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Ovo: fonte de selênio

Escrito por: Instituto Ovos Brasil - O Instituto Ovos Brasil é uma entidade sem fins lucrativos criada em 2007 com objetivo de esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e os benefícios que este alimento proporciona à saúde, além de desfazer mitos sobre seu consumo.
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O ovo é um alimento que contém vários minerais como cálcio, ferro, zinco, fósforo, potássio, magnésio, sódio. e possui também uma quantidade expressiva de selênio.

Minerais são micronutrientes fundamentais para o organismo, pois participam de forma intensa na função estrutural (tecidos/ossos), muscular, transmissão de impulsos nervosos, transporte de nutrientes e sua deficiência acarreta desordens nas reações químicas celulares  gerando desequilíbrio e doenças.

O selênio é um oligoelemento fundamental para a síntese das selenoproteínas, desempenhando  importantes funções biológicas como antioxidante, formação nos hormônios tireoidianos, síntese de DNA, fertilidade e reprodução (1,2).

Encontrado nos alimentos, o selênio pode estar na forma inorgânica como selenito, selenato e ainda na forma orgânica como selenometionina e selenocisteína com absorção no intestino delgado, ceco e colon(1).

No organismo, estas formas de selênio são precursoras das glutationas peroxidases (GPx), enzimas encontradas nos mais diversos tecidos e órgãos com poderosa ação antioxidante modulando a produção de mediadores inflamatórios e moléculas de adesão (3). Existem evidências positivas sobre a participação do selênio no controle glicêmico(2) apresentando efeitos benéficos tanto na DM 2 e também na síndrome metabólica(3).

Já as iodotironinas desiodinases, outro grupo de selenoproteínas, são responsáveis pela conversão do pró-hormônio tireoidiano T4 em  T3 (forma ativa)(4); Portanto, o selênio é fundamental  na regulação da tireoide. Ainda, o selênio atua na manutenção e integridade de membrana celular melhorando o sistema imune e também interage com metais tóxicos deletérios ao organismo (5).

Apesar de o selênio ser um elemento traço fundamental para o organismo, a concentração deste elemento nos alimentos é variada porque depende da quantidade de selênio presente no solo (2).

Alimentos fonte de proteína animal apresentam maior biodisponibilidade quando comparados ao alimento vegetal.

Neste sentido, o selênio contido no ovo é melhor absorvido e a presença de vitamina E na composição da gema favorece ainda mais sua absorção. Estudo realizado no hospital São Lucas (RS), apresentou evidências de deficiência na ingestão de minerais antioxidantes, entre eles o selênio, que pode estar relacionado ao baixo consumo de alimentos com este elemento ou fatores fisiológicos relacionados à idade(6).

As recomendações nutricionais de selênio para adultos a partir de 19 anos variam de 45mcg(EAR) a 55mcg (RDA) (7). O excesso é tóxico ao organismo e o limite máximo de ingestão é de 400mcg (7).

Artigo publicado por Ying Rong et al. concluiu que o consumo de um ovo por dia não eleva o risco de doenças cardiovasculares e derrame em indivíduos saudáveis (8). Um ovo possui aproximadamente 15mcg de selênio e representa 33% das necessidades diárias de um adulto.

Além disso, o ovo é um alimento fonte de proteína, possui em sua composição vitaminas lipossolúveis (A,D,E,K), vitaminas do complexo B, carotenoides luteína e zeaxantina, além de minerais, que fazem dele um alimento completo.

Fonte: Instituto Ovos Brasil

Referências:

  1. Beserra BTS, Oliveira ARS, Feitosa MM, Cruz KJC, Torres-Leal FL, Marreiro DN, Participação do selênio no diabetes mellitus tipo 2, Nutrire. 2015Aug;40(2):237-245.
  2. Youcef M, Hornik JK,Istasse L,Dufrasne I, Selenium in the Environment,Metabolism and Involvement in body functions,Molecules, 2013,18,3292-3311.
  3. Volp ACP,Bressan J,Hermsdorf HHM,Efeitos antioxidantes do selenio  e seu elo com a inflamação e síndrome metabólica,Rev.Nutr., Campinas, 2010,23(4):581-590.
  4. Esteves C, Neves C,Carvalho D, O Selênio e a tireoide, Arquivos de Medicina, 2012;26(4):149-153.
  5. Cozzolino,SMF, Biodisponibilidade de Nutrientes,3o Ed., Barueri,SP:Manole,2009.
  6. Panziera FB,Dorneles MM,Durgante PP, Silva VL, Avaliação de minerais antioxidantes em idosos,Rev.Bras.Geriatria e Gerontologia, RJ.2011,14(1):49-58.
  7. IOM, Food and Nutrition Board, Institute of Medicine, National Academies, 2001.
  8. Rong Y, Chen L, Zhu TT, Song Y, Egg consumption and risk of coronary heart disease and stroke: dose-response meta-analysis of prospective cohort studies.
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