A holandesa Kipster, que reivindica o título de primeira produtora de ovos livres de CO2 do mundo, já vendeu toda sua produção dos próximos cinco anos. O assunto tem ocupado espaço em veículos de comunicação do mundo todo.
Localizada em Castenray, na província holandesa de Limburg, a empresa trabalha no projeto há cerca de quatro anos. Desde a estrutura física, passando pelas fontes de energia e a raça das galinhas utilizadas visam a produção sustentável e o bem-estar animal.
Em entrevista à emissora holandesa NOS, um dos quatro proprietários da Kipster, o avicultor Ruud Zanders, informou que o empreendimento utiliza galinhas brancas, que são mais leves e comem menos. Além disso, as galinhas se alimentam de “fluxos residuais” como pão, biscoitos e subprodutos agrícolas, além de uma forragem desenvolvida especificamente para esses animais, sem interferir em fontes de alimento humano, como o caso do milho.
A granja foi projetada com base no instinto e nas necessidades das galinhas, como um pátio cercado por vidros, inclusive no teto, com árvores e troncos para as aves, além de dois espaços externos. O abastecimento de energia é realizado a partir de 1.100 painéis solares, dos quais 40% da produção já atende toda a necessidade do empreendimento e os outros 60% são comercializados.
A rede de supermercados alemã Lidl, um dos principais varejistas da Europa, já comprou toda a produção nos próximos cinco anos, que não é barata. Os ovos livres de CO2 são vendidos por um valor entre 23 a 24 centavos de dólar, em comparação aos 16 a 17 centavos para um ovo convencional.
Em seu site, a empresa destaca que a sustentabilidade na agricultura e na produção animal é necessária e o número de consumidores que percebem isso está aumentando. “As gaiolas de bateria são proibidas e, a cada ano, a parcela da faixa livre e ovos orgânicos está crescendo”, destaca.