Processo de vacinação na avicultura avança em eficiência e qualidade com equipamentos automatizados
Desde o início da produção industrial, a avicultura realiza a prevenção das doenças por meio de programas de vacinação. Sem a sanidade adequada, a produção das aves não teria progredido tão eficaz e rapidamente. Contudo, falhas de imunização podem ocorrer, e um dos fatores mais frequentes é a realização inadequada das etapas de vacinação. Por isso, o avanço de equipamentos com tecnologia de ponta, que otimizam a aplicação de vacinas, trouxe ainda mais ganhos ao setor, aos produtores e, inclusive, aos animais.
- Considerado um fator vital dentre as várias etapas da produção avícola, o processo de vacinação encontrou nas novas tecnologias a automação e assertividade necessárias para a uniformidade e o sucesso da aplicação. “O processo incorreto compromete a vacinação, podendo facilitar surtos de doenças, que geram prejuízos ao produtor em função de mais gastos com medicações terapêuticas, perda de desempenho, altos índices de mortalidade e perda de qualidade no produto final”, afirma a médica-veterinária Joyci Torres de Paula, coordenadora técnica da unidade de Avicultura da MSD Saúde Animal.
A profissional também pontua que, inicialmente, a vacinação de aves era realizada individualmente no campo. No entanto, com o crescimento da produção em grande escala, tornou-se inviável esse processo, devido ao longo tempo para a execução e o alto custo com mão de obra. Assim, a segunda etapa foi a adesão da vacinação em massa (água de bebida ou spray), porém, observou-se baixa uniformidade na operação.
“Com o desenvolvimento tecnológico, a criação de vacinas que pudessem ser aplicadas no incubatório, in ovo ou subcutânea resolveu o dilema entre o alto custo e a baixa uniformidade, permitindo a automação do processo de vacinação. Outro fator que permitiu a vacinação no incubatório foi a criação de equipamentos que realizassem vacina spray em caixas, possibilitando a realização de vacinas do complexo respiratório ou para coccidiose nessas instalações”, detalha Joyci.
A vacinação in ovo oferece proteção precoce, sendo realizada entre 18 e 19 dias de incubação, antes da transferência para o nascedouro. Entretanto, o custo inicial e a manutenção do equipamento reduzem a viabilidade para incubatórios com volumes mais baixos de nascimentos. Já a vacinação subcutânea é realizada no pintinho logo após o nascimento e consiste na aplicação da vacina abaixo da pele, na região dorsal do pescoço.
“É uma alternativa à vacinação in ovo, porém a eficiência desse processo depende da habilidade de quem executa, podendo ocorrer lesões na musculatura do pescoço, em asas ou mesmo nos olhos, devido ao posicionamento incorreto do pintinho”, diz a médica-veterinária.
A vacinação spray, por sua vez, é comumente realizada contra doenças respiratórias. O processo ocorre a partir de máquinas que permitem a aspersão de gotas líquidas impulsionadas como nuvens sobre as aves, dentro de gabinetes. Porém, Joyci explica que, apesar de permitir uma aplicação significativamente mais uniforme que a vacinação a campo, ainda mantém falhas na distribuição da vacina, sendo imprescindível a avaliação frequente do processo para diagnosticar e corrigir as falhas.
Avanço tecnológico
Hoje, o setor avícola já conta com tecnologias que revolucionaram o processo de vacinação, com alta eficácia, chances mínimas de falhas e proteção completa. As vacinadoras automáticas diminuem o manejo das aves, reforçam o bem-estar animal e permitem um processo otimizado e mais assertivo. Um exemplo é a Innoject Pro, desenvolvida para garantir mais precisão na imunização oriunda da linha Innovax® de vacinas vetorizadas da MSD Saúde Animal, que fornece proteção de longo prazo contra as principais doenças infecciosas presentes na avicultura mundial.
