O ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki, esteve em Chapecó (SC) na última segunda-feira (14/5), onde reuniu-se com produtores de frango da região. No encontro, ele falou que o canal de diálogo entre Brasil e União Europeia foi reaberto na última semana, porém a retomada das exportações de carne de aves não será um processo fácil.
“Será um processo longo e não será fácil. Faremos de tudo para não usarmos de todas as armas de que dispomos. Esse setor não está órfão, enquanto estivermos no Ministério estaremos brigando”, afirmou.
Nesta quarta-feira (16/5) entra em vigor a proibição de importação de carne de frango de 20 frigoríficos brasileiros – 12 deles pertencentes à BRF, dos quais três estão localizadas nos municípios catarinenses de Concórdia, Chapecó e Capinzal – pelos 28 países que integram a União Europeia.
A decisão foi tomada pela Comissão Europeia em abril, após a terceira etapa da Operação Carne Fraca, deflagrada em março do ano passado pela Polícia Federal, com o objetivo de investigar denúncias de fraudes cometidas por empresários e fiscais agropecuários federais.
Com a limitação da exportação para o mercado europeu, a expectativa é de que aumente a oferta no mercado interno, o que tornará o frango mais barato momentaneamente para o consumidor brasileiro. Por outro lado, poderá resultar em demissões no setor. As vendas para a União Europeia já vinham apresentando quedas.
Durante o encontro em São Miguel do Oeste, Novacki ouviu também outras questões como a demanda crescente de milho para abastecer as agroindústrias catarinenses e as melhorias necessárias na aduana de Dionísio Cerqueira.
“Santa Catarina tem apenas 1,12% do território nacional e é um gigante em produção agropecuária. Já somos o maior produtor nacional de suínos, o segundo maior produtor de aves e o quarto maior produtor de leite do país. Quando não somos o maior, nós precisamos ser o melhor. E é nesse sentido que Santa Catarina vem trabalhando, porém nós precisamos de ajuda”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies.
Demandas Técnicas
As Centrais de Cooperativas da Aurora apresentaram uma série de demandas técnicas para o Ministério da Agricultura, entre elas, a proposta de alteração dos métodos analíticos para dar sustentação à certificação.
De acordo com Rangel, “alguns dos pontos abordados, como os métodos analíticos para certificação, que são métodos mais rápidos, com maior harmonização de entendimento dentro do Sistema de Inspeção Federal, têm a possibilidade muito boa disso acontecer pela regionalização. E também o uso de novas tecnologias para poder ajudar no processo de redução de contaminantes biológicos como no caso da salmonela”.
A Aurora Alimentos é uma central cooperativa que congrega doze cooperativas agropecuárias, que reúnem 28 mil funcionários diretos, com uma produção diária de 20 mil suínos, 1 milhão de frangos e 1,4 milhão de litros de leite.
Com informações da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca (SC), MAPA e EBC