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Marrocos abre mercado para genética de perus do Brasil

Escrito por: Priscila Beck
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Brasil vai exportar material genético para o Marrocos

Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

Na última terça-feira (10/4), o Marrocos confirmou que passará a comprar do Brasil material genético de perus (ovos férteis de perus e de perus de um dia).  A informação foi passada pela Embaixada brasileira em Rabat à Coordenação de Trânsito e Quarentena Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

O Escritório Nacional de Segurança Sanitária dos Produtos Alimentícios (ONSSA) do Marrocos aprovou os Certificados Zoosanitários Internacionais (CZI), viabilizando as exportações àquele mercado. Com isso, o Marrocos passa a integrar grupo de cerca de 50 países das Américas, Oriente Médio, África, Europa e Ásia, que importam regularmente material genético avícola do Brasil.

Conforme divulgado pelo Mapa, o material de reprodução exportado tem altíssimo valor agregado e supera em 55 vezes a tonelada de frango embarcada ao exterior. Em 2016 (último dado da ABPA) foram exportadas 9,39 mil toneladas de ovos férteis e 754 toneladas de pintinhos de um dia. A receita cambial com a venda foi de US$ 87,2 mil por t, enquanto que a carne de frango somou US$ 1,56 mil/t.

Segundo o Mapa, as negociações sanitárias com o Marrocos foram rápidas, tendo iniciado neste ano, motivadas por ações de prospecção de mercado realizadas em conjunto pelo Mapa e pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

A coordenadora do Trânsito e Quarentena Animal (CTQA), Judi da Nóbrega, explica que os marroquinos demonstraram grande interesse em importar material genético avícola brasileiro para suprir sua cadeia de produção de carne de perus. A conquista também foi comemorada pelo presidente executivo da ABPA, Francisco Turra.

“O Brasil já é uma consolidada plataforma de exportação de genética de frangos e ovos.  A oportunidade aberta para o setor de perus amplia a capacidade de embarques em um segmento de altíssimo valor agregado”, analisa Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.

Segundo Judi da Nóbrega, “os mercados importadores de genética avícola do país encontram-se em franca expansão”. A coordenadora diz ainda que os principais fatores que contribuem para a sucessivas conquistas de mercados externos são o reconhecimento internacional da condição sanitária dos plantéis avícolas nacionais, o nível de biosseguridade dos estabelecimentos produtores de genética brasileira e a eficiência das linhagens avícolas produzidas no Brasil, que permitem desenvolver rapidamente produtos de qualidade e com índices zootécnicos (produtividade).

Na avaliação de Judi Nóbrega, o acesso e a manutenção de mercados importadores dessas mercadorias são estratégicos para o país. E lembra que o Brasil é o único país que nunca registrou ocorrência de Influenza Aviária de alta patogenicidade.

Com informações das Assessorias de Imprensa do Mapa e da ABPA

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