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Plano de contingência contra Doença de Newcastle é adotado no RS

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Plano de contingência contra Doença de Newcastle é adotado no RS

O Plano de Contingência de Influenza Aviária e doença de Newcastle, que compreende a aplicação de procedimentos de erradicação do foco, começa a ser aplicado no Rio Grande do Sul hoje. A iniciativa é possível a partir da declaração de emergência zoosanitária pelo MAPA (Ministério da Agricultura), que prevê uma vigilância epidemiológica mais ágil.

Na sua chegada ao RS na quinta-feira (18/7), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, conversou com jornalistas sobre a confirmação do foco da doença de Newcastle em estabelecimento de avicultura comercial de corte, localizado no município gaúcho de Anta Gorda. Segundo ele, a doença foi detectada em um animal de uma granja com 14 mil aves.

“O isolamento já foi feito e, até o momento, não temos nenhum vestígio de outros animais doentes nesta granja e nem na região”, disse o ministro. A declaração de estado de emergência zoosanitária vale por um prazo de 90 dias.

Entre as ações previstas no Plano de Contingência estão ações de sacrifício ou abate de todas as aves onde o foco foi confirmado, limpeza e desinfecção do local, adoção de medidas de biosseguridade, demarcação de zonas de proteção e vigilância em todas propriedades existentes no raio de 10km, definição de barreiras sanitárias, entre outras.

Com objetivo de reforçar as ações de enfrentamento à situações de emergência fitossanitária ou zoossanitária, o Mapa elaborou um Projeto de Lei, já aprovado pela Casa Civil e que se encontra neste momento em análise pelo Congresso Nacional. Caso aprovado, entre outros objetivos, a nova lei permitirá o acionamento de todo o sistema governamental – União, estados e municípios – para atuarem em operações de defesa agropecuária convocadas pelo Ministério, de forma mais mais ágil e tempestiva.

Após a confirmação do foco da doença de Newcastle em uma granja comercial de frangos de corte no Rio Grande do Sul, o Brasil suspendeu as exportações de carnes frescas de aves e seus derivados para a União Europeia e Argentina.

A informação consta de ofício circular do MAPA (Ministério da Agricultura da Agricultura e Pecuária), enviado no final da tarde de quinta-feira (18/7) aos coordenadores de SIPOA (Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal) e chefes das Divisões de Defesa Agropecuária.

O referente ofício também menciona a proibição de exportações, de todo o território brasileiro, de carne mecanicamente separada de aves para alimentação animal e matéria prima de aves para fins opterápicos para a Argentina. Produtos à base de carne de aves e produtos não tratados derivados de sangue, também estão proibidos de serem exportados para a União Europeia.

No dia 17 de julho, foi confirmado pelo Mapa o diagnóstico positivo para doença de Newcastle (DNC) no município de Anta Gorda (RS).

A análise foi feita pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como laboratório de referência internacional para o diagnóstico da doença.

A investigação epidemiológica do caso foi conduzida pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul ( Seapi ).

 

A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios, frequentemente seguidos por manifestações nervosas, diarreia e edema da cabeça nestes animais.

De notificação obrigatória a OMSA, ela é causada pela infecção por vírus pertencente ao grupo paramixovírus aviário sorotipo 1 (APMV-1), virulento em aves de produção comercial.

Os últimos casos confirmados no Brasil ocorreram em 2006 e em aves de subsistência, nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

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