Palestra de abertura do 25º SBSA aborda produtividade, macroeconomia e inteligência artificial. Mais de 2,5 mil pessoas devem participar dos três dias do evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet)
Com mais de 15 anos de experiência em consultorias e apresentação de palestras, autor de vários livros ligados a finanças, economia e negócios, o economista e comentarista de renome nacional, Samy Dana, conduziu a palestra de abertura do 25º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) e da 16ª Poultry Fair. Promovidos pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), os eventos iniciaram na última terça-feira (8) e seguem até esta quinta-feira (10) no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó (SC). A palestra de abertura, patrocinada pela Farmabase, abordou o tema “O futuro não espera: uma reflexão sobre produtividade, macroeconomia e inteligência artificial”.
A cerimônia de abertura contou com a presença de diversas autoridades como o presidente do Nucleovet, Tiago José Mores, a presidente da comissão científica do evento, Daiane Albuquerque, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues, o presidente do CRMV/SC, Moacir Tonet, e o gestor do Departamento Regional de Chapecó, Ivan Niederle Ulsenheimer, como representante da Cidasc. Também esteve presente o presidente do Sindicarne, José Antônio Ribas Júnior que representou as entidades que compõe o Sindicarne e Acav, o chefe-geral da Embrapa Suínos e Aves, Everton Krabbe e o presidente da ACIC, Helon Rebelatto.
Ainda na cerimônia, foram homenageados os ex-presidentes dos últimos 25 anos de realização do Simpósio em um vídeo institucional. Os ex-presidentes também receberam presentes especiais como reconhecimento à gestão e a dedicação ao trabalho voluntário em prol do Nucleovet. As empresas patrocinadoras das 25 edições também foram homenageadas.
O presidente do Nucleovet, salientou o potencial do Simpósio em transformar informações compartilhadas em inovações reais, produtividade e avanços no campo. “Nossa caminhada foi construída sobre sólidas bases de dedicação e excelência em difundir conhecimento técnico-científico para toda a cadeia avícola. Este propósito foi o que guiou e tornou o Simpósio Brasil Sul de Avicultura o maior e mais relevante encontro do setor na América do Sul”, apontou.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E PRODUTIVIDADE
Professor de economia da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Samy Dana é graduado e mestre em Economia, doutorado em Administração e PhD in Business (doutorado em Negócios). Na palestra, ele contextualizou o cenário econômico, demonstrou a utilização de inteligência artificial (IA) por meio de ferramentas, aplicativos e projetos realizados no agronegócio, esporte, mídia, avicultura, considerando o âmbito dos desafios e oportunidades. “Em relação à Inteligência Artificial, um dos enfrentamentos é a produtividade. Como que a gente consegue aumentar a produtividade? No agro tem muita tecnologia e uma produtividade muito competitiva, mas a IA serve para amplificar isso. Serve para não deixar o que o Brasil demorou anos para conquistar se perder”, pontuou.
Dana ainda ressaltou o potencial de Chapecó enquanto economia emergente no estado e país. “Eu acredito que uma das questões que a IA traz é que não importa onde você esteja, os algoritmos, as técnicas valem igualmente. Diria inclusive que aqui tem uma vantagem em custos e produção. As pessoas podem trabalhar remotamente e obter os mesmos resultados. Quando você vai fazer uma produção, uma criação, aí você precisa ter fisicamente algum lugar. Mas em termos tecnológicos eu não vejo um motivo porque um município como Chapecó ficaria atrás de outro. Pelo contrário, aqui, ainda que não tenha um número gigantesco de habitantes, você tem uma economia rica. É uma cidade muito próspera”, avaliou Dana.
O economista também aconselhou sobre a utilização de inteligência artificial na produção avícola. “Desejo que as pessoas reconheçam a inteligência artificial para aumentar a produtividade e saber que os motivos que levaram o agro a se desenvolver até hoje, talvez não sejam os mesmos para continuar se desenvolvendo. Então, um olhar sobre a inteligência artificial pode ser proveitoso neste sentido”.
Fonte: Assessoria de Imprensa Nucleovet