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Na Alesp, Associação de Avicultura defende que SP está preparado para controlar gripe aviária

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Na Alesp, Associação de Avicultura defende que SP está preparado para controlar gripe aviária. Presidente da entidade no estado, Érico Antônio Pozzer, foi ouvido pelos parlamentares da Comissão de Atividades Econômicas; deputada Carla Morando (PSDB) foi eleita vice do colegiado

O presidente da Associação Paulista de Avicultura (APA), Érico Antônio Pozzer, afirmou, na tarde desta terça-feira (10), que o estado de São Paulo está preparado para controlar a gripe aviária. O representante da entidade foi ouvido pelos parlamentares da Comissão de Atividades Econômicas da Assembleia Legislativa de São Paulo após convite feito pelo colegiado. O objetivo foi esclarecer os impactos que o caso de gripe aviária descoberto em Montenegro, no Rio Grande do Sul, em maio deste ano poderia acarretar à produção paulista.

O especialista disse que o estado segue todos os protocolos estabelecidos nacional e internacionalmente. “Estamos preparados. Nós monitoramos todo o nosso litoral e interior, onde existe avicultura comercial. Há mais de três anos, a gente vem detectando a presença da influenza em aves marinhas”, defendeu Pozzer. Desde maio de 2023, data do primeiro registro de gripe aviária no país, já foram assinalados 167 casos em aves silvestres, a grande maioria em aves à beira-mar.

“Nós passamos todas as informações para os produtores para que eles sigam todas as recomendações de biossegurança, isolamento, cuidado com pessoas, com caminhões que entram na granja. O espaço tem que ter cerca, tela, não pode entrar animal silvestre, cachorro, evitar ao máximo a aproximação de aves”, explicou o presidente da APA.

Entretanto, Pozzer enfatizou que a gripe aviária está presente em quase todo o mundo e, apesar dos protocolos, as granjas comerciais estão suscetíveis a casos de gripe aviária. O essencial é que os produtores sigam as regras estabelecidas pelos órgãos competentes, já que, caso aconteça uma contaminação, o principal impactado será o próprio produtor.

“Nós temos programas que temos que seguir. Existe checklist nas granjas, onde um veterinário oficial vai e verifica como está o isolamento, a biossegurança dele. Então, tudo está amarrado, mas pode acontecer. Essa doença não tem preferência por estado, município ou região. É uma ave infectada, seja ela migratória ou da fauna local, entrar em uma propriedade dessa, que existe o risco. É da natureza e não temos domínio sobre isso”, comentou Pozzer.

Ele ainda afirmou que esse primeiro caso pode servir como lição se novas situações forem registradas. “A arma que temos hoje é a biosseguridade. É cuidar, cuidar e cuidar. Estão desenvolvendo a vacina, mas não existe uma que seja eficiente”, completou.

Acordos comerciais

Outro ponto enfatizado por Pozzer durante a reunião do colegiado foi a revisão dos acordos comerciais entre Brasil e outros países do globo. Países e blocos que representam importante parcela da exportação nacional como México, China e União Européia – somadas importam 25% da produção brasileira – suspenderam a compra de carne de frango de todo o Brasil.

“Não existe razão sanitária para país nenhum proibir a importação de carne de frango do Brasil por causa de influenza aviária, porque ela está no mundo todo, é como se fosse uma gripe. Nós não podemos perder uma exportação se aconteceu um caso no extremo sul ou no extremo norte”, disse o presidente.

Para Érico Pozzer, o Ministério da Agricultura e Abastecimento e as associações locais tiveram uma atuação impecável no caso do Rio Grande do Sul, em que a infestação foi controlada “em um bom tempo”. Ele defendeu a regionalização das suspensões, sejam elas para o município ou estado em que o caso foi registrado.

Eleição

Ainda nesta tarde, a Comissão realizou uma reunião especial e elegeu a deputada Carla Morando (PSDB) vice-presidente do colegiado para o biênio 2025-2027. A parlamentar, que é também coordenadora da Frente Parlamentar do Desenvolvimento Econômico, da Indústria e do Comércio do Estado, destacou que a CAE tem um papel fundamental nos debates para o desenvolvimento econômico paulista.

“O que queremos é melhorar o ambiente do nosso estado para atrair mais investimentos, que é o que gera toda a riqueza, é o que traz o emprego, a dignidade e as oportunidades. Não é à toa que o nosso estado lidera todos os rankings de arrecadação de impostos e de produção do país. Isso é fruto de muito trabalho, não só do governo, dos municípios, mas também aqui da Assembleia”, comentou Carla Morando.

Calendário da Agricultura Familiar

Durante o encontro, os parlamentares aprovaram a criação do Calendário de Produção da Agricultura Familiar. O projeto, de autoria do ex-deputado Castello Branco, busca estabelecer um informativo com os dados sobre alimentos produzidos pela agricultura familiar, com preços sugeridos e melhor época para consumi-los. O objetivo é servir de guia para a compra de insumos nas escolas e hospitais públicos e privados, além de incentivar o consumo dos produtos da estação nos restaurantes e residências.

As reuniões foram comandadas pelo presidente da Comissão, deputado Itamar Borges (MDB).

Assista à reunião, na íntegra, na transmissão feita pela Rede Alesp:

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