Ela apresenta uma tecnologia inovadora que agrega a vacinação subcutânea automatizada à vacinação naso-ocular. “Oferece mais precisão de injeção e mais estabilidade, reduzindo tanto falhas com possíveis lesões nas aves quanto a desuniformidade na vacinação spray, já que realiza a aplicação diretamente em olhos e narinas dos pintinhos”, informa a médica-veterinária.
Vacinadora Innoject Pro | Processo de vacinação na avicultura avança em eficiência e qualidade com equipamentos automatizados
O equipamento vacina duas aves ao mesmo tempo e dispõe de sensores que identificam a presença dos animais no local correto. Após essa identificação, são acionados pistões que descem as agulhas perpendicularmente ao pescoço das aves, depositando a vacina subcutânea. Simultaneamente, um bico posicionado lateralmente à face das aves, dispara gotículas nos olhos e narinas, realizando a vacinação naso-ocular.
“Ela traz segurança, precisão, agilidade e praticidade ao processo de vacinação em incubatórios com menor produção. Ainda, elimina o tempo necessário para a vacinação spray que ocorreria posteriormente, o que também reduz custos com mão de obra”, diz Joyci.
Rinaldo José Bezerra de Melo Filho, médico-veterinário sanitarista e responsável técnico na granja Pinto Formoso, localizada em Camaragibe (PE), destaca o quanto o uso da vacinadora, desde 2022, trouxe bons resultados. “A máquina permite uma alta eficácia tanto na vacinação subcutânea quanto na ocular. Os vacinadores encaixam os pintinhos na máquina e o equipamento executa o processo com precisão, bem diferente das antigas máquinas de vacinação spray. Com a Innoject Pro, o índice de vacinação via subcutânea passou de 93% para 99,99%, e a vacinação ocular é de 100%, contra uma eficiência de 80% nas vacinadoras de spray em caixas. Ou seja, melhorou consideravelmente o nosso índice de eficiência.”
Vacinação com Innoject Pro na granja Pinto Formoso (Crédito: Rinaldo Filho) | Processo de vacinação na avicultura avança em eficiência e qualidade com equipamentos automatizados
Outro exemplo de equipamento é a MIDHAS, uma tecnologia de pressão com aplicação simultânea de vacinas por bicos e/ou barra de gel, com dosagem ajustável. “Uma máquina que conta com uma pressão constante, fator fundamental para o sucesso da vacinação spray. Afinal, a pressão exercida está diretamente ligada ao tamanho da gota, e uma gota maior ou menor pode fazer a diferença na imunização”, detalha Lucas Colvero, gerente técnico LATAM de Avicultura na MSD Saúde Animal.
O profissional ainda ressalta que a adesão a novas tecnologias e equipamentos é um caminho sem volta.
“Hoje, a produção de aves é extremamente alta e o mercado também é altamente competitivo, então, se o produtor não contar com a melhor tecnologia para o processo, ele ficará para trás. Na MSD Saúde Animal, os produtores encontram um portfólio robusto de vacinadoras, pois a empresa preocupa-se não apenas com a imunização das aves, mas também com a qualidade e a comodidade durante a realização dessa imunização, buscando excelência na execução.”
Sobre a MSD Saúde Animal
Há mais de 130 anos, a MSD cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. A MSD Saúde Animal, uma divisão da Merck & Co., Inc., é a unidade global de negócios de saúde animal da MSD. Por meio do seu compromisso com a Ciência para Animais mais Saudáveis, a MSD Saúde Animal oferece a médicos-veterinários, pecuaristas, donos de pets e governos uma grande variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas, soluções e serviços de gestão de saúde, além de um amplo conjunto de tecnologia conectada que inclui produtos voltados à identificação, à rastreabilidade e ao monitoramento. A MSD Saúde Animal é dedicada a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais e das pessoas. Investe amplamente em recursos de P&D e em uma cadeia de suprimentos moderna e global. A empresa está presente em mais de 50 países e seus produtos estão disponíveis em cerca de 150 mercados. Para obter mais informações, visite nosso site e conecte-se conosco no LinkedIn, Instagram e Facebook.
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