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O consumo de ovos não tem relação nenhuma com aumento de doenças cardiovasculares: isso é mito!

Escrito por: Renata Leite - Zootecnista e Analista Técnico na aviNews Brasil
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O consumo de ovo não tem relação nenhuma com aumento de doenças cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são consideradas as maiores responsáveis por mortes no Brasil, ocupando o primeiro lugar (1) e fazem parte do grupo das doenças crônicas não transmissíveis (DNT) (2).

Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. O envelhecimento é um fator importante, mas não só, a hipertensão, diabetes, colesterol elevado, fumo, obesidade, alimentação irregular, sedentarismo, contribuem para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares. Em tese, a prevenção e o tratamento adequado são formas de melhorar a expectativa de vida das pessoas.

A prática da atividade física, o consumo de uma alimentação equilibrada, a redução do consumo de álcool e parar de fumar podem reduzir os impactos das doenças como obesidade, diabetes e colesterol, mas ainda existe um hiato entre a realidade de consumo e o que é considerada alimentação saudável.

Do ponto de vista alimentar, o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados pode ter um impacto desfavorável à saúde das pessoas, contribuindo com a elevação do IMC (Índice de Massa Corporal) e, portanto, um fator de risco cardiovascular (3).

A adoção de uma alimentação equilibrada e consumo moderado, composta de alimentos integrais, verduras, legumes e frutas, com a redução do consumo de alimentos refinados, como açúcares e alimentos industrializados, podem favorecer a prevenção e os tratamentos de doenças como a obesidade, diabetes e a hipercolesterolemia (4).

O ovo, alimento prático, acessível e apreciado pela maioria da população, passou por momentos difíceis quando, em 1968, a American Heart Association estabeleceu que o consumo máximo diário de colesterol deveria ser de 300 mg. Assim, o alimento foi banido do prato da população.

Desde a década de 80, estudos têm sido publicados concluindo que o consumo de 1 ovo/dia não está associado com o aumento na incidência de doenças cardiovasculares (5,6). Um estudo mais recente com 177 mil pessoas de 50 países, realizado por Dehghan et al, não encontrou associação significativa entre o consumo de ovos, lipídios séricos, mortalidade e doença cardiovascular (7).

Ocorre que a demanda de colesterol para atender as necessidades do organismo é imensa e cerca de 70% do colesterol circulante é produzido no fígado. O ovo é uma fonte de proteína acessível, de fácil digestibilidade e importante para todas as faixas etárias, sobretudo para os idosos. Contém em sua composição vitaminas, minerais e carotenóides que apresentam uma potente ação antioxidante. Dentre as vitaminas, o ovo é uma grande fonte de colina, cerca de 250 mg/ 100g (8) com várias funções no organismo como a formação da memória do feto, síntese de acetilcolina e síntese de fosfolípides essenciais para membranas celulares. Além disso, a sua deficiência está relacionada ao aumento de homocisteína, um biomarcador inflamatório (9).

O ovo é um alimento prático, saboroso, de fácil acesso e funcional pela sua composição. Adote uma alimentação equilibrada e saudável, com verduras, legumes e frutas, incluindo o ovo em sua alimentação!

Sobre O Instituto Ovos Brasil

O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos, criada em 2007 com objetivo de educar e esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que o alimento proporciona à saúde. Entre seus propósitos, também destaca-se a missão de desfazer mitos sobre seu consumo. O IOB tem atuação em todo o território nacional e hoje é referência em informação sobre ovos no Brasil.

Referências bibliográficas sob consulta junto a autora

Fonte: Instituto Ovos Brasil

Autora: Lúcia Endriukaite, nutricionista do Instituto Ovos Brasil

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