O Brasil abate em média 23 milhões de frangos por dia, de acordo com a publicação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de março 2021. Assim, configura-se no cenário mundial como terceiro maior produtor de carne de frangos e primeiro exportador, com 4,610 milhões de toneladas exportadas em 2021, que contabilizou 9% a mais que o ano anterior. |
Embora tenha alcançado um recorde na produção de frango, a rentabilidade ficou apertada em virtude dos altos custos de produção, pressionando ainda mais a indústria a buscar:
Melhor conversão alimentar;
Melhores rendimentos na planta de abate;
Redução de perdas no processo produtivo.
Além dos preços elevados da matéria-prima, infelizmente temos acompanhado a elevação de todos os custos dos processos nas plantas, especialmente de mão de obra, que atualmente impacta significativamente o custo total de abate. Frente a isso, a indústria avícola obrigatoriamente vem passando por um processo de automatização em toda cadeia produtiva, em especial nas plantas de abate.
O objetivo é evitar desvios e perdas que podem impactar diretamente na qualidade do produto, rendimento final da planta e na lucratividade final da empresa. |
O processo de eventração, ou evisceração, das aves, que no passado era realizado manualmente, assim como os demais processos de abate, hoje, na sua grande maioria, está totalmente automatizado, com equipamentos modernos projetados para realizar o trabalho rápido, eficiente e ajustado para preservar a integridade e qualidade das carcaças com baixos percentuais de perdas.
Não minimizando a importância dos demais processos na planta, a evisceração das aves é um momento delicado, em que se abre as carcaças com um corte na pele do abdômen, expõe e retira-se as vísceras e intestinos da cavidade abdominal. Qualquer desvio ou desajuste dos equipamentos pode levar a rompimentos e gerar contaminações e perdas.
Deve-se medir o desempenho e realizar ajuste do equipamento de acordo com o necessário, com uma frequência mínima a cada troca de lote. Espera-se a melhor eficiência possível do equipamento, entre 97% e 99%, sendo que o equipamento deve ter por escrito seu programa de manutenção preventiva e ações corretivas em caso de desvios, assim como mão de obra treinada com excelência para manutenção e operação do processo.
Um fator importante que pode impactar negativamente na qualidade do processo de evisceração, que por muitas vezes passa despercebido na planta é a qualidade e falta de ganchos na linha de abate, assim como ganchos vazios sem carcaças que passam pelo equipamento intercalados. A planta deve ter um programa que inclua ganchos novos e reparados que possam garantir rápida substituição caso necessário.
Além do peso vivo das aves que requer ajustes, devemos considerar:
Acompanhar, monitorar e ajustar o jejum para que o máximo de aves do lote cumpram corretamente o jejum entre 8 e 12 horas, garantindo hidratação uniforme do lote através de estímulos para consumo de água entre 4 e 6 horas após o corte da ração é condição imprescindível.
Concluímos que a automatização na indústria avícola nacional, em especial o processo de evisceração das aves, assim como nos demais setores da indústria que tem grande dependência de mão de obra é inevitável.
Com bom empenamento;
Baixo percentual de lesões de pele;
Saudáveis;
Uniformes;
Com jejum pré-abate do lote dentro do preconizado.
É fundamental para se obter altos rendimentos e baixos percentuais de perdas, garantindo melhor lucratividade e sobrevivência da empresa nos momentos de custo elevado dos insumos e preços de produtos baixos.