforme da ração.
*Nota: Machos com sobrepeso podem apresentar deficiências de fertilidade, problemas de pés, além de outros problemas. Porém, os machos que perdem peso, tanto por um processo alimentar deficiente, quanto por baixo consumo de ração, apresentarão fertilidade menor devido aos danos radicais ao tecido testicular.
MONITORAMENTO DAS CONDIÇÕES DO MACHO
A dispersão dos machos no lote faz com que o uso de boas práticas de manejo seja mais difícil para eles do que para as fêmeas. Por isso, é essencial implementar e manter a rotina para identificar possíveis mudanças na condição corporal do macho. As principais características a serem monitoradas são:
Neste aspecto (consumo e ganho de peso) é necessário agir com rapidez ante qualquer novidade, pois os machos ativos gastam suas reservas corporais rapidamente, causando perda de fertilidade.
É a adição de machos jovens a um lote de matrizes mais velhas (40-45 semanas de vida) para compensar quedas de fertilidade. Como regra geral, um número de machos é adicionado para compensar a mortalidade e restabelecer o percentual inicial de machos. Geralmente, os machos jovens têm 25 a 28 semanas de vida.
Existem duas razões para spiking:
Necessidade: Lotes onde a fertilidade atribuível ao macho segue com menos de 90%.
Como uma prática de rotina: Alguns produtores a utilizam como uma medida preventiva, independente dos níveis de fertilidade.
Desvantagens desta prática incluem: